27 de jan. de 2011

SINTOMAS

O resfriado escorre 
quando o corpo não chora.
A dor de garganta entope 
quando não é possível comunicar as aflições.
O estômago arde 
quando as raivas não conseguem sair.
O diabetes invade 
quando a solidão dói.
O corpo engorda 
quando a insatisfação aperta.
A dor de cabeça deprime 
quando as duvidas aumentam.
O coração desiste 
quando o sentido da vida parece terminar.
A alergia aparece 
quando o perfeccionismo fica intolerável.
As unhas quebram 
quando as defesas ficam ameaçadas.
O peito aperta 
quando o orgulho escraviza.
O coração infarta 
quando chega a ingratidão.
A pressão sobe 
quando o medo aprisiona.
As neuroses paralisam 
quando a "criança interna" tiraniza.
A febre esquenta 
quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade.

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