11 de mar. de 2012


Muitas coisas podem ser feitas com as baionetas,
exceto sentar-se em cima delas !

Carta endereçada à jornalista Eliane Catanhede por Lauro Henrique Alves Pinto (*).
"Infelizmente, a senhora comete um erro crasso ao insistir nessa idiotice de ofensa pessoal.  Somente quem não tenha sido educado dentro de estritos conceitos, virtudes e valores democráticos, pode imaginar que todas as vozes discordantes do seu pensamento totalitário, imperial e dogmático, são eivadas de ofensa.  Quando uma aspone da presidente fala as abobrinhas que quer, na hora em que está com vontade, ofendendo indiscriminadamente a classe mais bem avaliada pela população brasileira, espera-se que o ofendido reaja na mesma moeda - e foi o que se fez.  Aliás com o máximo respeito.

Espanta-me que a senhora, tida como pessoa instruída, desconheça que "muitas coisas podem ser feitas com as baionetas, exceto sentar-se em cima delas." 

A senhora deveria dizer isto àquela moça que se acha ungida por Deus e acima do bem e do mal.  Se insistir em ignorar e resolver comprar briga, acho que vai haver briga sim.

Espanta-me também que a senhora desconheça como funciona o cérebro "coletivo" das Forças Armadas.  Os militares são pessoas amáveis, discretas, obedientes, disciplinadas, mas, por dever de ofício, implacáveis na defesa dos valores aos quais estão subordinados.  E, ao contrário da barbárie que é o nosso universo civil, são pessoas que agem e raciocinam como um só "corpo"...  e jamais seriam militares se não fosse assim.
Sugiro que a senhora mande um recado àquela moça, para que use a sabedoria esculpida numa famosa frase de Michel de Montaigne (1533-1592): "A única maneira de se dar um passo à frente à beira de um abismo, é dar um passo atrás." Ou seja, não sentar na baioneta.  

E a senhora está erradíssima se imagina que uma volta atrás, neste momento, será um estímulo ao insulto coletivo.  Muito ao contrário, pois é a única forma de contornar um problema grave que não precisava ser criado.

Aprenda: "mexeu com ele, mexeu comigo". Simples assim.

(*) Lauro Henrique Alves Pinto é civil
Imagens inseridas pelo Blog

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