SUSPENSÃO TEMPORÁRIA
ATÉ 24 JAN 2011 NÃO HAVERÁ NOVAS POSTAGENS.
ESTAREI PESCANDO.
MEU RECORD - 0,021 kg - Out 2009 |
Pretendo quebrar meu record.
ABRAÇOS E QUEIJOS.
MAGAL
Dilma decide suspender escolha de caças da FAB Terça - 18 jan 2011 | ||
Presidente resolve ampliar número de concorrentes; processo já estava em fase final e predileção era por franceses Jailton de Carvalho e Geralda Doca BRASÍLIA. A presidente Dilma Rousseff decidiu suspender o processo de escolha dos aviões de combate da Força Aérea Brasileira (FAB), que já estava em fase final, e abrir uma nova disputa. A presidente resolveu também ampliar o leque de concorrentes. Até agora, só três empresas disputavam a preferência da FAB: a francesa Dassault, com os caças Rafale; a americana Boeing, com os F18 Super Hornet; e a sueca Saab, com os Gripen NG. Essas propostas continuam na mesa, mas, agora, outros fabricantes também poderão participar da concorrência, como os russos que haviam sido desclassificados na disputa anterior. Pressão internacional influenciou revisão A presidente Dilma decidiu rever o processo de compra dos caças diante da forte pressão internacional. Fabricantes de vários países manifestaram interesse em vender aviões para a FAB, um negócio de bilhões de dólares, que pode ter forte impacto no desenvolvimento tecnológico do setor no Brasil. Há uma semana, o senador norte-americano John McCain, do Partido Republicano, teve uma reunião com a presidente para pedir que o governo brasileiro acolha a oferta apresentada pela Boeing na primeira etapa do processo de compra. Até deixar o governo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dava sinais de que preferia os caças franceses. Isto porque a Rafale incluiu no pacote de venda a promessa de transferir toda a tecnologia de produção dos aviões. Ao longo das análises técnicas dos caças, as empresas que participavam da disputa desde o início decidiram melhorar as ofertas. Em sua passagem pelo Brasil, McCain reafirmou o compromisso da Boeing de transferir tecnologia para o Brasil, da mesma forma que fez a Dassault. - Isso (novo processo de escolha) já era esperado. Ela (a presidente) quer um estudo minucioso do que cada empresa está oferecendo. São relatórios complexos, uma decisão difícil, e é natural que ela queira mais informações para decidir com mais segurança - disse um oficial da Aeronáutica. Teria pesado na decisão da presidente também as restrições orçamentárias. Com os cortes no Orçamento sugerido pela equipe econômica, o governo terá que eliminar despesas em quase todas as áreas. Com o adiamento da escolha, o governo ganha fôlego para reorganizar as finanças e, no futuro, bancar as elevadas despesas previstas numa compra dessa natureza. O processo de escolha dos caças vem se arrastando desde o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Em 2009, o ex-presidente Lula recebeu o presidente francês Nicolas Sarkozy e até manifestou simpatia pela proposta francesa. Mas, em dezembro passado, quando o negócio parecia próximo de um desfecho, Lula disse que deixaria a decisão final para sua sucessora. No início deste mês, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, chegou a dizer que os estudos técnicos seriam mantidos e que o governo bateria o martelo em torno da questão ainda neste semestre. |
Rosário critica Defesa por ir à Justiça para achar desaparecidos políticos 18Jan 2011 | ||
Polícia Federal diz não ser sua função participar desse tipo de investigação - Evandro Éboli BRASÍLIA. A ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, criticou duramente a iniciativa do Ministério da Defesa de recorrer à Justiça Federal e pedir uma investigação para tentar localizar cinco desaparecidos políticos que supostamente podem estar vivos. Em resposta à decisão judicial que determinou que investigasse esse caso, a Polícia Federal também se negou a participar da operação. A PF informou que essa não é sua atribuição e disse que a tarefa pode ser executada pelo Grupo de Trabalho Tocantins (GTT), criado pelo governo para localizar ossadas. Ex-integrante da Comissão de Mortos e Desaparecidos, Rosário disse que jamais a Secretaria de Direitos Humanos recebeu informação sobre o possível paradeiro desses militantes do PCdoB que atuaram na Guerrilha do Araguaia. Ela acha desnecessário recorrer ao Judiciário. - Informações ajudam, especulações, não. É preciso respeitar as famílias, e na secretaria trabalhamos com a convicção de que os 136 desaparecidos (incluídos os cinco listados pelo governo) foram executados e tiveram seus corpos subtraídos - disse Rosário. - Não considero que seja necessário (recorrer à Justiça), mas, se alguém tem alguma informação, é responsabilidade do Estado indicar o que ocorreu e a localização. Vamos continuar essa busca se houver informação precisa, não só para jogar confusão. O Ministério da Defesa e a Advocacia Geral da União (AGU) encaminharam ofício à juíza Solange Salgado ano passado, pedindo que a PF investigasse se estão vivos Hélio Luiz Navarro, Luis René da Silveira, Antônio de Pádua Costa, Áurea Elisa Valadão e Dinalva Conceição Teixeira. Segundo o GTT, esses cinco teriam sido "poupados" pelos militares e vivem hoje com outras identidades. Para PF, investigação é administrativa A PF respondeu à juíza que esse trabalho não se enquadra nas funções da polícia judiciária e que nem tem autorização para essa missão. Para a PF, é uma investigação administrativa. "Quanto à situação dos guerrilheiros apontados como mortos ou desaparecidos, que eventualmente ainda podem estar vivos, não consiste atribuição deste departamento. (...) A investigação a respeito de guerrilheiros ainda vivos seria apenas um complemento do trabalho do GTT, a qual pode ser executada por ele mesmo", diz o ofício da PF, assinado pelo delegado André Koganemaru, do Serviço de Estudos, Legislação e Pareceres da PF. No relato à Justiça, o governo faz um histórico de cada um. Hélio Navarro (codinome Edinho) teria trabalhado durante 30 anos numa multinacional francesa e seu nome teria sido incluído no inventário da família. Foi preso ao lado dos companheiros Luís Renê da Silveira (Duda) e Antônio de Pádua Costa (Piauí). Os três não teriam sido mortos. O documento do governo diz que os militares "teriam decidido abrir uma exceção e negociaram um acordo para que desaparecesse, inclusive da mãe". Áurea Valadão teria sido embarcada em um avião da FAB e também teria sobrevivido, acredita o GTT, formado por militares, estudiosos e familiares de desaparecidos. A quinta sobrevivente da lista é Dinalva Conceição Teixeira, a Dina, "ainda que todos os informes dos militares afirmam que a teriam executado". Ela teria sido vista no Rio durante visita do Papa João Paulo II, em 1980. O ofício da Defesa para a AGU é assinado por Vilson Vedana, consultor jurídico do ministério e o coordenador-geral do GTT do Araguaia. |