24 de mai. de 2011


Notícias frescas
videVERSUS - Vitor Vieira - 22 e 23 de maio de 2011
Diretor de revista confirma que Palocci passou "Dossiê Francenildo" para Época
Antonio Palocci, quando ministro da Fazenda, no primeiro governo Lula, passou pessoalmente para a revista Época os dados das contas bancárias do caseiro Francenildo dos Santos. Os dados mostravam que o caseiro tinha recebido uma quantia, de R$ 30 mil, depois da denúncia que fizera na CPI dos Correios, dizendo que Palocci frequentava uma mansão no Lago Sul, em Brasília, onde ocorria lobby e eram feitas festas de embalo com garotas de programa fornecidas pela cafetina Mary Jeanny Corner. A informação, que confirma que foi o próprio ministro a fonte da matéria, foi dada pelo jornalista Paulo Nogueira, em seu blog "Diário do Centro do Mundo". Na ocasião da publicação da matéria, Paulo Nogueira, que hoje vive em Londres, na Inglaterra, era o diretor editorial da Editora Globo, responsável pela publicação de Época e outras revistas. Segundo ele conta em seu blog, Palocci procurou diretamente a cúpula da editora e entregou os dados bancários de Francenildo. "Foi Palocci, sim, quem passou o 'Dossiê Caseiro'”, escreve Paulo Nogueira em seu blog. Isso mostra bem o caráter e a decência de Antonio Palocci. E clama pela reabertura dos inquéritos abertos na oportunidade para exame de suas responsabilidades na violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos.
Governo Dilma já admite saída de Palocci na terça-feira
Fontes do Planalto confirmaram que o agravamento da crise, com novas denúncias contra o ministro Antonio Palocci (Casa Civil), permite antever sua demissão até a terça-feira, “a não ser que ocorra um milagre até lá”, conforme assessor presidencial. Palocci já colocou o cargo à disposição duas vezes, mas a presidenta Dilma recusou. A era palocciana parece no fim. O ex-caseiro Francenildo, morador da cidade de São Sebastião (DF), já dá entrevistas sarcásticas sobre o ministro. Fora do cargo, Palocci poderá assumir a sua empresa de consultoria, mas vai precisar de caseiro para controlar o entra-e-sai de tubarões na consultoria Projeto. Antes da crise, Palocci, olheiro de Lula, era um co-presidente. Agora só cuida de salvar a pele. Gilberto Carvalho virou o tal co-presidente. O ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento) mergulhou, escafedeu-se. Não quer se envolver no escândalo e nem admite falar na possibilidade de trocar de ministério, assumindo a Casa Civil. Escapando da degola, Palocci verá questionados, doravante, quaisquer atos (ele recebeu ampla delegação de poderes de Dilma) favorecendo grupos. Como na formação do consórcio do trem-bala, por exemplo.
Lula tenta conter crise e segurar Palocci no governo
Na primeira crise política do governo Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula entrou em campo para ajudar a defender o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, e garantir a permanência dele na equipe. "Vocês não podem baixar a guarda", teria dito Lula na sexta-feira, em telefonema para o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho. Lula ligou para Gilberto Carvalho do Panamá, onde fez palestra para empresários da construtora Odebrecht. Preocupado com a escalada de denúncias contra Palocci, o ex-presidente conversa quase que diariamente com Dilma e com o chefe da Casa Civil. Apesar de comentários sobre o "fogo amigo" na seara do PT contra o ministro, tanto Lula quanto dirigentes do partido estão convencidos de que o tiroteio contra Palocci partiu do PSDB e, mais especificamente, de pessoas ligadas ao ex-governador José Serra na Prefeitura de São Paulo. Por essa avaliação, o objetivo de Serra seria derrubar Palocci, o mais importante ministro da equipe, para atingir Dilma, inviabilizar o governo logo em seu primeiro ano e torpedear o PT. Isso é que é delírio...
Congresso uruguaio rejeita anulação de anistia para militares
O Congresso uruguaio rejeitou na sexta-feira, por um voto, a proposta que derrubava a lei de anistia para os crimes cometidos por militares durante a ditadura no país, que vigorou entre 1973 e 1985. A coalizão governista Frente Ampla propôs a mudança, mas não conseguiu maioria por causa da abstenção de um de seus deputados, o ex-guerrilheiro tupamaro Victor Semproni. A votação terminou empatada em 49 a 49. Semproni disse que a proposta desrespeitava a vontade da população, que já votou contra a anulação da lei em dois plebiscitos anteriores, em 1989 e 2009. Semproni será submetido à comissão de ética da Frente Ampla por não ter seguido o que havia sido definido pela legenda. Essa é uma prática comum das esquerdas, a do "justiçamento" dos que ousam discordar das ordens do partido. Processo em comissão de ética partidária é o moderno "justiçamento". As leis de anistia uruguaias vigoram desde a redemocratização do país na década de 1980 e, assim como em outros países da América do Sul, foram aprovadas sob a alegação de que ajudariam o país a se reconciliar com seu passado ao impedir que soldados e terroristas tupamaros fossem processados por crimes cometidos sob o regime militar. O tema vem dividindo os cerca de 3,5 milhões de uruguaios. No plebiscito de 1989, 46% votaram pela mudança e, em 2009, 48%. Uma pesquisa recente, realizada pelo instituto Interconsult, afirma que 55% dos uruguaios são contra a anulação da lei. No domingo, o presidente uruguaio José Pepe Mujica, um ex-terrorista tupamaro preso pela ditadura e atualmente integrante da Frente Ampla, fez um apelo para que a medida não fosse aprovada e sugeriu que fosse realizado novo plebiscito popular em novembro.
Foro de São Paulo pede fim da "agressão imperialista" na Líbia
Os partidos de esquerda reunidos no Foro de São Paulo encerraram a reunião na sexta-feira, na Nicarágua, com uma declaração na qual pedem a cessação da "agressão imperialista contra o povo líbio" e colocam condições para apoiar o retorno de Honduras à OEA (Organização dos Estados Americanos). "O Foro de São Paulo reivindica a cessação da agressão imperialista contra o povo líbio, começando com a suspensão imediata dos bombardeios", assinalou a nicaraguense Arlen Vargas ao ler a declaração final do encontro, que reuniu mais de 40 de partidos de esquerda de 32 países da América Latina e Caribe, África, Ásia e Europa. A declaração também expôs "a necessidade de uma cessação do fogo por ambas as partes em conflito dentro da Líbia, pondo fim ao confronto fratricida, a fim de alcançar uma solução pacífica para a guerra civil"
Franklin Martins foi convocado por Dilma devido à crise com Palocci
O ex-ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, foi convocado para se reunir com a presidente Dilma, no Palácio da Alvorada, residência oficial, na sexta-feira, em função da crise com o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, e seu impressionante enriquecimento recente. O ex-ministro, responsável por traçar as estratégias de comunicação do segundo mandato do governo Lula, chegou ao Alvorada às 9h50. A atual ministra, Helena Chagas, ficou no Palácio do Planalto. A visita de Franklin ocorre em meio a uma crise no governo, gerada por reportagens publicadas pelo jornal Folha de S. Paulo que mostraram o vertiginoso crescimento patrimonial do ministro Antonio Palocci (Casa Civil). Cerca de 40 minutos antes da chegada de Franklin, um carro sedan prata, com vidros escuros, chegou em alta velocidade pela entrada de serviço do Palácio da Alvorada, seguido por outro carro, que fazia escolta. Não foi possível identificar quem estava dentro dos veículos. O carro é da Presidência e costumava ser usado pelo ex-presidente Lula em seus deslocamentos privados. No entanto, pode ser cedido para deslocamentos mais discretos de outros integrantes do primeiro escalão do governo. Também chegou ao Alvorada, logo após Franklin Martins, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência) e ex-chefe de gabinete de Lula durante os oito anos de mandato.
Dívida pública aumenta em abril e chega a R$ 1,73 trilhão
A dívida pública federal subiu 2,34% em abril e alcançou R$ 1,73 trilhão. Segundo dados divulgados pelo Tesouro Nacional nesta segunda-feira, a dívida interna aumentou 2,58% e soma R$ 1,65 trilhão. A emissão de títulos da dívida superou o resgate em R$ 25,95 bilhões. Além disso, os juros tiveram um impacto de R$ 15,62 bilhões. Já a dívida externa teve seu estoque reduzido em 2,32% e encerrou abril em R$ 81,6 bilhões (US$ 51,85 bilhões). A parcela de títulos pré-fixados aumentou de 34,56% em março para 34,81% em abril. Também aumentou a fatia dos títulos 28,33% para 28,54%. Já os títulos remunerados pela Selic tiveram a participação reduzida de 32,34% para 32,13%. O governo emite títulos para se capitalizar sem ter de ir ao mercado pegar dinheiro emprestado, pagando juros altos. Isso permite o investimento de pessoas físicas em títulos do governo federal, que se capitaliza.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Antecipadamente agradeço seu comentário. Magal