Nota distribuída pelo
PSDB e assinada por Sérgio Guerra, seu
presidente
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
"O governo do PT acaba de
ultrapassar um limite perigoso para a sobrevivência da jovem democracia
brasileira.
[...] Na noite desta quarta-feira, o país assistiu à mais
agressiva utilização do poder público em favor de uma candidatura e de um
partido político: o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff, em rede
nacional de rádio e TV, sob o pretexto de anunciar, mais uma vez, a redução do
valor das contas de luz, já prometida em rede nacional há quatro meses e
alardeada em milionária campanha televisiva paga pelos
contribuintes.
O caráter político-partidário do pronunciamento oficial
da presidente pode ser constatado inclusive pela substituição do brasão da
República pela marca publicitária do atual governo na vinheta de abertura da
"peça publicitária" veiculada em cadeia
nacional.
Durante os oito minutos de divulgação obrigatória por
parte das emissoras de rádio e TV brasileiras, a presidente Dilma faltou com a
verdade, fez ataques a seus adversários, criticou a imprensa e desqualificou os
brasileiros que ousam discordar de seu
governo.
O
conceito de República foi abandonado. A chefe da Nação, que deveria ser a
primeira a reconhecer-se como presidente de todos os brasileiros, agora os
divide em dois grupos: o “nós” e o “eles”. O dos vencedores e o dos derrotados.
Os do contra e os a favor. É como se estivesse fazendo um discurso numa reunião
interna do PT, em meio ao agitar das bandeiras e ao som da charanga do
partido.
O
PSDB denuncia o uso indevido feito de um instrumento reservado ao interesse
público para promoção pessoal e política da presidente, e alerta os brasileiros
para a gravidade desse ato que fere frontalmente os fundamentos do Estado
democrático.
No governo do PT, tudo é propaganda, tudo é
partidarizado. Nada aponta para o equacionamento verdadeiro dos problemas do
país ou para uma solução efetiva.
Em vez de assumir suas responsabilidades de gestora,
fazendo o governo produzir, o que se vê é o lançamento prematuro de uma campanha
à reeleição, às custas do uso da máquina federal e das prerrogativas do cargo
presidencial."
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