5 de mai. de 2012

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Vitor Vieira

Fux foi nomeado para o STF para votar contra o Mensalão, segundo gravação de Demóstenes com Cachoeira.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

O senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) disse ao empresário Carlinhos Cachoeira que o governo federal condicionou a nomeação de um ministro do Supremo Tribunal Federal à absolvição de réus no processo do mensalão. A conversa foi gravada com autorização judicial pela Polícia Federal, na operação que prendeu Cachoeira em fevereiro. 

Demóstenes disse a Cachoeira que "um amigo" que havia recusado a vaga no Supremo dissera a ele que as condições do Planalto para aceitá-la eram votar contra a aplicação da Lei da Ficha Limpa na eleição de 2010 e absolver os denunciados pela Procuradoria da acusação de participar do mensalão. 

A Ficha Limpa determina a inelegibilidade de político condenado criminalmente em segunda instância, cassados ou que tenha renunciado para evitar a cassação. Candidatos recorreram ao Supremo contra a aplicação da lei já em 2010. "O Fux votou a favor da ficha limpa? Vai valer já a partir de 2012?", perguntou Cachoeira a Demóstenes. O senador então respondeu: "Exatamente. Já estava cantada a pedra. Eu te contei, o amigo meu recusou lá e as condições eram aquelas. Vai votar assim e vai votar pela absolvição da turma do mensalão". 

A conversa entre Demóstenes e Cachoeira ocorreu em 23 de março de 2011. Naquela tarde, o ministro Fux, nomeado por Dilma Rousseff dois meses antes, havia votado contra a aplicação da Ficha Limpa nas eleições de 2010. O voto de Fux foi decisivo porque duas análises anteriores de recursos contra a lei haviam terminado empatadas. Na ocasião seguinte, o Supremo anulou por 6 votos a 5 os efeitos da lei nas eleições de 2010, para que ela começasse a valer a partir de 2012. Fux negou que tenha recebido qualquer tipo de condição para assumir a vaga, que ficou indefinida por seis meses, desde a aposentadoria de Eros Grau, em agosto de 2010, ainda no governo Lula.
O MINISTRO LUIZ FUX É O DA DIREITA


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DE MÉDICOS (novas e velhas)

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- Doutor, quando eu era solteira tive que abortar seis vezes. Agora, que casei, não consigo engravidar.
- Seu caso é muito comum: você não reproduz em cativeiro.
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Após a cirurgia:
- Doutor, entendo que vocês médicos se vistam de branco. Mas por que essa luz tão forte?
- Meu filho, eu sou São Pedro.
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No psiquiatra:
- Doutor, tenho complexo de feia.
- Que complexo que nada.
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- Doutor, o que eu tenho?
- Ainda não sei, mas vamos descobrir na autopsia.
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- Meu médico é um incompetente. Tratou do fígado de minha esposa por vinte anos e ela morreu do coração.
- O meu é muito melhor. Se trata você do fígado, você morre do fígado..
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Um psicanalista a outro:
- Venho ao colega para me aconselhar em um caso impossível.
- De que se trata, colega?
- Estou atendendo um argentino com complexo de inferioridade!
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O psiquiatra incentiva o paciente:
- Pode me contar desde o princípio...
- Pois bem, doutor! No princípio eu criei o céu e a terra...
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O paciente chega ao Psiquiatra tímido, cabisbaixo:
- Doutor, eu tenho dupla personalidade.
- Esquenta não, meu filho. Senta aí e vamos conversar nós quatro...
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- Doutor, estou com dor aqui do lado direito da barriga e meus olhos ficaram amarelados!
- Muito bem. O sr. bebe?
- Obrigado, eu aceito uma dosezinha!
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Se o paciente chega no consultório de um neurologista babando e fazendo sons esquisitos, ele pensa:
- Huum... vamos ver o que eu faço com esse sujeito.
Já quando chega um paciente babando e fazendo sons esquisitos no consultório do neurocirurgião, ele exclama:
- Ai, meu Deus! O que foi que eu fiz?
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No consultório psiquiátrico:
- Doutor, vou lhe contar um segredo: eu sou um galo!
- E desde quando o senhor acha que é um galo?
- Ah, desde que eu era um pintinho.
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Sabe qual a diferença entre um clínico, um cirurgião-geral, um psiquiatra e um patologista ?
O clínico sabe tudo e não resolve nada;
o cirurgião não sabe nada, mas resolve tudo;
o psiquiatra não sabe nada e não resolve nada; e
o patologista sabe tudo, resolve tudo, mas sempre chega atrasado.
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MAIS UMA ARMAÇÃO DA COMUNALHA

www.averdadesufocada.com 

Ao que parece o lançamento desse livro, com o arrependimento de um cidadão que jamais foi citado como torturador por qualquer ex-militante da luta armada, nada mais é do que um projeto para desviar o foco dos escândalos que assolam o país no momento e, uma preparação para um clima favorável à retaliação que está sendo preparada para a encenação que será a Comissão da Verdade. 

Sobre esse silêncio com relação a sua atuação na repressão à luta armada, se é verdade o que os jornais dizem - ainda não lemos o livro - só tem uma explicação, que até foi bem bolada : parece que ele só lidou com mortos, levando-os para incineração e, como mortos não falam, ele não poderia ser reconhecido por cadáveres. Em compensação, a sua ficha criminal é bastante extensa. Pelo que os jornais - O Globo, Estadão , Folha de São Paulo e Folha de Vitória -, publicaram, além das incinerações de cadáveres que ele diz ter cometido e estar arrependido, cometeu outros crimes comuns, tais como assassinatos e fraudes processuais alguns ainda sem punição.
É inacreditável que um ex-delegado do DOPS do Espírito Santo, com uma ficha corrida com crimes tão absurdos revelados por ele, que fez tantas coisas abomináveis, segundo ele próprio, tenha se mantido por mais de 30 anos no anonimato e jamais tenha sido identificado pelo Grupo Tortura Nunca Nunca Mais e outras ONGs dedicadas aos Direitos Humanos!!! Como ele passou sem deixar vestígios de seus atos nos depoimentos na Justiça Militar ? Como nenhum jornalista não chegou a uma mínima pista de sua vida de atitudes inconcebíveis até para filmes de terror? Será que não temos jornalistas investigativos ? 

As acusações que faz no livro não se sustentam, minimamente. Não fala em datas, todos os citados estão mortos, com exceção de três - provavelmente os que são os alvos a serem atingidos.

Por exemplo, quem trabalhava na Comunidade de Informações, ao ser tranferido para outras funções afastava-se, definitivamente, das Informações e das Operações de Informações. Não tomava parte em qualquer ato no ramo das Informações. Isto se devia à extrema compartimentação que havia dentro do Serviço de Informações. O Cel Ustra foi afastado da Comunidade de Informações, em 14/11/1977, quando assumiu o comando do 16º Grupo de Artilharia de Campanha, em São Leoplodo/RS, não retornando mais a esta Comunidade até o final da sua carreira na ativa.

Assim, como o Cel Ustra teria "poder" para influenciar sobre a morte de Fleury - em 1979 -, se há 5 anos já não morava em São Paulo, não pertencia à Comunidade de Informações e residia em São Leolpoldo? 

É facil averiguar o caso Fleury. Verifiquem que dos dados citados por ele no pretenso almoço onde foi tramada a execução de Fleury, três já morreram e os que , além dele, estão vivos não compareceram a este almoço. 

Mais fácil ainda, procurem a família do delegado Fleury - a viúva, o filho, a filha, o genro médico, o marinheiro que o tirou da água e o casal que o acompanhou no jantar -, e verifiquem o que aconteceu naquela fatídica noite. Está mais do que provado que o delegado Fleury morreu por choque térmico, ao cair, acidentalmente, nas águas frias de Ilha Bela, mais ou menos a uma hora da madrugada, quando passava de um barco para outro, na companhia de sua mulher, de um casal amigo e de seu próprio filho.

E, como o Cel Ustra poderia ter comandado o atentado ao Rio-Centro, no Rio de Janeiro, em 30 de abril de 1981, se residia em Brasília, estava em uma função burocrática no Estado Maior do Exército, no Quartel General do Exército e, portanto, fora da Comunidade de Informações?

É só raciocinar um pouquinho. 

Quanto ao caso do jornalista Alexandre von Baumgarten, morto em outubro/1982, este já foi mais do que visto e revisto. Quem não se lembra do "Polila", querendo incriminar o General Newton Cruz, de qualquer maneira? O Cel Ustra nunca conversou com o general Newton Cruz, nunca foi seu subordinado, seu nome nunca foi citado em qualquer notícia publicada na época, no inquérito policial ou na Justiça quando o caso foi julgado e naquela ocasião não mais pertencia à Comunidade de Informações. E, o General Newton Cruz foi inocentado. 

Sem ler o livro e sem uma pesquisa mais profunda, é um caso tão estranho, com todos os citados mortos e um arrependimento tão tardio para um pastor, que nos leva a elocubrar coisas como:

1- O ex-delegado terá recebido uma grana muito boa para aliviar o final dos seus dias e pagar aos advogados que devem estar tratando de salvá-lo dos 18 anos de prisão pela acusação do assassinato da mulher com 19 tiros e da cunhada com 11 , encontradas jogadas em um lixão? 

2- Ou terão lhe oferecido o beneficio de uma "delação premiada" - ainda que falsa - em troca do alívio da pena desses últimos assassinatos, que não são abrangidos pela Lei da Anistia?
Será que os escritores do livro-depoimento, pesquisaram a veracidade e as provas dessas tenebrosas histórias?
É inacreditável que um deles, o jornalista Marcelo Netto, que esteve preso quando se preparava, juntamente com sua primeira esposa, para reforçarem as fileiras de guerrilheiros do PCdoB no Araguaia , não tenha sabido do caráter e da atuação deste ex-delegado e que não tenha se preocupado em procurar provas para apresentá-las no livro e torná-lo crível.. 

Creio que, com a influência que o jornalista acima teve, e talvez ainda tenha, nos corredores do poder, assessor que foi do Ministro Antônio Pallocci, durante o caso Mensalão, no governo Lula, e durante a crise do caseiro Francenildo - que acabou derrubando o poderoso Ministro da Fazenda, não teria sido dificil para ele, averiguar, profundamente, a vida do ex-delegado Cláudio Guerra e conhecer seu passado nebuloso.

Quanto ao outro jornalista, Rogério Medeiros, nem precisava de muito esforço - conhecia muitos os crimes do "arrependido"

Há mais de três décadas, o jornalista Rogério Medeiros, então repórter do Jornal do Brasil, desvelou em uma reportagem a verdade sobre o ex-delegado Cláudio Guerra. Medeiros esclareceu que Guerra não era combatente da criminalidade no Espírito Santo, mas sim o autor de pelo menos 35 execuções sequenciadas de queima de arquivo. “A reportagem causou um efeito devastador à imagem de Guerra. Ele passou da condição de defensor da sociedade capixaba a chefe do crime organizado”, afirma Medeiros.( SéculoDiario .com) 

A reportagem ajudou a pôr o temido delegado atrás das grades. 

O "nhenhenhém" vai continuar até o livro chegar às livrarias e poder ser estudado nas entrelinhas com profundidade. Por enquanto, não passa de sensacionalismo de alguns jornais, e de elocubrações de muita gente, inclusive nossa, que não entendemos porque entra nesse fictício almoço o cel Juarez , que jamais foi de um DOI, ou de um Dops.

Para conhecerem melhor a história de vida do ex-delegado e atual "arrependido" pastor Cláudio Guerra, leiam abaixo sua ficha criminal, publicada em vários jornais:

"Acusado de atentado e homicídios
Bruno Dalvi - O Globo - 03/05/2012

VITÓRIA. Ex-delegado do Dops e da Polícia Civil do Espírito Santo, Cláudio Guerra, de 71 anos, é acusado de tortura, homicídios, formação de quadrilha, tráfico de drogas, roubo de armas, de chefiar grupos de extermínio, e de estar envolvido em desvio de dízimo de uma igreja evangélica. Guerra tem pelo menos duas condenações por assassinato. Ao cumprir pena num presídio capixaba, ele disse ter "encontrado Jesus" e se tornou pastor da igreja Assembleia de Deus.

O ex-delegado foi condenado a 42 anos de prisão, em regime fechado, por um atentado a bomba, ocorrido em agosto de 1982, no centro de Vitória. Guerra ficou preso 10 anos e conseguiu a liberdade. O atentado mutilou o bicheiro Jonathas Bulamarques e feriu as irmãs Denise Gava e Déia Gava. Guerra também responde a processo pelos assassinatos da própria mulher, Rosa Maria Cleto, e da cunhada, Glória Maria Cleto, em 1980.
Os corpos foram achados num lixão, em Cariacica, na Grande Vitória. Rosa levou 19 tiros e Glória, 11. Foi condenado a 18 anos, mas o caso aguarda decisão final do Tribunal de Justiça do Espírito Santo."

A respeito do crematório em uma Usina, no norte do Estado do Rio, é inconcebível. Imaginem um sujeito matar uma pessoa em São Paulo, ou como diz ,em uma "casa da morte", que os jornais afirmam ter existido em Petrópolis, carregar o corpo por via rodovária, passando por barreiras policiais, podendo acontecer um acidente e o corpo aparecer. Além disso , segundo os jornais, o proprietário da Usina já faleceu e a filha, que o sucedeu, nega que isto tenha ocorrido.

Afinal pergunto: por que ele não levou os corpos de sua esposa e de sua cunhada para queimá-los na Usina e preferiu jogá-los num lixão?

Será que as incinerações a que ele se refere não são algumas das 35 vítimas que seu grupo de extermínio executou?

Desmentindo a versão do ex-delegado vejam o que é dito por Percival de Souza , em autópsia do Medo, livro de sua autoria, sobre a morte do Dr Fleury:

Mas o relato, segundo o jornalista Percival de Souza, comentarista da TV Record e autor da biografia de Fleury (“Autópsia do Medo”, publicado pela editora Globo em 2000), não tem “sentido algum”. “Isso é totalmente inverossímil.”

Para ele, a versão da pedrada é “ridícula”. “Não havia nada na testa, na fronte, no rosto. Nada.” Na hora do acidente, lembra o jornalista, Fleury estava com a mulher. Tinha bebido demais antes de cair da lancha, conforme o inquérito ao qual teve acesso. “Na época todo mundo ficou com esse grilo. Quando soube da morte dele, a primeira coisa que me perguntei foi: ‘quem matou?’. Mas eu vi o inquérito sobre a morte dele, que ninguém tinha visto. Falei com o delegado de polícia (responsável pelo caso), e ele explicou o porquê de não ter havido a autopsia: ninguém queria traumatizar a família. Também falei com o marinheiro que o resgatou ainda com vida. Os cães do Fleury foram ao local, e olharam tudo. Todo mundo da equipe dele investigou. Ele estava no esplendor do poder na polícia.”

No livro recém-editado, Guerra aponta o nome dos militares que teriam comandado a operação para matar Fleury, entre eles o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, do Doi-Codi – recém-denunciado por crimes cometidos na ditadura. O biógrafo de Fleury afirma que o delegado era próximo da maioria dos agentes.
“Ele (Fleury) sempre foi um fiel vassalo do sistema. Não havia razão alguma para desconfiar de nada. Era super relacionado no Exército, na Marinha, na Aeronáutica. Não tinha como considerá-lo um inimigo em potencial. Se ele revelasse algo, seria incriminado por ele mesmo”.

Souza completa: “Quando o Fleury morreu, ele era diretor do Deic e o Erasmo Dias, de quem o Fleury era um vassalo, era o secretário de Segurança. Se tivesse arsênico, pedrada, o Erasmo iria mover mundos e fundos para descobrir. Foi ele o responsável pela carreira meteórica do Fleury na policia. Estavam em sintonia”.

Prova disso, completa o jornalista, é que todas as vezes que Fleury respondia a processo por suposto uso da força, ele listava como testemunhas os próprios oficiais das Forças Armadas. “A ligação era muito grande entre ele e todo o sistema. Isso não tem sentido.”

O biógrafo diz desconfiar também da participação de um delegado do Dops do Espírito Santo na história. “O Dops do Espirito Santo não tinha expressão alguma, nada, zero, nulo. Para meu livro, entrevistei 117 pessoas que considerava fundamentais. E só agora estou ouvindo falar nesse Cláudio Guerra.”

Cautela

Procurada após a reportagem, a procuradora da República, Eugênia Fávero, uma das responsáveis pelas investigações sobre crimes da ditadura em São Paulo, afirma ter recebido com “cautela” o depoimento ao livro. Os relatos, diz, diferem das versões já levantadas pelo MPF mas, segundo ela, não são inverossímeis e devem ser levados em conta nas apurações feitas a partir de agora.

“Mas é ainda algo difícil de dizer porque não lemos ainda este relato”, afirma.






SAPO NINJA
Forte candidato a campeão do UFC

Dilma dá bronca na embaixadora da Colômbia por engano



O estilo é o homem!”, dizia o francês George Buffon lá pelos idos de 1707.  As mulheres sempre tiveram estilo, mas como não tinham poder, ficaram fora da frase. Com seu estilo personalíssimo de ser e governar, a presidenta Dilma colhe admiração e respeito mas também semeia mágoas, chegando a criar agora uma fricção diplomática.


Esta semana, a embaixadora da Colômbia no Brasil,  María Elvira Pombo Holguin, foi ao Itamaraty protestar contra o tratamento que recebeu da presidenta em Cartagena, durante a Cúpula das Américas: Dilma deu-lhe uma bronca na frente de outras pessoas, pensando tratar-se de uma funcionária do Governo brasileiro.  A embaixadora, que já viveu bastante tempo no Brasil, fala um português  quase perfeito, o que facilitou a confusão da presidenta. Antes de ser nomeada embaixadora ela ocupava o cargo de diretora-geral do Escritório Comercial do Fundo de Promoção das Exportações da Colômbia (Proexport) no Brasil e foi cônsul de seu país em São Paulo.


No último domingo, 15 de abril, Dilma informou o anfitrião, o presidente da Colômbia Juan Manuel Santos, que pretendia  antecipar seu retorno ao Brasil pois, como não haveria declaração  conjunta no final, por falta de consenso sobre a inclusão de Cuba no colegiado,  sua presença não seria fundamental.  Preferia voltar mais cedo para reduzir o estresse, chegando ao Brasil ainda no domingo, e não na madrugada de segunda-feira.   Santos  foi compreensivo e desmarcaram o encontro bilateral que teriam depois da cúpula. Ele mesmo informou a imprensa da alteração na agenda.

A seguir, Dilma pediu a seus auxiliares que preparassem o avião e tomassem outras providências para a partida. Algumas envolviam o governo colombiano, que também começou a se mobilizar para a mudança no plano operacional.   Em algum momento, a embaixadora, que como é de praxe deslocara-se para seu pais, procurou a presidenta brasileira e informou-a de que o avião estava pronto para a decolagem.  Neste momento Dilma se irritou, pois havia recebido informação contraditória de outro funcionário.

Fuzilando a embaixadora com o olhar, disse que o avião não estava pronto coisa nenhuma, e criticou a incompetência dos responsáveis pelo assunto, como se Maria Elvira fizesse parte da equipe.  Ela se retirou sem que Dilma percebesse a gafe cometida. Mas, chegando a Brasília,  na quarta-feira foi ao Itamaraty e protestou contra o tratamento recebido.  Correu no ambiente diplomático o rumor de que pretenda deixar o posto mas,  na embaixada,  a telefonista recusou-se a passar a ligação para um assessor de imprensa que pudesse falar do assunto. Disse que o pedido seria levado à própria embaixadora e que esta, se pudesse, retornaria a ligação. Não retornou, até o momento.

As broncas de Dilma em ministros e auxiliares já são conhecidas. Eles quase sempre engolem em seco. Há alguns meses, entretanto, ela enfrentou uma forte reação do governador do Ceará, Cid Gomes. Irritado com o tratamento que ela lhe dispensava, quando discutiam questões do Nordeste, levantou-se e deixou a reunião, dizendo que ela não falasse assim com um governador eleito como ela. Coube ao governador de Pernambuco e colega de partido, Eduardo Campos, colocar panos frios e trazer Cid de volta para a sala.

Este é o estilo. A mulher é o estilo.

A embaixadora Maria Elvira sendo empossada
pelo ex-presidente Uribe, em 2010.

1 de mai. de 2012

O TEMPO É PIOR QUE A KRIPTONITA - INEXORÁVEL
   
Todos já passaram dos 60 !
PIU PIU
HULK
BARBIE
 
 


GUERRILHA E TERROR

Este filme muito se aproxima da verdade histórica.
   
Clique na imagem para assistir.

Novidades da Medicina
by Lucegal

Mobilização inusitada reúne 13 mil pessoas.


Uma empresa de telefonia móvel inglesa, promoveu essa mobilização na Trafalgar Square, em Londres, reunindo mais de treze mil pessoas.

A empresa simplesmente mandou um convite pelo celular: "Esteja na Trafalgar Square tal dia, tal horário" - e nada mais foi dito.

Muitos foram achando que iam dançar, como tem acontecido em outras mobilizações desse tipo. Mas, na hora, distribuíram microfones, muitos, e fizeram um karaokê gigante !

Todo mundo que estava na praça, quem estava passando, quem nem sabia do convite, cantou. 




XXX
   
Os(as) mais pudicos(as) que me perdoem, mas essa eu não poderia deixar de postar.





Britain's Strategy
STRATFOR
May 1, 2012 | 0900 GMT

By George Friedman
Britain controlled about one-fourth of the Earth's land surface and one-fifth of the world's population in 1939. Fifty years later, its holdings outside the British Isles had become trivial, and it even faced an insurgency in Northern Ireland.
Britain spent the intervening years developing strategies to cope with what poet Rudyard Kipling called its "recessional," or the transient nature of Britain's imperial power. It has spent the last 20 years defining its place not in the world in general but between continental Europe and the United States in particular.

The Rise of Britain

Britain's rise to its once-extraordinary power represented an unintended gift from Napoleon. It had global ambitions before the Napoleonic Wars, but its defeat in North America and competition with other European navies meant Britain was by no means assured pre-eminence. In Napoleon's first phase, France eliminated navies that could have challenged the British navy. The defeat of the French fleet at Trafalgar and the ultimate French defeat at Waterloo then eliminated France as a significant naval challenger to Britain for several generations.
This gave Britain dominance in the North Atlantic, the key to global power in the 19th century that gave control over trade routes into the Indian and Pacific oceans.
This opportunity aligned with economic imperatives. Not only was Britain the dominant political and military power, it also was emerging as the leader in the Industrial Revolution then occurring in Europe. Napoleon's devastation of continental Europe, the collapse of French power and the underdevelopment of the United States gave Britain an advantage and an opportunity. 
As a manufacturer, it needed raw materials available only abroad, markets to absorb British production and trade routes supported by strategically located supply stations. The British Empire was foremost a trading bloc. Britain resisted encroachment by integrating potential adversaries into trade relationships with the empire that they viewed as beneficial. In addition, the colonies, which saw the benefits of increased trade, would reinforce the defense of the empire. 
As empires go, Britain resembled Rome rather than Nazi Germany. Though Rome imposed its will, key groups in colonial processions benefitted greatly from the relationship. Rome was thus as much an alliance as it was an empire. Nazi Germany, by contrast, had a purely exploitative relationship with subject countries as a result of war and ideology. Britain understood that its empire could be secured only through Roman-style alliances. Britain also benefitted from the Napoleonic Wars' having crippled most European powers. Britain was not under military pressure for most of the century, and was not forced into a singularly exploitative relationship with its empire to support its wars. It thus avoided Hitler's trap.

The German and U.S. Challenges

This began to change in the late 19th century with two major shifts. The first was German unification in 1871, an event that transformed the dynamics of Europe and the world. Once unified, Germany became the most dynamic economy in Europe. Britain had not had to compete for economic primacy since Waterloo, but Germany pressed Britain heavily, underselling British goods with its more efficient production. 
The second challenge came from the United States, which also was industrializing at a dramatic pace -- a process ironically underwritten by investors from Britain seeking higher returns than they could get at home. The U.S. industrial base created a navy that surpassed the British navy in size early in the 20th century. The window of opportunity that had opened with the defeat of Napoleon was closing as Germany and the United States pressed Britain, even if in an uncoordinated fashion.
The German challenge culminated in World War I, a catastrophe for Britain and for the rest of Europe. Apart from decimating a generation of men, the cost of the war undermined Britain's economic base, subtly shifting London's relationship with its empire. Moreover, British power no longer seemed inevitable, raising the question among those who had not benefitted from British imperialism as to whether the empire could be broken. Britain became more dependent on its empire, somewhat shifting the mutuality of relations. And the cost of policing the empire became prohibitive relative to the benefits. Additionally, the United States was emerging as a potential alternative partner for the components of the empire -- and the German question was not closed.
World War II, the second round of the German war, broke Britain's power. Britain lost the war not to Germany but to the United States. It might have been a benign defeat in the sense that the United States, pursuing its own interests, saved Britain from being forced into an accommodation with Germany. Nevertheless, the balance of power between the United States and Britain completely shifted during the war. Britain emerged from the war vastly weaker economically and militarily than the United States. Though it retained its empire, its ability to hold it depended on the United States. Britain no longer could hold it unilaterally. 
British strategy at the end of the war was to remain aligned with the United States and try to find a foundation for the United States to underwrite the retention of the empire. But the United States had no interest in this. It saw its primary strategic interest as blocking the Soviet Union in what became known as the Cold War. Washington saw the empire as undermining this effort, both fueling anti-Western sentiment and perpetuating an economic bloc that had ceased to be self-sustaining.

From Suez to Special Relationship

The U.S. political intervention against the British, French and Israeli attack on Egypt in 1956, which was designed to maintain British control of the Suez Canal, marked the empire's breaking point. Thereafter, the British retreated strategically and psychologically from the empire. They tried to maintain some semblance of enhanced ties with their former colonies through the Commonwealth, but essentially they withdrew to the British Isles. 
As it did during World War II, Britain recognized U.S. economic and military primacy, and it recognized it no longer could retain their empire. As an alternative, the British aligned themselves with the U.S.-dominated alliance system and the postwar financial arrangements lumped together under the Bretton Woods system. The British, however, added a dimension to this. Unable to match the United States militarily, they outstripped other American allies both in the quantity of their military resources and in their willingness to use them at the behest of the Americans.
We might call this the "lieutenant strategy." Britain could not be America's equal. However, it could in effect be America's lieutenant, wielding a military force that outstripped in number -- and technical sophistication -- the forces deployed by other European countries. The British maintained a "full-spectrum" military force, smaller than the U.S. military but more capable across the board than militaries of other U.S. allies. 
The goal was to accept a subordinate position without being simply another U.S. ally. The British used that relationship to extract special concessions and considerations other allies did not receive. They also were able to influence U.S. policy in ways others couldn't. The United States was not motivated to go along merely out of sentiment based on shared history, although that played a part. Rather, like all great powers, the United States wanted to engage in coalition warfare and near warfare along with burden sharing. Britain was prepared to play this role more effectively than other countries, thereby maintaining a global influence based on its ability to prompt the use of U.S. forces in its interest.
Much of this was covert, such as U.S. intelligence and security aid for Britain during the Troubles in Northern Ireland. Other efforts were aimed at developing economic relationships and partnerships that might have been questionable with other countries but that were logical with Britain. A good example -- though not a very important one -- was London's ability to recruit U.S. support in Britain's war against Argentina in the Falkland Islands, also known as the Malvinas. The United States had no interests at stake, but given that Britain did have an interest, the U.S. default setting was to support the British. 
There were two dangers for the British in this relationship. The first was the cost of maintaining the force relative to the benefits. In extremis, the potential benefits were great. In normal times, the case easily could be made that the cost outstripped the benefit. The second was the danger of being drawn so deeply into the U.S. orbit that Britain would lose its own freedom of action, effectively becoming, as some warned, the 51st state.
Britain modified its strategy from maintaining the balance of power on the Continent to maintaining a balance between the United States and Europe. This allowed it to follow its U.S. strategy while maintaining leverage in that relationship beyond a wholesale willingness to support U.S. policies and wars. 
Britain has developed a strategy of being enmeshed in Europe without France's enthusiasm, at the same time positioning itself as the single most important ally of the only global power. There are costs on both sides of this, but Britain has been able to retain its options while limiting its dependency on either side.
As Europe increased its unity, Britain participated in Europe, but with serious limits. It exercised its autonomy and did not join the eurozone. While the United States remains Britain's largest customer for exports if Europe is viewed as individual countries, Europe as a whole is a bigger customer. Where others in Europe, particularly the Germans and French, opposed the Iraq war, Britain participated in it. At the same time, when the French wanted to intervene in Libya and the Americans were extremely reluctant, the British joined with the French and helped draw in the Americans.

Keeping its Options Open

Britain has positioned itself superbly for a strategy of waiting, watching and retaining options regardless of what happens. If the European Union fails and the European nation-states re-emerge as primary institutions, Britain will be in a position to exploit the fragmentation of Europe to its own economic and political advantage and have the United States available to support its strategy. If the United States stumbles and Europe emerges more prominent, Britain can modulate its relationship with Europe at will and serve as the Europeans' interface with a weakened United States. If both Europe and the United States weaken, Britain is in a position to chart whatever independent course it must.
The adjustment British Prime Minister Winston Churchill made in 1943 when it became evident that the United States was going to be much more powerful than Britain remains in place. Britain's willingness to undertake military burdens created by the United States over the last 10 years allows one to see this strategy in action. Whatever the British thought of Iraq, a strategy of remaining the most reliable ally of the United States dictated participation. At the same time, the British participated deeply in the European Union while hedging their bets. Britain continues to be maintaining its balance, this time not within Europe, but, to the extent possible, between Europe and the United States.
The British strategy represents a classic case of a nation accepting reversal, retaining autonomy, and accommodating itself to its environment while manipulating it. All the while Britain waits, holding its options open, waiting to see how the game plays out and positioning itself to take maximum advantage of its shifts in the environment.
It is a dangerous course, as Britain could lose its balance. But there are no safe courses for Britain, as it learned centuries ago. Instead, the British buy time and wait for the next change in history.

30 de abr. de 2012

STF do B: diferença dos iguais

Por Ernesto Caruso


O STF do B decidiu que o sistema de cotas raciais em universidades é constitucional e pronto. Todos votaram com o relator, ministro Ricardo Lewandowski.

As razões dos ministros giraram em torno de que se deve tratar de modo diferente pessoas desiguais, justificando à luz da Constituição do Brasil, que para ser republicana e democrática tem que ser assim. 

O Art. 5º, “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,..” não é bem assim, se comparado com o Art. 3º que elenca os objetivos fundamentais da República de construir, garantir, erradicar e promover, respectivamente, uma sociedade livre, justa e solidária; o desenvolvimento nacional; a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Justificativas como a adoção de delegacias da mulher, a Lei Maria da Penha, a que impõe a participação maior da mulher na política, bem como a das cotas referentes aos deficientes físicos foram citadas para a aprovação unânime.

Ora, quando a CF impõe como uma das metas do Art. 3º, de “reduzir as desigualdades sociais e regionais” não está implícito que alguns sejam prejudicados e outros favorecidos, principalmente considerando o grau maior ou menor da mestiçagem, que por estar intrinsecamente ligada aos aspectos de etnia, raça, consubstanciado no abominável racismo, indutor de confrontos na História da humanidade, só comparável àqueles de fundo religioso.

Estímulos e incentivos são tolerados, pois difícil se torna medir tudo no fio da navalha, como por exemplo, “homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações,...” (Art. 5/CF). 

O apoio ao mais fraco ou deficiente, quando agasalha o gênero, homens, mulheres, não agride. Se a legislação estabelece cota para deficientes físicos, ninguém reage, pois a natureza humana se engrandece diante daqueles com necessidades especiais e, sem considerar o amor próprio da pessoa referida de viver como os demais, mas que sob o véu da economia toda a sociedade ganha, incorporando ao seu seio mais um cidadão. 

Outros benefícios podem ser assinalados como a tabela progressiva do imposto de renda, cobrando mais dos que ganham mais, imposto mais elevado nos produtos não essenciais, vale gás, tarifas sociais, bolsa família, juros mais baixos para menor renda familiar na aquisição da casa própria, etc. 

Cor da pele, raça, etnia não são deficiências, nem insuficiências, ter ou não dinheiro para se instruir, sim. Aí é que entra o poder do Estado para corrigir e beneficiar o grupo social economicamente desprovido. Mas, o quê esperar desse Estado deteriorado pela corrupção, corpo com infecção generalizada nos corredores do SUS, infectos, onde morrem desassistidos brasileiros de todas as origens, de todas as cores, com a pele da pobreza e do abandono. 

O processo de inclusão do pobre, naturalmente vai beneficiar a todos independente do grau de miscigenação. Pobre negro, pobre branco e pobre mestiço estão na fila da sobrevivência. Que os ladrões do erário se apiedem.

Só um dos ministros, dos que vi, Gilmar Mendes, abordou as incoerências, mas mesmo assim, acompanhou o voto “politicamente correto” do relator. Comentou sobre as falhas do tribunal da universidade que designa quem é negro e quem não o é. Citou o caso de dois irmãos, mestiços, um escuro e outro claro; o escuro foi considerado negro e foi matriculado. 

Dia desses, assistindo a um filme na TV5Monde sobre o Senegal, um berço da escravidão negra, origem de muitos dos brasileiros, cenas de beleza natural se desenrolaram, a exuberante vegetação marginal e a mansidão das águas do rio Senegal. Casas e localidades do passado, a recuperação de prédios e o tombamento como patrimônio histórico, as prisões dos escravos, como escravos locais punidos que serviam àquela sociedade, e, dos que seriam vendidos e transportados como peças nos navios negreiros. 

Encantos das tradições evocadas destacavam como traço de união a miscigenação, ao contrário do se pratica nesta terra de Santa Cruz. A beleza da miscigenação da mulher brasileira é mascarada impondo que se auto-intitule como negra e não mestiça. Uma negação à componente branca, como a negar a própria mãe que a gerou. 

Em cena recente da nossa televisão, a apresentadora entrevista a bela atriz e a tônica da conversa é a discriminação e não o sucesso, como de tantos mestiços, com mais ou menos caracteres externos da origem negro-africana, registrados na História. Muitos com esforço venceram e se destacaram nos campos de atuação.

A História é falseada a se escrever que com a descoberta do Brasil, os portugueses atacavam aldeias e capturavam homens, mulheres e crianças e que daí as tribos começaram a ajudar na caçada aos negros, como se na África não existisse a escravidão e que também eram transportados como escravos para a Europa. Como registrado, o fim da escravidão na América, não foi o fim da escravidão na África. 

O STF do B surfou na onda esquerdista e internacionalista.

A esperança já morreu? Talvez. Mas, não a fé de que não há mal que sempre dure não há bem que nunca acabe.

Daiane dos Santos, ao que consta, tem 40,8% de origem européia, 39,7% africana e 19,6% ameríndia, de acordo com estudo do seu DNA. 

E o DNA dos brasileiros que estavam naquele ambiente, julgando, defendendo ou sentindo a manutenção das cotas como a negação da Nação mestiça que somos?

Marcados pelas cotas, uns estarão porque as usaram e, outros estarão marcados pelos juízes, mesmo que não as tenham aproveitado. 

Triste, mas uma realidade que se espera seja mudada algum dia.

Cotas Humilhantes

O mundo assiste constantemente cenas de violência decorrentes de intransigência religiosa e racial. Na nossa mente, tais fatos seriam coisas do passado. Da barbárie, dos livros e das profundezas da História da humanidade. Não. Estão presentes e a televisão colabora nos colocando, não como espectadores dos circos da maldade, mas como figurantes impotentes, inermes, imunes fisicamente, no meio das arenas encharcadas de sangue. Kosovo, sérvios, albaneses, ETA, bascos, Irlanda do Norte, IRA, palestinos, judeus, chechenos. 

No Brasil, temos a intolerância das torcidas organizadas, que agridem a pau, até a morte, o admirador da equipe adversária. 

Interessante que essa agressividade inexiste quando se trata de um parente ou amigo torcedor de outro time. No máximo, uma gozação diante de uma derrota. O sorriso no lar vira baba de raiva nos estádios e vizinhanças. Matar ou morrer, tanto faz, para vingar a honra dos vencidos em campo, “pobres coitados” que deixarão de somar o “bicho” aos milhões que ganham dos clubes do momento.

Já a intolerância religiosa foi ensaiada, fez passeatas e chutou imagens, mas não deu muito certo neste solo fértil onde vicejou o sincretismo religioso, semeado pelas culturas que aqui aportaram. Quantas famílias se unem a despeito do Deus que adoram. Quantos amigos se abraçam nas comemorações, estudam ou trabalham juntos sem a mínima preocupação com a religião que professam.

A intolerância racial está sendo costurada pelos interesses pessoais e eleitoreiros e por uma ingenuidade e altruísmo, dos que não sentem a intenção de alguns em fomentar mais uma divisão na Unidade Nacional. De uma feita, fermentam a questão das “nações indígenas” — os brasileiros primitivos — e de outra a dos afro-descendentes. Inaceitáveis diante dos séculos de miscigenação.

As cotas para os afro-descendentes é uma “genial” descoberta, como se fosse fácil encontrar um critério justo para definir quem o é, dentre os brasileiros, para atender àqueles que pretendem impor suas condições à sociedade. A UERJ pôs à disposição do candidato definir a própria cor da pele. A UNB exige fotografia e submete a uma comissão determinar pela aparência os caracteres de afro-descendente do candidato, o que fatalmente conduzirá a erros. Manifestações e ações judiciais proliferam. Alguns, com essas características e já matriculados, não querem carregar um rótulo de inferioridade, pois lhes ferem os brios. Outros que se preparam para o concurso, também não admitem. Não há unanimidade; existem os favoráveis.

Têm razão os que repelem esse tipo de protecionismo humilhante, pois não concordam com o atestado de inferioridade étnica, até porque são frutos do amor de pais e mães das diferentes origens; quando os olham, sentem orgulho de ambos, sem discriminá-los, nem ordená-los.

Como ficou demonstrado no 46º Congresso Nacional de Genética, estudos indicam que 45 milhões de brasileiros têm herança genética dos silvícolas e que praticamente não há afro-descendentes sem miscigenação no Brasil. Assim, raramente algum brasileiro, com raízes profundas, poderá dizer: “Sou 100% branco” ou “Sou 100% negro”, mas todos podem escrever nas suas camisetas: “Sou 100% brasileiro”.

Ora, as ações judiciais, inicialmente voltadas para as vagas nas universidades, passam a confrontar gente de tez mais clara e mais escura, produzindo uma dicotomia negativa, incentivando a intolerância racial, aquela tratada no início deste texto, que abominamos, além de passarmos a ter cidadãos de primeira e segunda classe. Inadmissível entre brasileiros.

Já a UFRJ dá um passo adiante, quando está pretendendo criar cotas para gente pobre advinda das escolas públicas, onde estão os brasileiros de todas as origens. Ser pobre é uma condição de inferioridade econômica, mas não de etnia. Apoio ao ensino e criação de emprego farão melhorar a mobilidade social.

Outros tentaram demonstrar superioridade racial e não deu certo.

Ernesto Caruso é Coronel Reformado do EB

Duas perguntas do Blog: 

1º. Por que o Ministro da Igualdade Racial é sempre um negro ?



2º. O que será que 2014 nos reserva ?