29 de jan. de 2011

A volta do nosso Delúbio
Por Guilherme Fiuza  - Época - 24/01/2011 
 
Nelson Rodrigues dizia, com calculado cinismo, que a única possibilidade real de consciência é o medo da polícia. O grande dramaturgo não viveu para ver o dia em que nem o medo da polícia serviria como fronteira ética. À luz do dia, representantes da casta sindical que governa o Brasil informam que não têm medo de nada.
Nem mesmo de articular a ressurreição de Delúbio Soares, uma das estrelas do mensalão – o episódio que, em dimensões inéditas, transformou a política em caso de polícia. 
 
O cinismo de Nelson é brincadeira de criança perto da evolução moral do PT. 
 
O partido, que completará 12 anos no poder – envelhecido no puro malte de Brasília –, já trabalha para estender esse reinado para 16 anos, aproximando-se do recorde da era Vargas. Nessa marcha firme, vai-se impondo o seguinte princípio ético: o que a opinião pública engolir, está valendo.
 
Não foi à toa que Luiz Inácio da Silva se despediu da Presidência avisando que iria desmontar “a farsa do mensalão”. Em tese, o filho do Brasil não precisaria, do alto de sua popularidade sobre-humana, gastar um minuto com o capítulo negro do valerioduto. O povo já lhe dera o habeas corpus vitalício. Mas apagar a existência do mensalão é importante a médio prazo. A companheirada vai precisar de uma ficha mais ou menos limpa para levar a revolução dos cargos ao quarto mandato seguido – sem que a opinião pública desperte de sua soneca cívica.
 
Até aqui, tudo bem. O deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), líder do governo na Câmara, defendeu a reintegração do ex-tesoureiro Delúbio ao Partido dos Trabalhadores. Vamos repetir baixinho, para não perturbar o sono dos brasileiros: não foi um militante petista que disse isso em “off”. Foi o líder do governo, de cara limpa (até onde isso é possível), quem declarou publicamente que o lendário Delúbio, apontado pelo Ministério Público como um dos vértices da quadrilha que ordenhou o Estado em prol do PT, merece uma nova encarnação no partido.
 
Não à toa Lula se despediu da Presidência avisando que iria desmontar “a farsa do mensalão”

“Nenhuma pena é eterna”, disse Vaccarezza. Pode-se questionar o teor filosófico da afirmação, mas pelo menos uma certeza cristalina ela traz: o pessoal perdeu completamente o medo da polícia.
 
É compreensível. Dos 40 indiciados por aquela fantástica operação de empréstimos fictícios, que faziam dinheiro público brotar na boca do caixa privado para os parlamentares fiéis, ninguém foi punido pela Justiça. Nem será. Passados mais de cinco anos, o escândalo já foi mais que engolido pela opinião pública. Ao lado dela, o Supremo Tribunal Federal aninhou-se na mesma soneca, para não fazer barulho no momento em que a candidata de José Dirceu chegava para a troca de guarda no palácio.
 
Com Dilma lá, o medo da polícia sumiu de vez. E o líder Vaccarezza pôde soltar seu brado definitivo sobre os mensaleiros: “Todos eles já pagaram um preço maior do que seus pecados”.
 
Quem imaginar que uma declaração dessas é a apoteose da cara de pau está redondamente enganado. A coisa é científica. O líder petista joga o disparate no ar para sondar o terreno. Não havendo reações significativas, ele fotografa o sismógrafo parado no zero e emite o sinal para os companheiros: todo mundo dormindo, caminho livre.
 
A ressurreição do “nosso Delúbio” (como dizia Luiz Inácio) é só um detalhe do projeto. O abraço apertado de Erenice Guerra na presidenta, em plena posse, foi parte da mesma experiência científica altamente bem-sucedida. O laudo é conclusivo: o povo não está nem aí para o tráfico de influência. E lá vem mais um teste de laboratório ao vivo: José Sarney, flagrado com o filho e o também lendário Agaciel Maia usando o parlamento para empregar seus simpatizantes, já foi lançado para presidir novamente o Senado.
 
Tudo normal. Na ausência de Nelson Rodrigues e da polícia, não há mesmo mais nada a temer.
XIV Encontro Mundial de Paranormais


O QUE A VIDA ME ENSINOU
(anônimo, com mais de 90 anos)
Para celebrar o meu envelhecimento escrevi as 45 lições que a vida me ensinou.

1. A vida não é justa, mas ainda é boa.
2. Quando estiver em dúvida, dê somente o próximo passo, pequeno.
3. A vida é muito curta para desperdiçá-la odiando alguém.
4. Seu trabalho não cuidará de você quando você ficar doente. Seus amigos e familiares cuidarão. Permaneça em contato.
5. Pague mensalmente seus cartões de crédito.
6. Você não tem que ganhar todas as vezes. Concorde em discordar.
7. Chore com alguém. Cura melhor do que chorar sozinho.
8. É bom ficar bravo com Deus. Ele pode suportar isso.
9. Economize para a aposentadoria começando com seu primeiro salário.
10. Quanto a chocolate, é inútil resistir.
11. Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalha o presente.
12. É bom deixar suas crianças verem que você chora.
13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que é a jornada  deles.
14. Se um relacionamento tiver que ser um segredo, você não deveria entrar nele.
15. Tudo pode mudar num piscar de olhos. Mas não se preocupe; Deus nunca pisca.
16. Respire fundo. Isso acalma a mente.
17. Livre-se de qualquer coisa que não seja útil, bonito ou alegre.
18. Qualquer coisa que não o matar o tornará realmente mais forte.
19. Nunca é muito tarde para ter uma infância feliz. Mas a segunda vez é por sua conta e ninguém mais.
20. Quando se trata do que você ama na vida, não aceite um não como resposta.
21. Acenda as velas, use os lençóis bonitos, use roupa chic. Não guarde isto para  uma ocasião especial. Hoje é especial.
22. Prepare-se mais do que o necessário, depois siga com o fluxo.
23. Seja excêntrico agora. Não espere pela velhice para vestir roxo.
24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.
25. Ninguém mais é responsável pela sua felicidade, somente você..
26. Enquadre todos os assim chamados "desastres" com estas palavras “Em cinco anos, isto importará?”
27. Sempre escolha a vida.
28. Perdoe tudo de todo mundo.
29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta.
30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo..
31. Não importa quão boa ou ruim é uma situação, ela mudará.
32. Não se leve muito a sério. Ninguém faz isso.
33. Acredite em milagres.
34. Deus ama você porque ele é Deus, não por causa de qualquer coisa que você fez ou não fez.
35. Não faça auditoria na vida. Destaque-se e aproveite-a ao máximo agora.
36. Envelhecer ganha da alternativa -- morrer jovem.
37. Suas crianças têm apenas uma infância.
38. Tudo que verdadeiramente importa no final é que você amou.
39. Saia de casa todos os dias. Os milagres estão esperando em todos os lugares.
40. Se todos nós colocássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos todos os outros como eles são, nós pegaríamos nossos mesmos problemas de volta.
41. A inveja é uma perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.
42. O melhor ainda está por vir.
43. Não importa como você se sente, levante-se, vista-se bem e apareça.
44. Produza!
45. A vida não está amarrada com um laço, mas ainda é um presente.

27 de jan. de 2011

It's true 

Before sex, you help each other get naked. 
After sex, you only dress yourself.
The moral of the story: 
-  In life, no one helps you once you've been fucked.
Aos jovens, aos falseadores da verdade, aos “esquecidos”: o que publicaram os jornais
WENCESLAU MALTA - Cel. Art. Ref

31/03/64 − FOLHA DA TARDE − (Do editorial, A GRANDE AMEAÇA) "...cuja subversão além de bloquear os dispositivos de segurança de todo o hemisfério , lançaria nas garras do totalitarismo vermelho, a maior população latina do mundo..."
31/03/64 − CORREIO DA MANHÃ − (Do editorial, BASTA!) "O Brasil já sofreu demasiado com o governo atual. Agora, basta!"
31/03/64 − JORNAL DO BRASIL − "Quem quisesse preparar um Brasil nitidamente comunista não agiria de maneira tão fulminante quanto a do Sr. João Goulart a partir do comício de 13 de março."
01/04/64 − CORREIO DA MANHÃ − (Do editorial, FORA!) "Só há uma coisa a dizer ao Sr. João Goulart: Saia!" 
01/04/64 − ESTADO DE SÃO PAULO − (SÃO PAULO REPETE 32) "Minas desta vez está conosco"... "dentro de poucas horas, essas forças não serão mais do que uma parcela mínima da incontável legião de brasileiros que anseiam por demonstrar definitivamente ao caudilho que a nação jamais se vergará às suas imposições."
01/04/64 − JORNAL DO BRASIL − "Desde ontem se instalou no país a verdadeira legalidade"... "restabelecer a legalidade que o caudilho não quis preservar, violando-a no que de mais fundamental ela tem a disciplina e a hierarquia militares". A legalidade está conosco e não com o caudilho aliado dos comunistas."
02/04/64 − O GLOBO − “Fugiu Goulart e a democracia está sendo restaurada"... "atendendo aos anseios nacionais de paz, tranqüilidade e progresso... as Forças Armadas chamaram a si a tarefa de restaurar a Nação na integridade de seus direitos, livrando-a do amargo fim que lhe estava reservado pelos vermelhos que haviam envolvido o Executivo Federal."
02/04/64 − JORNAL DO BRASIL − "Brizola nega renúncia de Goulart e prega ocupação de quartéis por sargentos". "Paulistas jogam papel e cantam Hino na queda do Presidente Goulart."
02/04/64 − CORREIO DA MANHÃ − "Lacerda anuncia volta do país à democracia."
05/04/64 − O GLOBO"A Revolução democrática antecedeu em um mês a revolução comunista."
05/04/64 − O ESTADO DE MINAS − "Feliz a nação que pode contar com corporações militares de tão altos índices cívicos." "Os militares não deverão ensarilhar suas armas antes que emudeçam as vozes da corrupção e da traição à pátria."
06/04/64 − JORNAL DO BRASIL − "Pontes de Miranda diz que Forças Armadas violaram a constituição para salvá-la."
09/04/64 − JORNAL DO BRASIL − "Congresso concorda em aprovar Ato Institucional".
10/04/64 − JORNAL DO BRASIL − "Partidos asseguram a eleição do General Castelo Branco."
16/04/64 − JORNAL DO BRASIL − "Rio festeja a posse de Castelo."
18/04/64 − JORNAL DO BRASIL − "Castelo garante o funcionamento da Justiça."
21/04/64 − JORNAL DO BRASIL − "Castelo diminui nível de aumento aos militares. Corte propõe aumento aos militares com 50% menos do que tabela anterior."

Ao Cel Pqdt Wenceslau Malta, falecido ontem, minha homenagem. Magal


Novos tempos

POST MORTEM
 
Um casal fez o seguinte acordo: se existisse reencarnação, o primeiro a morrer informaria ao outro como é que era. O marido foi primeiro, contactou a mulher e contou-lhe:

- Bem, levanto-me cedo e faço sexo. Tomo o desjejum e vou para o campo de golfe. Faço mais sexo, apanho sol e faço sexo mais algumas vezes. Depois almoço (você gostaria: muitas verduras!). Mais sexo, um passeio pelo campo de golfe e mais sexo o resto da tarde. Depois do jantar, volto ao campo de golfe e faço mais sexo até anoitecer. Depois durmo muito bem para recuperar, e no dia seguinte recomeça, tudo igual outra vez.

A mulher pergunta: 

- Você está no paraíso?

- Não, já reencarnei. Agora sou um coelho em Uberaba.

O Brasil, a Fé, o Rei e a Lei

Por Reinaldo Azevedo

“A língua de que usam, toda pela costa, é uma: ainda que em certos vocábulos difere em algumas partes; mas não de maneira que se deixem de entender. […] Carece de três letras, convém a saber, não se acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não têm Fé, nem Lei, nem Rei, e desta maneira vivem desordenadamente.”

      O que vocês lêem acima é um trecho da História da Província de Santa Cruz, de Pero Magalhães de Gandavo, escrita em 1578. Ele descreve os índios brasileiros ao rei de Portugal, segundo, como se nota, a visão do colonizador. A referência que faz à língua tupi e à “ausência” de três letras — o que impedia os índios de ter “fé, lei e rei” — é notavelmente tola mesmo para o século XVI. Em 1578, fazia seis anos que Os Lusíadas tinham sido publicados, e Camões já tinha, por meio de seus sonetos, traduzido boa parte da obra de Petrarca. José de Anchieta estava no Brasil havia 25 anos e já encontrara na cultura indígena os elementos de que precisava para a catequese e a colonização. A tolice de Gandavo, no entanto, ameaça virar uma espécie de emblema desta terra. O português se espalhou pelos quatro cantos do Brasil, com todos os seus “efes”, “eles” e “erres”. Tivemos rei. Tivemos até alguma fé. Mas, definitivamente, os “eles” não nos ensinaram o caminho da lei.

      Escrevi ontem alguns posts sobre o caso da Anatel, que decidiu, ao arrepio da Constituição, quebrar o sigilo das comunicações telefônicas. A direção não esperou nem mesmo a decisão do Conselho, apressou-se e já comprou o equipamento com que pretende agredir o Artigo 5º da Carta que nos rege, numa decisão que pretende meramente administrativa. Sem atingir uma garantia constitucional, assegura a agência, ela não pode cumprir adequadamente as suas funções. Leitores me enviam comentários dos petralhas em sites por aí que aceitam qualquer lixo. Como de hábito, propagam a máxima dos estados totalitários: “Quem não deve não teme”. Em sociedades que abdicam da lei, a máxima há de ser justamente o oposto: “Deve temer justamente quem não deve”, já que os devedores costumam estar no encalço dos inocentes.

      Não se trata de dar peso excessivo a uma questão aparentemente irrelevante, já que, dizem alguns, o sigilo das conversas não será violado. Pouco importa! Não cabe à Anatel o papel de juiz da Constituição; ninguém lhe outorgou a prerrogativa de dizer quais dispositivos valem e quais não valem. Se damos a um ente ou pessoa a licença para violar UMA lei, estamos, na prática, concedendo com a violação de QUALQUER lei. E noto que estamos nos referindo a uma instituição do estado, à qual só é permitido fazer o que lei estabelece. Nós, que somos os cidadãos, podemos fazer tudo o que ela não proíbe.

      Há dois dias, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva interrompeu as suas “férias” para visitar o ex-vice José Alencar no hospital. Fez saber que havia debatido com Dilma Rousseff o desastre no Rio e anunciou que, no devido (?) tempo, falará sobre os passaportes diplomáticos concedidos ilegalmente a OITO PESSOAS de sua família. Deu a entender que tem algo a dizer. É mesmo? Marco Aurélio Garcia, o dinossauro mantido como assessor de Dilma, afirmou que o caso só interessa àqueles 3% que achavam o governo ruim ou péssimo — vocês sabem: a turma do contra! Para o Cérbero do petismo, pouco importa se o benefício é ou não ilegal. A aprovação maciça de que gozava Lula lhe facultaria, ou aos seus, o privilégio indevido. A lei não serve para o Babalorixá de Banânia. A limitação mexe com o seu senso de onipotência.

      Que coisa espantosa, não? O marxismo vigarista que ainda viceja em nossas universidades — devemos ser o último país do mundo com uma academia ainda pautada por esses cretinos; em Pequim, ninguém mais quer saber — nos afasta de uma verdade insofismável: o mandonimo e a impunidade no Brasil são mais estamentais do que propriamente classistas. Os que se assenhoram do estado, ainda que pela via eleitoral, carregam mais do que as prerrogativas inerentes ao exercício do cargo: levam junto a inimputabilidade e a licença para transgredir leis, algumas delas nem mesmo relacionadas ao exercício de sua função pública.

      Lula é a expressão máxima da nova classe social surgida no Brasil, que chamo de “burguesia do capital alheio”. O desassombro, no entanto, com que avança contra as instituições e os limites legais não deriva dessa condição, mas do fato de ter-se tornado um “homem do estado”, um dirigente, um governante, A “elite” pernóstica brasileira não é formada pelos muito ricos, mas pelos “muito impunes”. As chances de um milionário brasileiro responder por seus crimes são muito maiores do que as de um político arcar com as conseqüências de seus atos. Não estou satanizando a política, não! Acho essa conversa um porre! A alternativa aos políticos é a ditadura, é bom deixar claro. Mas é preciso que se exija deles que cumpram a sua função essencial: são eleitos como procuradores e representantes da lei, não para violá-la. Se e quando for necessário mudar um dispositivo legal, a Constituição oferece o caminho.

      A trajetória de Lula e sua coleção de agressões às instituições não deixa de ser emblemática. Ele se tornou o herdeiro, para desespero da extrema esquerda, do pensamento revolucionário. No poder, tornou-se beneficiário dos históricos privilégios de casta dos “dirigentes”. Vale dizer: o homem da revolução proletária não estaria preparado nem mesmo para as revoluções burguesas do século 18! O PT se constituiu bem depressa numa nova aristocracia. Aprendeu que, no Brasil, as leis valem para os cavalgados — ricos ou pobres —, mas não para os cavalcantes.

      Na terça-feira, o Portal G1 deu uma notícia aparentemente boba. Muitos devem tê-la lido e considerado seu conteúdo muito razoável.  O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) autorizou que aeronaves do Grupo de Transporte Especial da Aeronáutica, que transportam a presidente da República e outras autoridades federais, utilizem o Aeroporto de Congonhas durante a madrugada. As operações de pouso e decolagem são proibidas entre 23h e 6h por causa do barulho, já que o aeroporto está em área residencial.

      O pedido foi feito pela Advocacia Geral da União em dezembro, ainda no governo Lula, segundo o seguinte argumento: “O Chefe de Estado brasileiro tem o direito a mobilidade excepcional, no interesse público de que seus atos sejam praticados com presteza, celeridade e com a segurança necessária à proteção do funcionamento do regime democrático e do sistema republicano”.

      Luís Inácio Adams é um exagerado! Nunca ninguém  havia pensado que o estado democrático pudesse eventualmente depender de o Aerodilma pousar em Congonhas! Ora, leitor, se preciso, ele pousa até sobre nossas cabeças. Numa excepcionalidade, é claro que o avião poderia recorrer a Congonhas, sem que a AGU tivesse de fazer uma constrangedora defesa, “em tese”, da exceção. Parece que Guarulhos pode ser muito longe quando se é uma autoridade…Tudo no “interesse do país”, justificativa usada pelo megalonanico Celso Amorim para conceder o passaporte especial à parentada de Lula. A lei é para a ralé.

Caminhando para o encerramento

      Pode chegar a 1.200 o número de mortos na tragédia do Rio — fala-se em até 400 desaparecidos. Ainda que não seja isso tudo, já há desgraça o bastante. Toda aquela chuva num só dia foi, de fato, uma ocorrência excepcional, que destruiu também áreas consideradas consolidadas. Mas é certo que centenas de vidas teriam sido poupadas só com o cumprimento da lei, compromisso que não foi cumprido pelos ocupantes de áreas irregulares, pelas Prefeituras e pelos governos estadual e federal — este deixou dormitando por cinco anos na gaveta o decreto que cria o centro de prevenção de catástrofes.
      Nessa e em outras ocorrências dramáticas, o descumprimento da lei pode custar — e custa! — centenas de vidas. Nos outros casos de que falo, trata-se da vida das instituições.

      O Brasil já teve Rei.

      O Brasil tem até alguma fé.

      Mas ainda não aprendeu a cumprir a lei: na serra, na planície e, sobretudo, no Planalto.

Devolve Lula!

Desde que o crucifixo foi roubado pelo molusco etílico, o Brasil virou palco de tragédias, que se abatem de norte a sul. Nunca na história da República se viu tanta desgraça.   Até tornados, jamais registrados no país, passaram a ocorrer.

A Folha de S. Paulo publicou a informação de que a presidente Dilma Rousseff, em sua primeira semana de trabalho, retirou o crucifixo da parede de seu gabinete e a bíblia de sua mesa.

Helena Chagas, ministra chefe da Secretaria de Comunicação Social, através de seu twitter, contradisse a informação divulgada pela Folha. Segundo ela, “a presidenta Dilma não tirou o crucifixo da parede de seu gabinete. A peça é do ex-presidente Lula e foi na mudança. Aliás, o crucifixo, que Lula ganhou de um amigo no início do governo, é de origem portuguesa”.

Segundo Chagas, a bíblia continua lá, em uma sala contígua, em cima de uma mesa. A mesma informação está em nota da Secom.


Agora a pergunta que não quer calar...

Se o crucifixo era presente do Lula o que faz nessa foto de Itamar no gabinete presidencial dezoito anos antes?