12 de dez. de 2010


A aura dos DVDs
Cientistas australianos anunciaram haver desenvolvido uma nova e revolucionária técnica para recuperar dados gravados em DVDs danificados.
Como se sabe, tanto objetos animados quanto inanimados possuem aura e tal aura, hoje em dia, pode ser facilmente fotografada. Pois bem, a técnica de recuperação de dados em DVDs vale-se dessa possibilidade e do surpreendente fato de que, tanto os trechos perdidos, quanto os danificados, são registrados com absoluta exatidão na fotografia. Tais fotografias, por seu turno, podem ser utilizadas para "prensar" novas cópias dos DVDs, com os dados restaurados em suas condições originais.
Trata-se de técnica tão precisa que a margem de erro é nula, independentemente da natureza do problema do DVD: se é uma falha de reflexão de luz, um arranhado ou, mesmo, se toda a superfície do DVD foi danificada, a informação comprometida é sempre recuperada.
A descoberta beneficia também colecionadores de DVDs. Na hipótese do DVD apresentar falhas, as pessoas poderão obter uma nova cópia, em perfeitas condições, a partir da fotografia da aura. Da mesma forma, se o DVD deixar de ser produzido, sempre será possível obter uma cópia do mesmo. Em última instância, isto quer dizer que um DVD poderá ser preservado por toda a eternidade. Mais ainda, a área onde se espera que a nova técnica tenha maior impacto é na indústria de computação. Se utilizamos discos óticos (CDs e DVDs) como forma principal de armazenar dados, eles poderão ser sempre recuperados, mesmo na hipótese de "desastres" nos quais partes do disco tenham sido destruídas.
A técnica baseia-se num fenômeno conhecido como "recomposição aural", descoberto na década de setenta, mas só agora aplicado aos DVDs. O fenômeno ocorre em fotografias da aura de objetos dos quais uma porção foi removida. Verifica-se que a aura de tal objeto reconstitui-se integralmente, apenas algumas horas após a remoção de qualquer de suas partes.
Todo objeto possui uma espécie de halo luminoso que o envolve, conhecido como aura. Essa aura pode ser capturada em uma chapa fotográfica, utilizando-se uma técnica conhecida como "fotografia Kirlyan", na qual o objeto em questão é colocado diante de uma chapa fotográfica e ambos são submetidos à aplicação de um campo eletromagnético. Quando revelado, o filme revela a aura do objeto.
Objetos vivos emitem uma aura brilhante, enquanto objetos inanimados, como uma estátua ou uma moeda, emitem uma aura esmaecida. Por seu turno, objetos inanimados, mas que já tiveram vida, como a folha arrancada de uma árvore, possuem uma aura que fica no meio-termo dos dois. O extraordinário, todavia, é que, se for cortado um pedaço dessa folha, embora a aura tome esse novo formato (amputado, digamos), isso acontece apenas por um certo período de tempo. Após algumas horas, a aura subitamente retorna à forma que tinha antes do pedaço ser removido. A folha parece inteira novamente, como se o pedaço nunca tivesse sido removido. A única diferença é que a parte reconstituída parece ligeiramente mais esmaecida que o restante.
Embora esse fenômeno fosse conhecido desde 1970, só se começou a fotografar a aura de DVDs nos últimos dois anos, e, assim mesmo, apenas por curiosidade. Observou-se que os DVDs emitem uma aura brilhante em torno de suas bordas interna e externa, e ligeiramente esmaecida ao longo de toda a superfície - ainda que perfeitamente nítida. Um exame detalhado das fotografias Kirlyan revela que a aura reproduz minuciosamente todos os "altos" e "baixos" do "relevo" ótico dos DVDs originais e, consequentemente, torna-se possível prensar um novo DVD a partir dessas fotos. Tal DVD, por seu turno, apresenta cada bit exatamente como o original e, comparando-se as duas trilhas digitais, constata-se serem absolutamente idênticas.
Já foram realizadas experiências com pares de DVDs idênticos, nas quais um deles foi deliberadamente arranhado e, em seguida, tomada uma fotografia de sua aura. Como com as folhas, a foto registrou a parte danificada, com a perda dos dados correspondentes. Todavia, fotos feitas algumas horas após apresentavam tais partes inteiramente reconstituídas - apenas ligeiramente esmaecidas, mas ainda com o antigo "relevo" perfeitamente visível. Após a utilização de alguns procedimentos elementares de revelação, para compensar o esmaecimento de tais partes, um novo DVD foi prensado a partir da foto obtida e este mostrou-se como uma réplica exata do original, sem qualquer erro.
Já foram feitas experiências com áreas danificadas de diferentes tamanhos, tendo sido possível obter uma foto Kirlyan perfeita, mesmo em DVDs dos quais foram removidos pedaços de até cinco centímetros quadrados (do tamanho de uma grande moeda).

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