Alguma coisa no ar: a fria em que o governo entrou na privatização dos aeroportos (texto que circula na internet, sobre a recente privatização de três aeroportos).
Autor desconhecido.
A PRIVATARIA DOS
AEROPORTOS
Fabricaram a tal da “privataria
tucana” e olha aí… A Dilma sentiu de cara o buraco em que se meteu. Acompanhou o
leilão em tempo real mas, em vez de comemorar os R$ 24,5 bilhões “angariados” –
muito, mas muito mesmo, a mais do que qualquer pessoa séria esperava que
oferecessem pelo que estava à venda – saiu murmurando: - "Vocês sabem como é governo:
faz uma etapa e tem de fazer todas as outras. Agora tem que fazer com que as
outras etapas aconteçam".
São 30% dos passageiros e 57%
da carga do transporte aéreo nacional entregues a uma empresa africana de
credenciais duvidosas, que ficou com nada mais nada menos que Guarulhos; um
trambiqueiro argentino de extensa folha corrida que, muito adequadamente, ficou
com Brasília; e uma operadorazinha francesa, especializada em negociar com
genocidas africanos, que levou Viracopos.
Se os dois outros vencedores
são duvidosos, o argentino que levou Brasília é explícito. Daqueles que não se
aperta nem regula mixaria. “Pagou” nada menos que 673,39% de ágio! R$ 4,5 bi
pela outorga, mais compromissos contratuais de R$ 2,8 bi de
investimentos.
Andou fazendo coisa parecida na
Argentina, onde opera aeroportozinhos regionais. Prometeu mundos e fundos. E aí,
nada. Quando as contas começaram a indicar que seria mais caro para o governo
retomar os aeroportos que renegociar o contrato com o espertalhão, ele foi
ficando espaçoso…
Tentou primeiro com Duhalde em
2003. Não conseguiu. Empurra daqui, empurra dali, acabou arrancando uma
renegociação de Nestor Kirshner em 2007.
Em vez dos royalties anuais
devidos (equivalentes às nossas prestações pela outorga), enfiou goela do governo abaixo 15% das receitas, quaisquer que fossem elas. E, evidentemente, elas são
muito menores que os royalties devidos.
Repactuou também os planos de
investimentos e emitiu títulos para pagar com papéis o resto do que
devia. Ainda assim, continua devendo
US$ 104 milhões à Casa Rosada, segundo o jornal Valor.
Como um tipo desses leva o
aeroporto da capital do Brasil, com a simples promessa de pagar quase sete vezes
o que foi pedido pela concessão, é coisa que o PT terá de explicar logo logo à
Nação…
O ONIPRESENTE
PREVI
Já Guarulhos, o maior aeroporto
do país, fica para uma obscura companhia da África do Sul, que se apresenta à
frente dos, adivinhem, fundos de pensão das estatais (leia-se, o próprio
PT).
Esse consórcio, Invepar, é do onipresente Previ, que tem 38% do capital, mais o Funcef e o Petros, seus fiéis
escudeiros, representando os funcionários da “nossa” Caixa e do “nosso” petróleo
(o Brasil bem que merece!), e ainda da OAS (19,4%), aquela empreiteira da
família do finado Antônio Carlos Magalhães que andou encolhendo desde que ele se
foi deste mundo.
Pois é... o dinheiro tem o condão
de enterrar ideologias !
O governo não esperava obter
por Guarulhos mais que R$ 6 bi. Quando o leilão chegou aos R$ 12 bi, um adviser
das companhias mais experientes do mundo na administração de aeroportos, já
garantia aos presentes que “essa conta não fecha“.
Pois, depois disso, ela
aumentou mais um terço. Foi a R$ 16,2 bi, mais R$ 4,6 bi em reformas contratuais
para a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016!
A receita total do aeroporto de
Guarulhos, calculada pelo governo para os 20 anos da concessão, é de R$ 17 bi,
apenas 5% a mais do que os fundos do PT pagaram, só pela outorga !?
As prestações por essa outorga,
posto esse número, sobem a R$ 800 milhões por ano. E, hoje, o faturamento total de
Guarulhos é de R$ 500 milhões… Como fechar essa conta se o
contrato diz que as tarifas aeroportuárias não podem subir?
"Com receitas não tarifárias, como estacionamentos e restaurantes", diz candidamente Gustavo Rocha, presidente
da Invepar ( com financiamentos do BNDES, é claro).
Nada como fazer contas
com dinheiro “nosso”…
Ao fim e ao cabo, a proposta
mais “pé no chão” foi a do endividado Grupo Triunfo, com seus franceses
misteriosos, que pagou “apenas” 159% de ágio por Viracopos.
É o mesmo grupo que,
em 2008, “levou” as rodovias Ayrton Senna e Carvalho Pinto, em São Paulo, mas
acabou sendo desabilitado porque não conseguiu cumprir o que
prometeu.
Pelo menos ele devolveu o que
não conseguiu pagar.
Enfim, não perca os próximos
capítulos. Este caso tem tudo para transformar o Mensalão numa brincadeira de
crianças.
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