CONTEÚDO IMORAL NA ESCOLA:
PAIS PODEM
PROCESSAR POR DANOS MORAIS
TANTO A ESCOLA QUANTO O PROFESSOR
Conteúdo imoral na escola
Escrito por Miguel Nagib*
e publicado no site www.midiasemmascara.org
O
que chega ao nosso conhecimento é apenas uma fração do que acontece no interior
das salas de aula; é o que “vaza” por acidente. O MEC continua trabalhando de
modo incansável para destruir a autoridade moral dos pais sobre seus
filhos.
“Os
pais têm direito a que seus filhos recebam a educação moral que esteja de acordo
com suas próprias convicções.” É isso que estabelece o artigo 12 da Convenção
Americana de Direitos Humanos (CADH), da qual o Brasil é signatário. Ocorre que
esse direito não vem sendo respeitado por nossas escolas. Burocratas e
“especialistas” em educação decidiram educar nossos filhos por nós. Decidiram
acabar com a formação moral que lhes damos em casa. Para eles, tudo não passa de
“preconceitos” e “tabus”. Do MEC e das secretarias de Educação partem as
diretrizes. Nas salas de aula, professores despreparados, perturbados ou
pervertidos – é difícil saber – as colocam em prática.
Em Ceilândia,
cidade-satélite de Brasília, um professor de Educação Física resolveu fazer uma
“brincadeirinha” com seus alunos: quem errasse a jogada tinha de responder a
perguntas como “você é virgem?” ou “já fez sexo oral em Fulano?” Em Recife,
crianças de 7 a 10 anos aprendem em sala de aula que “brincar com o pênis e com
a vulva é gostoso” e que “o papai acha muito gostoso quando seu pênis fica
duro”. Em Contagem (MG), o dever de casa dos alunos do 4.º ano de uma escola
municipal – falamos de crianças de 10 anos – é responder “o que é sexo anal”, “o
que é boquete“ e “como dois homens fazem sexo”.
Os episódios se sucedem.
O que chega ao nosso conhecimento é apenas uma fração do que acontece no
interior das salas de aula; é o que “vaza” por acidente. Mas pelos “vazamentos”
podemos estimar o volume e a qualidade do esgoto moral que circula pelas
tubulações do sistema de ensino.
Quem já tentou sabe que é inútil
argumentar com esses “educadores”. Os pais que reclamam são tratados como
ignorantes e retrógrados.
Qual a solução? Simples: basta que o MEC e as
secretarias de Educação proíbam a veiculação de temas como sexualidade – que
envolve inevitavelmente uma abordagem moral – nas disciplinas obrigatórias. Se o
governo quiser usar as escolas para tratar desses assuntos, que crie uma
disciplina facultativa, como se dá com o ensino religioso. É a única saída
compatível com o art. 12 da CADH.
Isso vai acontecer? Não neste governo,
com certeza. Embora a presidente da República tenha declarado, ao vetar o “kit
gay”, que “nós não podemos interferir na vida privada das pessoas”, o MEC
continua trabalhando de modo incansável para destruir a autoridade moral dos
pais sobre seus filhos. É possível obrigar o governo a agir, mas na Justiça isso
pode levar anos.
A boa notícia é que os pais não precisam esperar de mãos
atadas. Nosso conselho é processar por danos morais as escolas e os professores
que transmitirem aos seus filhos conteúdos que se chocarem com os seus valores e
convicções. Além do dano moral causado aos seus filhos – o que precisa ser
avaliado caso a caso –, há o dano decorrente da violação a sua autoridade moral.
Em situações como essas, dependendo do caso, as indenizações podem passar de R$
20 mil.
Ou, se quiserem agir preventivamente, ajuízem, com base no art.
12 da CADH, ações para que as escolas e os professores dos seus filhos sejam
obrigados a se abster, sob pena de multa, de veicular conteúdos morais nas
disciplinas obrigatórias; e orientem seus filhos a lhes reportar em casa o que
virem e ouvirem na sala de aula. Se os professores e as escolas começarem a ser
processados e condenados, é possível que pensem duas vezes antes de ensinar a
crianças de 10 anos “o que é boquete” e “como dois homens fazem
sexo”.
Publicado no jornal Gazeta do Povo.
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