Karaokê erudito
Carmina Burana (Carl Orff – 1936-1982)
da Baviera. 
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| Carl Orff acompanhado de Lieselotte Holzmeister. | 
Carmina Burana (Canções da Baviera), como denominou-a Carl Orff, é das mais belas Cantatas. Se não em uma sala de concertos, a maioria de nós já deve tê-la ouvido como fundo musical de um filme épico ou algo semelhante. Seus versos, de rara beleza e profundo significado, foram colhidos por Carl Orff (que os musicou) de manuscritos medievais contendo poemas e canções profanas, encontrados num mosteiro beneditino do século XIII, na Baviera. Escritos em alemão antigo e latim, houve época em que sua tradução foi censurada. Eis sua primeira parte, dedicada à deusa da boa e má sorte, "O Fortuna" (Ó Fortuna). As marcações estão sublinhadas, para degustar o karaokê (vale à pena experimentar; em formato mp3 você pode baixar a música da net).  
Velut luna, statu variabilis. Como a lua, seu estado é mutável (omitido na maioria das gravações).
Semper crescis Sempre crescente 
aut decrescis ou decrescente. 
Vita detestabilis. Vida detestável. 
Nunc obdurat Primeiro maltratas 
et tunc curat. E depois lisonjeias. 
Ludo mentis aciem. Mente afiada no jogo. 
Egestatem, potestatem A pobreza e o poder 
dissolvit ut glaciem. tu as funde como gelo. 
Sors immanis Da sorte monstruosa 
et inanis e vazia 
rota tu volubilis. tu giras a roda. 
Status malus, Tu és perversa, 
vana salus. tua segurança é vã. 
Semper dissolubilis Sempre dissolvida 
obumbrata nas sombras 
et velata. e escondida. 
Michi quoque niteris. Me ameaças também. 
Nunc per ludum E agora, como parte do jogo 
dorsum nudum eu trago o dorso 
nu fero tui sceleris. para a tua perversidade. 
Sors salutis A sorte da saúde 
et virtutis e da força 
michi nunc contraria. está agora contra mim. 
Est affectus Ela foi afetada 
et defectus e destruída 
semper in angaria. totalmente por tua causa. 
Hac in hora Então nesta hora 
sine mora, e sem demora, 
corde pulsum tangite, que sejam tocadas as cordas vibrantes, 
quod per sortem posto que a sorte 
sternit fortem. derruba até os fortes. 
Mecum omnes plangite! E que todos chorem comigo!
 
Para assistir toda a cantata no YouTube, clique aqui. 
(Tradução dos versos e marcação extraídos da apresentação "Aurora Boreal", de Ney Deluiz).
 
 
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