HERÓI ESQUECIDO
Folha de São Paulo, Seg 13 Dez 2010 – 0731:32-0200
Apesar do apelo de familiares, Itamaraty não planeja identificar o corpo do único soldado brasileiro enterrado em monumento na Itália. (Mateus Parreiras, colaboração para a Folha, em Pistoia IItália)
Sob uma placa de bronze em Pistoia, na Itália, o único combatente do Brasil na Segunda Guerra Mundial ainda enterrado no Memorial do Soldado Brasileiro está à espera de identificação até hoje.
Os corpos reconhecidos de 449 pracinhas da FEB (Força Expedicionária Brasileira), mortos na guerra, foram transferidos para o Rio de Janeiro há 50 anos, onde as famílias puderam homenageá-los e deles se despedir.
Desde que foi encontrado, em 1967, 23 anos após o término da guerra, pouco foi feito pelo governo do Brasil para identificar o combatente esquecido.
Hoje, uma amostra de seus restos mortais preservados poderia ter o DNA comparado ao dos parentes vivos dos 16 brasileiros desaparecidos no conflito, mas o Itamaraty informa ainda não ter planos para isso.
"O governo nunca fez esforços maiores para com a memória desses guerreiros", diz a telefonista gaúcha Luciana Chimango, sobrinha-neta do desaparecido cabo Fredolino Chimango.
"Seria muito importante para nossa família se o DNA fosse feito. Ainda temos parentes muito próximos e vivos que ficariam felizes."
O último representante da FEB ainda enterrado num cemitério italiano se tornou o "soldado desconhecido", um símbolo junto ao memorial erguido na cidade toscana, em 1959.
"O soldado desconhecido representa todos os brasileiros que vieram aqui lutar pela paz", afirma o guardião do memorial mantido pelo Itamaraty, Mário Pereira, filho do ex-combatente que recebeu a missão de zelar pelo cemitério, o sargento Miguel Pereira - morto em 2003.
Ele diz conservar o monumento para que os feitos da FEB não sejam esquecidos.
COMENTÁRIO
Mas identificar ossadas de guerrilheiros comunistas mortos em combate, quando tentaram implantar uma ditadura marxista no Brasil, aahhh... o Itamaraty e o Jobim continuarão tentando.
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