16 de jan. de 2013

A automutilação do Congresso

Editorial do jornal O Estado de S. Paulo
15 Jan 2013

A proximidade da renovação das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, na abertura do ano legislativo a se iniciar em fevereiro, põe em foco - mais uma vez - a esqualidez do Congresso Nacional, que deveria ser a principal instituição política da República. 

Expõe também os deploráveis usos e costumes dos seus prováveis dirigentes na segunda metade da atual legislatura, decerto compartilhados por sabe-se lá quantos de seus pares. O definhamento do Congresso, diga-se desde logo, não resulta de terem sido as suas funções usurpadas pelos dois outros Poderes - o Executivo e o Judiciário. 

O Legislativo só tem a si próprio a culpar pela sua consolidada desimportância e a degradação incessante de sua imagem. A instituição parlamentar renunciou, por livre e espontânea vontade, à posição que lhe cabia ocupar na vida política brasileira. Os seus integrantes de há muito deixaram de ser os formuladores da agenda nacional e os interlocutores por excelência da sociedade, nas suas agruras e aspirações. Possuídos pelo varejo dos seus cálculos de conveniência, prontos a trocar a sua primogenitura na família institucional do País pelos pratos de lentilhas saídos da cozinha do Planalto, deputados e senadores formam uma versão mumificada do vibrante corpo legislativo que deu ao País a Carta de 1988 - avalie-se como se queira o produto de seu trabalho. 

Nas democracias autênticas, o Parlamento deve fiscalizar os atos do governo, legislar e debater as questões nacionais. No Brasil, o Congresso não faz nada disso. O seu papel fiscalizador ele mesmo desmoralizou com as suas CPIs de fancaria, criadas a partir de interesses partidários, conduzidas com escandaloso facciosismo pela maioria de turno e encerradas sob acordos espúrios para salvar a pele dos suspeitos de lá e de cá. 

Quanto às leis... ora as leis. 

Se os congressistas se permitem terminar um período dito legislativo sem votar nem ao menos o Orçamento da União para o ano vindouro - o projeto mais importante que incumbe ao Parlamento a cada exercício -, que dirá de tudo o mais?

Propostas de autoria própria nascem, em geral, para constar. As excelências preferem contrabandear para dentro das medidas provisórias (MPs) do Executivo cláusulas que convêm às clientelas patrocinadoras de suas campanhas - e que não guardam a menor relação com o objeto da MP. O governo, por sua vez, aceita a farsa. De todo modo, se vetar partes do projeto de conversão afinal aprovado, a vida segue - mais de 3 mil vetos, muitos já encanecidos, aguardam apreciação parlamentar. O debate dos grandes assuntos, por fim, foi abandonado. 

O sistema de funcionamento das duas Casas do Congresso desencoraja, na prática, os pronunciamentos e réplicas que mereceriam ocupar o horário nobre de uma sessão. Em consequência, o plenário se tornou irrelevante para a imprensa. Ao mesmo tempo, Câmara e Senado criaram monumentais aparatos multimídia de comunicação, que servem para os seus membros, reduzidos muitos à condição de vereadores federais, mostrarem serviço às bases e prepararem a sua reeleição. 

A regra não escrita é simples: os representantes do povo pervertem em privilégios as prerrogativas que se conferiram a pretexto de atender os seus representados. Não há perigo de melhorar. 

O favorito para presidir a Câmara é o atual líder do PMDB, Henrique Alves, na Casa há 42 anos. O Ministério Público o acusa de enriquecimento ilícito. Em 2002, a sua ex-mulher informou que ele tinha US$ 15 milhões em contas não declaradas no exterior. Naquele ano, o seu patrimônio declarado era de R$ 1,2 milhão. Em 2010, somou R$ 5,5 milhões. Segundo a Folha de S.Paulo, dinheiro de emendas parlamentares de sua autoria e de um órgão federal por ele controlado beneficiou a empresa de um de seus assessores.

Já o Senado voltará a ser presidido pelo também peemedebista Renan Calheiros. Em 2007, acusado de ter despesas pessoais pagas pelo lobista de uma empreiteira, renunciou ao cargo para escapar (por pouco) à cassação do mandato. Há inquérito sobre o caso no Supremo Tribunal Federal, onde Calheiros é alvo de mais duas investigações. 

No Congresso, em suma, tudo que pode dar errado dá errado.


Astrônomos descobrem maior estrutura já vista no Universo

TERÇA-FEIRA, 15 DE JANEIRO DE 2013


Uma equipe internacional de astrônomos liderada pela Universidade de Central Lancashire (UCLan), no Reino Unido, identificou a maior estrutura já vista no Universo. A descoberta foi publicada na edição online do periódico científico da Sociedade Astronômica Real (RAS). Os pesquisadores, liderados por Roger Clowes do Instituto Jeremiah Horrocks da UCLan, observaram um grupo grande de quasares, núcleo galáctico alimentado por um buraco negro de grande massa, muito brilhante e distante da Terra.

Os quasares tendem a se agrupar em estruturas de tamanhos surpreendentemente grandes, formando grupos enormes chamados de Large Quasar Group (LGQ). 

"Embora seja difícil entender a dimensão desse LQG, podemos dizer com certeza que é a maior estrutura já vista em todo o Universo. Isso é extremamente excitante, até porque vai contra a nossa compreensão atual do Universo, que não parece ser tão uniforme quanto pensávamos", afirma Clowes. 

Segundo o astrônomo, a estrutura é tão grande que uma nave espacial, viajando à velocidade da luz no vácuo (300 mil km/s), gastaria cerca de 4 bilhões de anos para atravessá-la. Para colocar isso em perspectiva, a distância entre a nossa galáxia, a Via Láctea, e a galáxia vizinha mais próxima, Andrômeda, é de cerca de 2,5 milhões de anos-luz. Já os LQG podem ter 650 milhões de anos-luz de diâmetro ou mais. 

A equipe de Clowes identificou na estrutura um tamanho tão significativo que desafia o princípio cosmológico, que consiste na suposição de que o Universo, quando visto em uma escala suficientemente grande, parece o mesmo, independentemente do ponto de observação. Com base nesse princípio, aceito desde Albert Einstein, e na teoria moderna da cosmologia, cálculos sugerem que os astrofísicos não deveriam ser capazes de encontrar uma estrutura maior do que 1,2 bilhão de anos-luz. 

No entanto, a estrutura descoberta pelos cientistas da UCLan "tem uma dimensão típica de 1,6 bilhão de anos-luz. Mas porque ele é alongado, sua maior dimensão é de 4 bilhões de anos-luz, ou seja, cerca de 1.650 vezes maior do que a distância entre a Via Láctea e Andrômeda", afirma Clowes. "Nossa equipe também tem olhado para casos semelhantes que adicionam mais peso ao desafio, e vamos continuar a investigar esses fenômenos fascinantes", concluiu o pesquisador.


14 de jan. de 2013

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OS QUE CONHECEM O GRANDE ARQUIMANDRITA


Hélio Bicudo, jurista, fundador do PT, que em 2005 desfiliou-se do partido, por não concordar com o governo Lula. Hoje é presidente da Fundação Interamericana de Defesa dos Direitos Humanos; diz: "Lula é autoritário e mira mais o poder pessoal do que os objetivos do PT . O Governo Lula ameaça a democracia. O Lula ignora a nossa Constituição e se acha acima do bem e do mal".

Francisco Maria Cavalcanti de Oliveira, mais conhecido como Chico de Oliveira, sociólogo, marxista, um dos fundadores do PT, desfiliou-se do partido em 2003, por também não concordar com a forma governista de Lula; diz: Lula é muito mais esperto do que vocês pensam. O Lula não tem caráter, ele é um oportunista. O Lula é uma vocação de caudilho, a ante-sala do ditador

Ferreira Gular, poeta, crítico de arte, biógrafo, fala sobre Lula: O Lula é um farsante, não merece confiança. Não entendemos o que ele faz. Não entendo Lula; é um governo para enganar as pessoas. O Lula é de esquerda? Não me faça rir. O Lula é de fato uma pessoa desonesta, um demagogo, e isso é muito perigoso. Lula comprou os pobres do Brasil. Para Lula, não há valores, vale o que o levar ao poder”

Heloísa Helena, ex-petista, hoje vereadora em Maceió, diz: 
"Lula sabia de tudo sobre o mensalão. Ele sabia de tudo e por isso não abriu um único processo investigatório, uma única auditoria, falo isso com muita tristeza. Eu nunca imaginei que tivessem coisas relacionadas a crimes, assassinatos, além dos crimes contra a administração pública. [,,,] O Ex-Presidente Lula é um gângster, ele chefia uma organização criminosa, capaz de roubar, matar, caluniar e liquidar qualquer um que passe pela sua frente ameaçando seu projeto de poder”