Wikileaks revelará mais documentos, em que pese a captura de Assange |
07 de dezembro de 2010 |
(Prensa Latina) O portal Wikileaks continuará a revelação de documentos confidenciais do governo dos Estados Unidos, em que pese a detenção, hoje, de seu fundador, Julian Assange, depois de uma ordem de captura emitida por autoridades suecas. Assange, cujo site revelou na semana passada milhares de telegramas diplomáticos estadunidenses, apresentou-se voluntariamente ante a polícia britânica e deverá comparecer ante um juiz de primeira instância no tribunal de Westminster, no centro desta capital. A detenção produziu-se depois que o Reino Unido recebeu uma ordem européia de detenção por solicitação da promotoria sueca, interessada em interrogar ao australiano de 39 anos de idade por supostos delitos de violação sexual. Ainda que pareça uma piada surrealista, a Interpol (Polícia Internacional) persegue a Assange pelo delito de não usar camisinha, e não por sexo sem consentimento, ou seja, violação, de acordo com relatos da imprensa. Segundo indica o diário britânico The Guardian, Wikileaks tpretende prosseguir com a publicação de documentos classificados, algo que tem provocado a indignação de Washington. Desde a Suécia, Kristinn Hrafnsson, o porta-voz do grupo, assegurou que este continuará operativo. "Wikileaks está ativo. Seguimos o mesmo ritmo que se tinha fixado antes"- sublinhou Hrafnsson. Por sua vez, o advogado de Assange, Mark Stephens, radicado em Londres, anunciou sua intenção de lutar contra a extradição de seu cliente. Stephens, que relaciona o caso com uma manobra política, teme que uma vez concluído o processo na Suécia, seu defendido seja enviado a Estados Unidos, cujas autoridades pretendem acusá-lo de espionagem. Não obstante, a agência britânica encarregada da luta contra o crime organizado (SOCA) anunciou que, quando a pessoa implicada em uma ordem de captura internacional comparece ante o juiz, se lhe oferece a opção de aceitar voluntariamente a extradição. O cerco contra Assange se intensificou com a filtração por Wikileaks, de milhares de telegramas diplomáticos confidenciais dos Estados Unidos. Depois de sua detenção nesta terça-feira, várias dezenas de manifestantes se congregaram fora do Corte de Westminster, para protestar contra a detenção do fundador o lugar site. Solidários ao grupo “Justiça por Assange”, os ativistas pedem a libertação imediata do australiano. |