2 de jan. de 2011

Interpretando Camões
(Repeteco do Valequasetudo 24, de 15 Fev 2008)
 
Um vestibular da USP (dizem) cobrou a interpretação do seguinte trecho de um poema de Camões: 
 
Amor é fogo que arde sem se ver
é ferida que dói e não se sente,
é um contentamento descontente,
dor que desatina sem doer.
 
A vestibulanda deu sua interpretação em forma de poesia e ganhou nota máxima:
 
Ah! Camões, se vivesses hoje em dia,
tomavas uns antipiréticos,
uns quantos analgésicos
e Prozac pra depressão.
Compravas um computador,
consultavas a Internet
e descobririas
que essa dor que sentias,
esse calor que te abrasava,
essas mudanças de humor,
os desatinos sem nexo,
não eram feridas de amor,
somente falta de sexo!

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