ONTEM
Ontem, Siqueira, ante a honra e a disciplina,
mostra-se
fiel à primeira e aos guerreiros ensina:
nada valem
os corretos que vendem suas almas
por louros
ultrajantes ou por falsas palmas.
Refutando a
ordem indigna e descabida,
rompendo os
grilhões que lhe escravizam a vida,
lança sua
“Cantiga Medieval” e, assim liberto,
alerta: só
o caminho da honra é certo.
Cantiga Medieval
Nóbrega de
Siqueira
Meu Rei me
pediu a espada, minha espada lhe ofertei,
com lâmina de
Toledo e copo de ouro de lei...
Meu Rei
desejou meu elmo, escudo, couraça... lhe dei.
Sempre os
usei nas batalhas, lutando pelo meu Rei.
Meu rei me
pediu bravura, nas guerras me desdobrei.
Lutei com
ardor e raça, pela glória do meu Rei.
Meu Rei
desejou meu cavalo, que eu mesmo domei,
sem relutar
fui Infante para atender ao meu Rei.
Meu Rei me
pediu a honra da farda que sempre honrei,
de coração
contristado, disse não ao meu Rei.
Dei-lhe a
espada de Toledo com copo de ouro de lei.
Mas, honra, é
bem de família, que dos ancestrais herdei.”
HOJE
Hoje,
igualmente, ante o parvo que domina,
é preciso
sopesar a honra e a disciplina.
O monte de
covardes e cretinos não mudou
e quer
mostrar que a todos comprou e desonrou.
Porém,
ainda que preguemos no deserto,
vamos
mostrar que só tem um caminho aberto
pra vencer
as injúrias e os grilhões do vil metal:
Sigamos
unidos ao som da “Canção Atual”.
Canção
Atual
Arlenio Souza da Costa*
A
terrorista no trono mentiu e eu me calei.
Ela, amparada na anistia, que eu mesmo lhe assegurei.
Depois, rasgou meus direitos, mesmo assim não protestei.
Acima
deles, como sempre, minha pátria coloquei.
Para
atender seus chiliques, como gendarme atuei.
Em
função de sua ganância, obsoleto me tornei
E o
dinheiro que me nega, à falta me adaptei
Já
que eu não faço parte das benesses do rei.
Agora
quer desonrar o local onde estudei
E
isso não vou permitir, pois ao limite cheguei.
A
honra da minha escola, de ancestrais eu herdei
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