15 de dez. de 2010

AS TRÊS HUMILHAÇÕES DA HUMANIDADE

A primeira foi propiciada pelos estudos astronômicos de um monge polonês chamado Nicolau Copérnico. Em 1543, ele prova matematicamente que o nosso planeta, "almofada de repouso dos pés de Deus e ponto escolhido para a sua peregrinação redentora", não passava de pequenino satélite dum pequenino sol. Retomando as palavras de Will Durant: "Tudo mudou a partir desse instante - distâncias, significações, destinos. E Deus, que estava tão perto de nós, morando no seu sólio de nuvens, afastou-se para o fundo do espaço sem limites". Portanto, a Terra dexava de ser o centro do Universo.

A segunda está relacionada com esse senhor britânico de barbas longas: Charles Darwin. Segundo Durant: "E subitamente o mundo se tornou rubro, e a natureza que parece tão bela sob as cores  da primavera, passou a mostrar-se feroz arena de luta, na qual o nascimento era um acidente e a morte a única certeza". Se "Copérnico reduzira a Terra a grão de poeira entre as nuvens, Darwin reduzui o homem a um animal em luta para uma transiente dominação do globo". Os pós-darwinistas confirmam as teorias do grande cientista: não somos descendentes dos macacos, mas pertencíamos à mesma espécie há sete milhões de anos (o que é equivale a deletar o "não" da assertiva anterior).

A terceira humilhação advém de outro barbudo: Sigmund Freud. O criador da Psicanálise descobriu muitas coisas, como o inconsciente, o que significa dizer que o tão amado e idolatrado "eu não é dono sequer de seu próprio nariz", nas palavras do professor Michael Günter, que consolidou essas três humilhações.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Antecipadamente agradeço seu comentário. Magal