15 de dez. de 2012

Dissuasão extrarregional é conto de fadas

General da Reserva Luiz Eduardo Rocha Paiva
Professor emérito e ex-comandante da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército

“A Nação que confia mais nos seus direitos do que em seus soldados engana a si mesma e cava sua ruína”. Rui Barbosa.

A análise de tendências globais apontadas em estudos prospectivos para as próximas décadas permite identificar as mais relacionadas com a defesa e a projeção internacional do Brasil. Os estudos de agências de governo apresentam pontos de vista das relações internacionais calcados em ameaças e oportunidades aos interesses do país proprietário.


Segundo a lógica das grandes potências, as soluções aos desafios à ordem internacional - governança e segurança globais, segurança energética e ambiental, e outros - devem atender aos seus propósitos de manutenção do status de poder mundial. Para os países menos poderosos, ao contrário, tais soluções significam ingerência externa, insegurança nacional e limitação de soberania. É o caso do Brasil, diante de pressões dominantes, em virtude da debilidade militar, industrial e científico-tecnológica, setores onde o País é dependente.

Os estudos consideram a garantia de acesso a recursos estratégicos e a presença ou o controle de áreas geográficas importantes, do ponto de vista político-militar, como indutores de conflitos futuros em qualquer parte do planeta, hoje apequenado pela globalização. Julgam muito improvável o choque direto entre os poderes globais, mas que haverá conflitos periféricos e de baixa intensidade com o emprego direto ou indireto do poder militar. Ora, os conflitos entre EUA e Iraque podem ter sido periféricos e de baixa intensidade para os EUA, mas não na visão iraquiana. O mesmo raciocínio deve ser feito para classificar um eventual choque militar entre o Brasil e uma potência ou coalizão de potências envolvendo interesses na Amazônia ou no Atlântico. Para o futuro da Nação brasileira seriam centrais e decisivos, jamais periféricos e de baixa intensidade.

A Política Nacional de Defesa (PND) definiu defesa nacional como o “conjunto de medidas [...] com ênfase no campo militar, para a defesa do território, da soberania e dos interesses nacionais contra ameaças [...] potenciais ou manifestas”. A Estratégia Nacional de Defesa (END), por sua vez, concluiu que os ambientes “não permitem vislumbrar ameaças militares concretas e definidas” e, por isso, as Forças Armadas (FA) devem se preparar em função de capacidades e não de ameaças. Ora, capacidade sem um contraponto é conceito vazio. Ao não se ter a noção do poder de um oponente, ainda que potencial, como determinar o desenho de FA com capacidade para dissuadi-lo ou vencê-lo? Foi gravíssimo o erro de não levantar, como preconizado na definição de defesa nacional, as ameaças potenciais contra as quais o Brasil deveria se preparar desde já, pois defesa não se improvisa. Tais ameaças são perfeitamente identificáveis até pelos leigos em temas de defesa – uma potência global ou uma coalizão de potências em choque com o Brasil, envolvendo interesses vitais, particularmente na Amazônia ou no Atlântico. Como se vê elas não precisariam nem deveriam estar denominadas na END. 

A END ressalta a necessidade de ampliar a participação popular nos processos decisórios da vida política. Levar a defesa nacional aos meios acadêmicos e empresariais e à mídia é importante, assim como seria a criação de ONGs nacionais voltadas para o tema. Porém, os representantes da Nação estão no Congresso Nacional onde existe, em cada Casa, uma Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional. 

Hoje, tramitam no Congresso os projetos de atualização da PND e da END, elaborados pelas FA sob a direção do Ministério da Defesa, com pouca participação de estudiosos civis e militares da reserva. Os textos, em função das estruturas hierarquizadas, refletem as ideias do decisor em cada escalão, que podem não ser as melhores. Ao apreciar os projetos em pauta, as Comissões deveriam ouvir civis estudiosos e militares da reserva em audiências públicas e, em audiências reservadas, altos chefes militares da ativa com o compromisso de emitir a própria opinião. É desperdício não conhecer o pensamento de profissionais em quem a Nação investiu mais de trinta anos em contínua preparação, pois assunto de tamanha relevância não deve ficar subordinado a interpretações equivocadas do que seja disciplina intelectual. Tal procedimento deveria ser comum nos projetos de defesa em tramitação no Congresso, pois ali está, em última análise, a própria Nação. De posse do contraditório, as Comissões enviariam os questionamentos relevantes ao Ministério da Defesa, solicitando resposta por escrito ou por um representante para defender a posição do Ministério em audiência reservada, se necessário o sigilo.

A END falhou ao determinar a elaboração de projetos separados de reequipamento e articulação e não de um Projeto Conjunto de Forças, traduzido num Sistema Único de Defesa Antiacesso. Esse Sistema, interagindo com o Sistema Brasileiro de Inteligência, seria composto por subsistemas integrados de vigilância, com satélite brasileiro; defesa antiaérea; mísseis de longo alcance, com plataformas móveis terrestres, navais e aéreas tripuladas e não tripuladas; e por forças terrestres móveis para engajar o inimigo que acessasse os limites nacionais. O propósito seria neutralizar ou desgastar uma esquadra ou exército inimigo enquanto ainda estivessem longe do litoral ou da fronteira oeste. Na falta de armas de destruição em massa, o sistema seria dissuasório por restringir a liberdade de ação de potências extrarregionais.

O Brasil levará cerca de trinta anos para alcançar a autonomia industrial e científico-tecnológica requerida para ter dissuasão extrarregional, que só será confiável se o colocar entre as dez maiores potências militares. É um salto ousado, mas que não acontecerá, haja vista a histórica irrelevância da defesa nacional nos investimentos dos governos.


Um presente por e-Mail, no tempo da internet a manivela.



       Em 1997, minha filha mais velha morava na Alemanha e eu queria fazer-me presente a seu lado no dia de seu 27º aniversário, 08 Fev.

     Influenciado por um livro que acabara de ler, "O Mundo de Sofia", e valendo-me de uma ferramenta que começava a popularizar-se no Brasil, enviei-lhe o e-Mail que se segue. 

     A primeira vez que publiquei no Blog (10 Mar 2011), "camuflei" emitente e destinatário. Hoje, republico, como homenagem a minhas filhas.


Querida filha

XXXXXXXX   XXXXXXXX   XXX        XXX   XXXXXXXXXX
XXXXXXXX   XXXXXXXX   XXX        XXX   XXXXXXXXXX
XXX        XXX        XXX        XXX         XXX
XXX        XXX        XXX        XXX        XXX
XXXXXX     XXXXXX     XXX        XXX       XXX
XXXXXX     XXXXXX     XXX        XXX      XXX
XXX        XXX        XXX        XXX     XXX
XXX        XXX        XXX        XXX    XXX
XXX        XXXXXXXX   XXXXXXXX   XXX   XXXXXXXXXXX
XXX        XXXXXXXX   XXXXXXXX   XXX   XXXXXXXXXXX


XXXXXXXXXX    XXX      XXX    XXX   XXX     XXX
XXXXXXXXXX    XXXX     XXX    XXX   XXX     XXX
XXX    XXX    XXXXX    XXX    XXX    XXX   XXX
XXX    XXX    XXXXXX   XXX    XXX    XXX   XXX
XXXXXXXXXX    XXX XXX  XXX    XXX     XXX XXX
XXXXXXXXXX    XXX  XXX XXX    XXX     XXX XXX
XXX    XXX    XXX   XXXXXX    XXX      XXXXX
XXX    XXX    XXX    XXXXX    XXX      XXXXX
XXX    XXX    XXX     XXXX    XXX       XXX
XXX    XXX    XXX      XXX    XXX       XXX     BLA, BLA, BLA


Deseja seu pai, com muita saudade.


E aqui vão alguns presentinhos, que poderão ser de valor inestimável para toda a sua vida. Alguns são de produção nacional e outros, importados, como você pode constatar; uns e outros, acho eu, de excelente qualidade.

1) 0 primeiro é um petisco, nem muito doce, nem amargo, todavia de alto valor nutritivo. Recomendo que você o saboreie diariamente, ao café da manhã, como forma de fortalecer-se para enfrentar as diferentes situacões que se apresentarem no seu dia.

“Der Verntinftige geht auf Schmerzlosigkeit, riicht auf Genuss aus.” 

(0 prudente sai em busca da ausência de dor, não do prazer) 

2) 0 segundo é de vestir, uma espécie de capa, mágica. Você deve estar sempre com ela, pois aquece quando nos atinge o imenso frio das frustrações e refresca a alma quando estamos tomados pela fogueira da vaidade. Use-a à vontade, pois apesar de um pouco grande, adapta-se a qualquer pessoa e está sempre na moda. 

“Ist einer Welt Besitz fur dich zerronnen, 
Sei nicht in Leid daruber, es ist nichts; 
Und hast du einer Welt Besitz gewonnen, 
Sei nicht erfreut daruber, es ist nichts. 
Voruber geh’n die Schmerzen und die Wonnen, 
Geh’ an der Welt vorüber, es ist nichts..” 

(Se se desfez para ti a posse de urn mundo, 
Não te lamente, que nada é; 
Se conquistaste a posse de um mundo, 
Nao te regozijes, que nada é. 
Passam as dores e passam as alegrias, 
Passa tu ao largo do mundo, que nada é.) 

3) 0 terceiro é um livro, interessantíssimo. Tem apenas um parágrafo, mas sempre que o lemos, as imagens que nos vêm à mente são novas, diferentes. Acho que também é mágico, como a capa, pois cada vez que a gente o lê, parece que fica mais inteligente. Aqui está, já desembrulhado. Recomendo sua leitura diária, de preferência antes de dormir. 

“Para viver em perfeita compreensão e para extrair da experiência própria todas as lições que contém, é necessário que se pense muitas vezes no passado, a recapitular o que se viu, e fez, e provou, e sentiu; convém também comparar o julgamento de outrora com o atual, assim como os projetos e aspirações, que nutrimos, com os resultados que trouxeram e a satisfação que com estes sentimos. São aulas particulares, que a experiência dá a cada um. Nelas, podemos ter a experiência como um texto e a meditação como o respectivo comentário.” 

4) 0 próximo é uma ferramenta, importada daí. Puxa, parece que também é mágica, pois permite confeccionar ou construir qualquer coisa. Tenha-a sempre no bolso. 

“Nehmt die gute Stinrnung wahr,  Denn sic kosnt so selten.” 

(Aproveitai a boa disposição, pois vem tão raramente.) 

5) 0 próximo é... tcham tcharn tcham tcham ! ... isso mesmo, um estojo de maquiagem que... adivinhou, tambem é mágico, pois, se usá-lo sempre, você parecerá eternamente bela aos olhos de qualquer pessoa. Mas, atenção! Siga cuidadosamente as instruções de uso. 

“A cortesia é inteligência: logo, a descortesia é tolice; criar inimigos por meio desta, desnecessária e caprichosamente, é loucura furiosa, como quando se põe fogo à propria casa. A cortesia é manifestamente uma moeda falsa, como as fichas que se usa para jogar; economizá-la é insensatez e gastá—la liberalmente uma prova de juízo. Todos os povos encerram as suas cartas com um “amigo, criado e obrigado”, “your most obedient servant”, “suo devotissimo servo”: só os alemães nada querem saber desse “servo”, por não ser verdade. Todavia, aquele que levar a cortesia a ponto de sacrificar interesses efetivos, é igual ao que, em lugar de fichas, desse legítimas moedas de ouro. Assim como a cêra, que é dura e quebradiça, amolece com um certo calor e toma a forma que quisermos, assim também, com um pouco de cortesia, podemos amaciar e tornar agradáveis até as pessoas renitentes e hostis. A cortesia é para o homem, o que o calor é para a cera.” 

6) Agora vem... um aparelho de ginástica! Não é mágico, mas se utilizá-lo bastante, você parecerá, E SERÁ, cada vez mais forte, capaz de enfrentar adversários poderosos. 

“Temos que encarar como um segredo a todas as nossas questões pessoais e de ser completamente estranhos aos nossos conhecidos, em tudo quanto ultrapasse aquilo que vêem com os próprios olhos. O seu conhecimento, até das coisas mais inocentes, pode nos trazer prejuizo, conforme o tempo e as circunstâncias. — Em geral, é mais aconselhável demonstrar juízo pelo que se cala do que pelo que se diz. O primeiro é uma questão de prudência; o segundo, da vaidade. A oportunidade de ambas é igualmente frequente, mas nós preferimos a passageira satisfação da última ao lucro duradouro da primeira. Até esse alivio da alma, que é a conversa em voz alta consigo mesmo, travada, uma vez ou outra, por indivíduos de muita vivacidade, não nos devemos permitir, para que se não transforme em hábito; é que, por ela, o pensamento se afeiçoa e se irmana de tal forma com a palavra, que, aos poucos, até a fala dirigida a outrem se converte em um pensar em voz alta; no entanto, manda a prudência que haja um considerável abismo entre o pensar e o falar.” 

7) 0 próximo presente é um jogo de “quebra-cabeças”. Basta desvendá-lo para descobrir um dos segredos da felicidade ao longo de toda a vida. Como anda o seu francês ? 

“Qui n’a pas l’esprit de son áge, de son áge a tout le malheur.” 

(Quem não tem o espirito de sua idade, dela terá todas as desventuras.) 

P.S. Desvendar o “quebra-cabecas” não é simplesmente traduzi-lo. 

8) E chegamos ao último presente, mágico também. Não tenho certeza se, de inicio, você irá apreciá-lo: alguns não gostam dele. É um espelho, mágico, como disse, porque reflete não nossa aparência física, mas o lado negativo de nosso caráter. Dizem, todavia, que a grande mágica desse espelho está em que, se a pessoa se examinar com bastante atenção, poderá reduzir significativamente tal faceta negativa. Atenção! Pessoas vaidosas, prepotentes ou muito orgulhosas têm a tendência de quebrar esse espelho. 

“Kein Wunder ist es, dass ich red’ in meinem Sinn, 
Und jene, selbst sich selbst gefallend, steh’n im Wahn, 
Sic wàren lobenswert: so scheint dem Hund der Hund 
Das schönste Wesen, so dern Ochsen auch der Ochs, 
Dem Esel auch der Esel und dem Schwein das Schwein.” 

(Não espanta que eu fale em meu próprio sentido, 
E que aqueles que agradam a si mesmos estejam na ilusão 
De serem dignos de louvor; assim, a mais bela criatura que existe é: 
Para o cão, o cão; para o boi, o boi; 
Para o asno, o asno e, para o porco, o porco.) 

Bem, ai está. Parabéns, de novo. 
Toda a felicidade do mundo para você. 
Saudades.


ANISTIA NÃO SE LIMITA AO ATO PENAL 

Célio Borja
Ex-Ministro do Supremo Tribunal Federal e ex--Ministro da Justiça,
O Estado de São Paulo - 28/07/2012

A Constituição diz expressamente que o Estado responde pelos atos de seus agentes. Ela também assegura ao Estado o direito de cobrar do agente aquilo que gastou em decorrência do malfeito dele. São dispositivos constitucionais. É preciso levar em conta, no entanto, o alcance da Lei da Anistia. Ela apaga a pretensão punitiva do Estado. Qualquer ação contra agentes que ofenderam as leis penais não pode mais prosseguir.

Mas não é só. A lei também cobre todas as consequências desses atos. Não se limita ao ato penalmente punível. No caso de guerrilheiros que mataram seus companheiros, de agentes policiais ou militares que cometeram ilícitos, a lei assegura que eles não respondem mais por esses atos, sejam eles de natureza penal ou cível. Se abrangesse apenas atos criminais não apagaria inteiramente o que deseja apagar.

Anistia é o perpétuo esquecimento de fatos que seriam relevantes juridicamente, tanto para efeitos penais quanto em outras áreas, cível e administrativa. 

No caso do coronel Ustra, se porventura continuasse responsável, poderia sofrer efeitos administrativos. Poderia ser exonerado dos cargos que tem, poderia ter que comparecer perante conselhos militares para dar explicações. Mas nada disso pode ser feito em decorrência da anistia.


MORAL DA ESTÓRIA


No galinheiro, o galo resolve fumar um baseado e compartilhar com o pintinho:
— Você já fumou maconha?
— Não, nunca fumei.
— Então vou preparar um pequeno pra você.
O galo fez um cigarrinho de maconha e o pintinho fumou.
— E aí, sentiu alguma coisa?
— Não sinto nada...
— Não é possível ! Vou fazer um maior.
E fez um cigarro maior e o pintinho fumou.
— E então, sentiu alguma coisa?
— Não sinto nada...
— Não acredito, vou fazer um gigante.
E ele fez um cigarro gigante, e o pintinho fumou...
— E agora, sentiu alguma coisa ?
— Não sinto nada.... Não sinto meu bico, não sinto minhas asas, não sinto meus pés, não sinto nada!

Moral da estória:


A maconha tira a sensibilidade do pinto !


: ^ ))

        Em uma pequena cidade dos Estados Unidos, uma velhinha caminhava pela calçada arrastando dois sacos de lixo. Um estava rasgado e, de vez em quando, caía uma nota de 20 dólares pelo buraco.
   

Um policial parou-a e disse:
   
- Senhora, tem notas de 20 caindo desse saco plástico.
   
- É mesmo? Que droga! É melhor eu voltar e ver se pego as que caíram. Obrigada por me avisar.
   
- Peraí, senhora! Onde a senhora conseguiu todo esse dinheiro? Não andou roubando, não é?
   
- Não, seu guarda. Meu quintal dá para um campo de golfe e um monte de golfistas vinha sempre urinar num buraco da minha cerca, direto no canteiro de flores. Isso me incomodava, matava minhas flores... Então eu pensei: "por que não aproveitar da situação?". Agora, fico bem quieta, atrás da cerca, com a tesoura de jardim. Toda vez que um enfia o “instrumento” na cerca, eu agarro o instrumento e digo: "OK, amigão: ou me paga 20 dólares, ou eu corto essa coisa".
   
- Parece justo - diz o policial, rindo da história. OK, boa sorte! Mas... a propósito, o que a senhora tem no outro saco?
   
- Bem, você sabe... Nem todos pagam...


  





CONCEITO DO BRASIL NO HAITI

·     Andrea Cunha N. Gonzaga

Estou passando férias no Haiti  e ontem estive em uma reunião com companheiros de trabalho do Scott, meu noivo americano. Americanos, canadenses, haitianos, todos falando uma grande mistura de inglês, francês, creole... A comida era excelente... As companhias muito agradáveis, todos tentando falar algo em português e dizendo que o Brasil e os brasileiros são lindos. 

Mas nada me impressionou mais do que um americano. Ele veio até nós dois. Se apresentou e começou a conversar com Scott. Eu entendia algumas coisas, mas quando mencionou o nome do meu país... Ahhh, aí liguei minhas antenas. Sabem o que ele dizia? Que o trabalho dos brasileiros é "outstand! amazing!! wonderful!!" Ou seja, o trabalho dos brasileiros, DO EXÉRCITO BRASILEIRO na MINUSTAH - United Nations Stabilization Mission in Haiti, Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti - se destaca! É surpreendente! Maravilhoso!

Ele era um membro da ONU. Então Scott resolveu me apresentar... "She is brazilian!!" E ele me cumprimentou pelo trabalho da minha Nação no Haiti ! Preciso dizer mais? Nada causou maior patriotismo em meu coração e lágrimas tão rápidas em nos olhos !


Essa foto era para ter sido tirada bem em frente ao muro da MINUSTAH, , mas, por questão de segurança, foi tirada dentro do condomínio residencial da Embaixada,  onde estamos. 


Te amo BRASIL! Não importa a corrupção de quem não te merece, mas sim o trabalho daqueles que fazem por merecer e honrar o uniforme que vestem !


A RESILIÊNCIA DE DILMA
   
FERNANDO RODRIGUES -- FOLHA DE SP - 15/12

BRASÍLIA - A economia do Brasil cresceu menos do que se esperava nos últimos dois  anos. O PIBinho é uma realidade. Obras importantes do governo não andam. Integrantes do partido político hegemônico há dez anos no Palácio do Planalto protagonizaram vários escândalos recentes. Áreas como segurança pública, saúde e  educação não são bem avaliadas pelos eleitores. 

Ainda assim, a alta popularidade de Dilma Rousseff não saiu do lugar nos últimos meses.

Ela continua sendo a presidente mais bem avaliada pós-ditadura militar (1964-1985) quando se consideram todos os antecessores eleitos pelo voto direto nesta mesma fase do mandato.

Segundo pesquisa do Datafolha realizada anteontem em todo o Brasil, o governo Dilma é considerado bom ou ótimo por 62% dos entrevistados. O percentual é idêntico ao apurado em agosto.

Com dois anos na cadeira de presidente, Fernando Collor era aprovado só por 15% dos brasileiros. Itamar Franco teve 32%. No seu primeiro mandato, Fernando Henrique Cardoso chegou a 47% após 24 meses no poder. Luiz Inácio Lula da Silva bateu em 45%.

Consolida-se, no Brasil, uma situação desoladora para os partidos de oposição. Os eleitores parecem ter críticas em relação ao que faz o governo, acham que as coisas não vão tão bem, mas seguem muito generosos quando se trata de avaliar a presidente da República.

Essa blindagem da petista pode acontecer por vários motivos. Seu marqueteiro, João Santana, descreve o fenômeno dizendo que "grandes camadas da população têm um respeito, uma admiração e um carinho tão sutil por Dilma que chega até a ser de uma forma majestática".

Na avaliação de Santana, a petista já estaria ocupando a "cadeira da rainha" no imaginário do brasileiro. Se esse cenário se consolida, torna-se mais complexo e distante o sonho de vitória da oposição em 2014.


ZÉ DIRCEU, O ÍMPIO




Papai Noel chega ao país de dois presidentes
QUI, 13 DE DEZEMBRO DE 2012 09:56
por Anna Ramalho
anna-ramalho-jornalista

Escrevo no mítico dia 12/12/2012 e, confesso, procuro inspiração. Não é fácil ficar diante da tela branca, correndo contra o deadline que me impus – disciplina é tudo e faz tempo que sei disso. Penso em Papai Noel, no peru de Natal e nas inevitáveis rabanadas, mas não dá pra fingir que não li e não ouvi sobre o último escândalo da turma da estrela vermelha.
Invadindo a minha vida e a de todos os brasileiros ( todos praticamente eleitores do PT, como sabemos) mais um cabeludo escândalo – desta vez sujando de lama o ex –presidente Lula da Silva. Ex, não. Presidente. Presidente conjunto, digamos assim. 
Não existe conta-conjunta? Mandato conjunto é da hora, podem crer. Então, os mandatários-conjuntos encontraram-se no chiquererésimo Hôtel Bristol, em Paris, a poucos passos do Palácio do Eliseu. É um luxo de cinco estrelas , já me hospedei lá em tempos idos e vividos. Suites de 200 metros quadrados. Dona Dilma estaria se refestelando e até descansando um pouquinho, se o peralvilho do Lula tivesse deixado. 
Qual!!! O antecessor anda dando trabalho. Vai ver é o astral que está infernizando a sagitariana Dilma, que festeja aniversário neste dia 14. E bota inferno astral nisso!!!! Escrevi festeja e já me arrependi: não tem como fazer festa com o clima - misto de suspense e indignação - que se instalou no lado de baixo do Equador. Dona Dilma que não se apresse em voltar – em casa a barra vai ficar muito mais pesada.
Gilberto Carvalho afirma que Valério nunca esteve no gabinete de Lula; Lula diz que nunca ouviu falar de mensalão; Rosemary nega ter pedido dinheiro para a prestação da casa; Zé Dirceu nega que tenha favorecido quem quer que seja quando chefe da Casa Civil; todos negam tudo a todo momento. 
Negar talvez seja o verbo mais usado no noticiário político. Já estamos habituados ao desrespeito. Está mais do que na hora de todos nós negarmos a eles o direito de continuarem nos querendo fazer de palhaços. Que se apure tudo às últimas consequências é o que os brasileiros merecem.
É o que eu, aproveitando o espírito natalino, vou pedir ao Papai Noel. Seria um presentão se o Bom Velhinho enfiasse toda essa gentalha no saco e sumisse com a quadrilha em seu trenó mágico. Jingle bells!!!!
Mas, como isso infelizmente não vai acontecer, só nos resta torcer para que o espírito tolerante que se instala urbi et orbi nessa época festiva não atrapalhe as rigorosas apurarações que tem de ser feitas para a tal faxina ética da qual a presidenta-conjunta tanto se orgulha. Chegou a hora de ela mostrar para os seus governados quem verdadeiramente manda no país. 
Tira o Lula da conta-conjunta, Dona Dilma!



DEFINIÇÃO DE AVÔ
Redação de uma menina de 8 anos, publicada no Jornal do Cartaxo, em Florianópolis.


Um avô é um homem que não tem filhos, por isso gosta dos filhos dos outros.  

Os avôs não têm nada para fazer, a não ser estarem ali.

Quando nos levam a passear, andam devagar e não pisam nas flores bonitas e nem nas lagartas.  Nunca dizem: Some daqui! Vai dormir! Agora não! Vai pro quarto pensar!  

Normalmente são gordos, mas mesmo assim conseguem abotoar os nossos sapatos.  Sabem sempre que a gente quer.  Só eles sabem como ninguém a comida que a gente quer comer.  

Os avôs usam óculos e, às vezes, até conseguem tirar os dentes.  Os Avôs não precisam ir ao cabeleireiro, pois são carecas ou estão sempre com os cabelos arrumadinhos.  Quando nos contam histórias nunca pulam partes e não se importam de contar a mesma história várias vezes.  

Os Avô são as únicas pessoas grandes que sempre têm tempo para nós.  Não são tão fracos como dizem, apesar de morrerem mais vezes do que nós.  

Todas as pessoas devem fazer o possível para ter um Avô, ainda mais se não tiverem televisão.



HOMEM REAGE A ASSALTO E ATROPELA LADRÕES





EMPRESAS CANCELAM PALESTRAS COM LULA



Além da pressão psicológica que pode fazer mal a um tratamento pós-câncer, o palestrante transnacional Luiz Inácio Lula da Silva já começa a sentir os prejuízos das recentes denúncias de corrupção em torno de seu santo nome. Seis grandes empresas cancelaram palestras que fariam com o líder máximo do Instituto Lula. Três eventos foram adiados no Brasil. Dois cancelados em Portugal e outro não mais acontecerá em Moçambique. 

O Rosegate exala cada vez mais cheiro de esgoto para o lado do mito Lula da Silva. A petralhada mensaleira se borra de vez com a certeira ameaça de que Marcos Valério, Carlinhos Cachoeira e Paulo Vieira vão apontar quem era o verdadeiro chefe que comandava os inúmeros esquemas de corrupção. A temporada de delação premiada tende a evoluir para uma deletação dos principais integrantes do Governo do Crime Organizado. O cagaço é geral na grande fossa em torno do Palácio do Planalto.

O medo de sempre é o crime politicamente insepulto de Celso Daniel – prefeito petista de Santo André sequestrado, torturado e assassinado em janeiro de 2002. Agora, o promotor de Justiça paulista Roberto Wider Filho intimará Marcos Valério Fernandes de Souza a confirmar a informação de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi extorquido em R$ 6 milhões pelo empreiteiro de lixo Ronan Maria Pinto. O MP quer saber se o milionário “pedágio” para parar de ameaçar Lula, José Dirceu e Gilberto Carvalho sobre o hediondo crime contra Daniel foi usado por Ronan na compra do jornal "Diário do Grande ABC", em 2003.

O novo medinho vem do baiano Paulo Vieira. O diretor exonerado da Agência Nacional de Águas mandou avisar que não sairá da Operação Porto Seguro como o chefe da quadrilha. Vieira ameaça denunciar “gente graúda” – bem acima dele. O fato concreto e explosivo é que Vieira era parceiro de Rosemary Nóvoa Noronha – apadrinhada de Lula da Silva na chefia de gabinete da Presidência da República em São Paulo. Vieira negocia uma delação premiada que pode tornar ainda mais deficitária a conta moral da petralhada – uma espécie de rato de esgoto que, se não for extinta, deve ser banida da vida pública diretamente para a privada.

Pavor maior ainda é se Carlinhos Cachoeira realmente desaguar tudo que sabe. Outro que negocia uma delação premiada, o goiano Carlos Augusto Ramos representa uma ameaça ainda mais perigosa para a cúpula petralha. Com seus vídeos, gravações e documentos comprometedores, armazenados em núvem e com familiares de confiança, Cachoeira tem tudo para criar problemas para a Presidência da República (na gestão passada e na atual) e para muitos governadores e prefeitos. Basta que Cachoeira revele o mar de bosta em torno da empreiteira Delta (líder do PACo e das mais superfaturadas obras do País).

A revelação dos bastidores de negociatas dos mais variados escândalos (Celso Daniel, Mensalão, Rosegate e Delta-Cachoeira) pode derrubar muitos “condomínios” da República Sindicalista do Crime Organizado. A alta cúpula do Poder Judiciário, incluindo Ministério Público, Polícia Federal e organismos de inteligência do Brasil e do exterior, nunca na história deste Pais teve tanto apoio para promover delações premiadas que redundem em deletações de políticos corruptos.

A governança do Crime Organizado, marcada pela parceria criminosa entre os podres poderes estatais e bandidos de toda espécie, inviabiliza o desenvolvimento de negócios transnacionais no Brasil. O atual combate ao crime não ocorre por puritanismo moralista, na romântica luta do bem contra o mal. Delações deletarão bandidos do poder porque, simplesmente, a Oligarquia Financeira Transnacional – que sempre investiu em nossos corruptos para explorar o Brasil – agora não aguenta mais pagar tanta taxa criminosa de pedágio para um bando de ladrões fora de controle.

O momento é de salve-se quem puder. Por isso, Presidenta Dilma Rousseff propagandeia na mídia internacional o seu discurso anti-corrupção. As recentes palavras de Dilma ao jornal francês Le Monde sinalizam que, se o tempo fechar institucionalmente por aqui, ela deseja ser poupada e viabilizada como a “faxineira” que apertará o botão da descarga: “Não tolero corrupção. Se há suspeitas fundadas, a pessoa deve partir”.

Semânticamente, numa análise neurolinguística precipitada, o inconsciente coletivista de Dilma poderia estar se referindo ao seu antecessor. Afinal, Lula da Silva exercia uma evidente presidência parelela usando dois elementos de extrema confiança: Rose no gabinete presidencial paulista e Gilberto Carvalho na secretaria geral de Dilma. Como Lula ainda não partiu, agora pode sair partido. O problema da Dilma é ser obrigada a lhe prestar constante fidelidade, com declarações públicas de apoio e exaltação de uma honestidade que fica cada vez mais difícil de comprovar na prática.

O perigo de bagunça institucional se agrava com o conflito entre o desgastado Poder Legislativo e o Poder Judiciário – cuja cúpula surfa na ilusória onda de “salvadores da Pátria”. Com o Poder Executivo afundado no mar de esgoto, o Judiciário tenta se credenciar como o “Poder Moderador” (historicamente exercido pelos militares, depois que derrubaram o Império e proclamaram a República que nunca serviu aos interesses brasileiros).

Tal plano, financiado ocultamente pelos grandes investidores transnacionais, vai ter um final feliz para o Brasil e para os brasileiros?

Eis a grande pergunta que fica sem resposta até que a Profecia Maia sobre o Brasil se concretize, algum dia, quem sabe...


O perigo é ele responder...

O chefão Lula recebeu ontem o 24º Prêmio Internacional Catalunha das mãos do presidente da comunidade autônoma, Artur Mas, “por sua luta implacável contra a pobreza e pela transformação de um país do Terceiro Mundo em uma sociedade mais justa e em uma potência emergente”.

Antes da premiação, indagado se Marcos Valério estava mentindo por apontá-lo como beneficiário da grana suja do Mensalão, o sempre irônico e debochado Lula respondeu de forma mais grossa do que curta a um repórter:

“Pergunte para ele”.


14 de dez. de 2012

QUAL ROUPA O BONEQUINHO DEVE USAR NO RÉVEILLON DE 2012 ?


Official: 27 dead in Sandy Hook school shooting


An official with knowledge of a shooting at a Connecticut elementary school says 27 people are dead, including 20 children. The official spoke on condition of anonymity because the investigation is still ongoing.

Washington Post
Fri Dec 14 2012


Clique na imagem acima para assistir ao vídeo no site do Washington Post.


FOI HOJE !
27 mortos, inclusive 20 crianças !



: ^ ))




AS FORÇAS ARMADAS BRASILEIRAS
CONTINUAM LIDERANDO NA CONFIANÇA DA POPULAÇÃO 

Agência Brasil | 14/12/2012 10:51:18
(Colaboração do Gdown)




O relatório sobre a confiança da população na Justiça, elaborado pela Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV), mostrou que 63% dos brasileiros estão pouco ou muito insatisfeitos com a atuação da polícia. O percentual de insatisfação foi maior entre os mais pobres, 65%, e ficou em 62% entre os mais ricos. 

A pesquisa também traz o Índice de Confiança na Justiça que, no segundo e terceiro trimestres deste ano, registrou 5,5 pontos, considerando uma escala de 0 a 10. O índice é obtido com base em casos concretos, como quando o cidadão recorre ao Judiciário para resolver conflitos. O indicador leva em conta a opinião da população em relação à celeridade, honestidade, neutralidade e custos de acesso à Justiça. 

Segundo a pesquisa, o Judiciário é considerado moroso para 90% dos entrevistados, por solucionar os processos de forma lenta ou muito lenta. Além disso, 82% das pessoas consideram alto ou muito alto os custos de acesso ao Judiciário e 68% acreditam ser difícil ou muito difícil usar o sistema. Outro dado revela que 64% dos pesquisados avaliam o Judiciário como nada ou pouco honesto, e 61% nada ou pouco independente. 

No ranking das instituições mais confiáveis, as Forças Armadas lideram com 75% das opiniões, seguida pela Igreja Católica (56%), Ministério Público (53%), grandes empresas (46%), imprensa escrita (46%), governo federal (41%), polícia (39%), Poder Judiciário (39%), emissoras de TV (35%), vizinhos (30%), Congresso Nacional (19%) e partidos políticos (7%). 

Foi avaliada também a confiança em relação a determinados grupos do convívio social. A família ficou em primeiro lugar, obtendo a confiança de 89%, seguida por colegas de trabalho (34%), vizinhos (30%) e, em último lugar, pessoas em geral (21%). 

A pesquisa ouviu 3.300 pessoas no Distrito Federal e em sete estados (Amazonas, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul), no segundo e terceiro trimestres do ano.

Comentário do Gdown
Pois é... Apesar de tudo... 
"Elis bati, bati, bati... E nóis?
Nóis taí, na fita... Segurando as pontas, né?"
Ainda bem que a população "fecha cum nóis"
É a tal da ultima ratio regis... 

Ou, ainda, quem tem.... tem receio, né?


Tenho revisto os posts dos últimos três anos, com o propósito de repetir aqueles que mantém sua oportunidade. Brindo, pois, os leitores com mais este, de 23 Out 2011.
Magal


Carta para Tito
(Futebol também é cultura)



Onde o povo prefere pousar seu clunis ?
- numa privada;
- num banco de escola; ou 
- num estádio?

Hoje, para júbilo e gáudio dos amantes das letras clássicas, publica-se uma carta do imperador Vespasiano a seu filho Tito:

22 de junho de 79 d.C.
Tito, meu filho, estou morrendo.  
Logo eu serei pó e tu, imperador.  Espero que os deuses te ajudem nesta árdua tarefa, afastando as tempestades e os inimigos, acalmando os vulcões e os jornalistas.  De minha parte, só o que posso fazer é dar-te um conselho: não pare a construção do Colosseum.  Em menos de um ano ele ficará pronto, dando-te muitas alegrias e infinita memória. 
Alguns senadores o criticam, dizendo que deveríamos investir em esgotos e escolas.  Não dê ouvidos a esses poucos.  Pensa: onde o povo prefere pousar seu clunis: numa privada, num banco de escola ou num estádio?  Num estádio, é claro.
Será uma imensa propaganda para ti.  Ele ficará no coração de Roma per omnia saecula saeculorum, e sempre que o olharem dirão: “Estás vendo este colosso?  Foi Vespasiano quem o começou e Tito quem o inaugurou”.
Outra vantagem do Colosseum: ao erguê-lo, teremos repassado dinheiro público aos nossos amigos construtores, que tanto nos ajudam nos momentos de precisão.
Moralistas e loucos dirão que mais certo seria reformar as velhas arenas.  Mas todos sabem que é melhor usar roupas novas que remendadas.  Vel caeco appareat (Até um cego vê isso).
Portanto deves construir esse estádio em Roma, assim como a gente de Brasília construirá monumentais estádios em Natal, Cuiabá e Manaus, mesmo que nem haja ludopedio por esses lugares.  Só para você ter uma ideia, o campeonato de Mato Grosso teve média inferior a mil pessoas por partida, e a Arena Pantanal, em Cuiabá, terá capacidade para 43.600 espectadores.  Em Recife haverá um novo estádio, mas todos os grandes clubes já têm o seu.  Pior será a arena de Manaus: terá 47 mil lugares e, no campeonato estadual, juntando os 80 jogos, o público total foi de 37.971.  As gentes da Terra Papagalli não ligaram nem mesmo para o exemplo dos sul-africanos, que construíram cinco novos estádios e quatro são deficitários. 
Enfim, meu filho, desejo-te sorte e deixo-te uma frase: Ad captandum vulgus, panem et circenses(Para seduzir o povo, pão e circo).  Esperarei por ti ao lado de Júpiter.

PS: Vespasiano morreu no dia seguinte à carta.  Tito não inaugurou o Coliseu com um jogo de Copa, mas com cem dias de festa.  Tanto o pai quanto o filho foram deificados pelo senado romano.