7 de jul. de 2012





DOS ANAIS DESSE MESMO SENADO,
QUE HOJE TANTO NOS ENVERGONHA


                              NOTA DE FALECIMENTO                              

Com tristeza comunico a lançamento à ZL do infinito, em 06 de julho de 2012, do Cel Inf Pqdt, AMAN 1962, Aderval Waltemberg Silva. 

   
Serviu no Regimento Santos Dumont e no 25º BIPqdt.
   
Descanse em paz, velho guerreiro.




5 de jul. de 2012

Sexóloga radical e estressada

01 - Tenho 20 anos e não transei ainda porque gostaria que a 1ª vez fosse com um namorado fixo.  O que você acha?  
R: Minha 1ª vez também foi com um namorado fixo:  eu o amarrei na cama.

02 - O que fazer para surpreender um namorado tímido na primeira noite?
R: Apareça com um amante.

03 - Como faço para seduzir o rapaz que eu amo?
R: Tira a roupa!  Se ele não te agarrar, cai fora que é gay.  

04 - A primeira vez dói?  Tenho 21 anos e ainda não transei porque tenho medo de doer e não aguentar.
R: Dói tanto que você vai ficar em coma e nunca mais vai levantar. Vê se deixa de ser fresca e dá de uma vez, ô Cinderela!!!

05 - Terminei com meu ex porque ele é muito galinha Agora estou com outro, mas ainda gosto dele e, às vezes, ainda ficamos  O que devo fazer?
R: Quem é mesmo galinha nesta história?  

06 - Quero saber como enlouquecer meu namorado só nas preliminares.
R: Diga no ouvidinho dele: "minha menstruação está atrasada..."

07 - Saí com um gatinho e foi ótimo.  Só que agora fico com o maior medo de ligar para ele.  Será que devo?
R: Depende.  O gatinho sabe fazer xixi na caixa de areia?

08 - Sou feia, pobre e chata.  O que devo fazer para alguém gostar de mim?  
R: Ficar bonita, rica e deixar de ser chata, anjo.

09 - O cara com quem estou saindo é muito legal, mas está dando sinais de ser alcoólatra.  O que eu faço?
R: Não deixe ele dirigir.

10 - Apesar do meu tamanho, eu tenho apenas 13 anos de idade e não tenho uma cara propriamente linda.  O que fazer para conseguir comer umas gatas.
R: Nesta idade você tem que comer Sucrilhos e mais nada, ok ?  

11 - Tenho 28 anos e sou virgem, Não agüento mais esta situação. Como mudá-la o mais rápido possível?
R: Está em Porto Alegre?  Vai na Voluntários da Pátria e leve uns 30 reais pras meninas.  Caso contrário trate de virar líder do MST.  

12 - Posso tomar anticoncepcional com diarreia?
R: Eu tomo com água, mas a opção é sua.  Use copo descartável, se não morar sozinha.

Bjs, Saxa.



O "Click to read" é inválido

   
O    q u e   d i z
   
a
   
R e v i s t a    " f r e e "
   
 s o b r e
   
o    c a s o
   
C e l s o    D a n i e l









The Cern tech that helped track down the God particle


Takeaway: European research lab Cern today announced a landmark discovery for physics. TechRepublic explores the technology used in the hunt for the Higgs Boson particle.
The centuries old question of why the universe has mass may be one step closer to being answered.

Today the European nuclear physics lab Cern announced it has discovered a particle that fits the bill for the elusive Higgs Boson - the theoretical particle thought to be responsible for generating mass.

If it is the Higgs it will be the final missing ingredient in the Standard Model of particle physics, the theory which explains all known particles and the forces that act upon them.

The candidate particle was identified by experiments inside the lab’s Large Hadron Collider (LHC) particle accelerator - which bangs together sub-atomic particles at close to the speed of light and then analyses the resulting debris. The energy of these collisions is equivalent to that billionths of a second after the Big Bang.

The ATLAS and CMS detectors inside the LHC have observed the new particle at mass ranges of 125 - 126 gigaelectronvolts (GeV) - many times heavier than than the neutron inside the atom and within the mass range predicted for the Higgs Boson.

The lab is cross-checking the results of the experiment before publishing, although apparently the chance of the result being a fluke is no more than one in two million.

The next step for the lab will be to determine the precise nature of the particle and its significance for our understanding of the universe. The discovery could also help shed light on dark matter and dark energy, the unseen substances that are thought to make up 96 per cent of our universe.

Check out TechRepublic stories on the Large Hadron Collider and the computers that Cern used to make this landmark discovery:
POUSO DE EMERGÊNCIA

Este homem percebeu, da janela do seu escritório, que uma ninhada de patinhos estava nascendo.  Só que o ninho era na marquise do prédio. 

Essa localização, porém, era um perigo para a ninhada, pois ele sabia que os patinhos recém-nascidos seguem o chamado da mãe e se atiram para fora do ninho, a fim de segui-la até a água.    

Assim, para evitar que eles se esborrachassem na calçada, o homem correu e aparou os patinhos.  

Em seguida, depois de todos "pousados", ajudou a família a chegar ao lago, num parque próximo !

Magnífico !



     Coral alemão canta "Vou te contar" (Tom Jobim)     

Excelente !
Clique para assistir.
Para ver diretamente no YouTube, com mais recursos, clique no Logo do YouTube.


4 de jul. de 2012

: ^))


Ô vício maldito !!
      



 Vitor Vieira
terça-feira, 3 de julho de 2012


Produção na indústria brasileira cai pelo terceiro mês seguido e recua 0,9% em maio

Com queda em 14 dos 27 ramos de atividades pesquisados, a produção industrial do país teve retração de 0,9% em maio na comparação com abril.

É o terceiro resultado mensal negativo em seguida, conforme dados divulgado nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O setor industrial já acumula perda de 3,4% nos cinco primeiros meses de 2012. 

No mês de maio, o mau desempenho da indústria foi puxado principalmente pelos setores de veículos automotores (-4,5%) e de alimentos (-3,4%), com o primeiro interrompendo três meses de taxas positivas consecutivas com crescimento de 22,7% nesse período, e o segundo acumulando perda de 7,1% em dois meses seguidos de recuo na produção. 

GUIDO MANTEGA
Ministro do Planejamento
Entre as atividades que ampliaram a produção, os desempenhos de maior importância para o resultado global foram registrados por produtos de metal (13,2%), que eliminou a perda de 6,1% acumulada em três meses de taxas negativas consecutivas, indústrias extrativas (1,5%), borracha e plástico (2,6%), máquinas e equipamentos (1,2%) e refino de petróleo e produção de álcool (0,9%).



Grande salto no número de famílias gaúchas sem condições de pagar dívidas atrasadas em 30 dias

O percentual de famílias gaúchas que não terão condições de pagar suas dívidas em atraso dentro de 30 dias quase dobrou de maio para junho, passando de 6,5% para 11,3%. 


A constatação é da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência das Famílias Gaúchas (PEIC-RS), divulgada nesta terça-feira pela Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado (Fecomércio-RS). 


Conforme análise da entidade, a intensa variação registrada pelo indicador no período "requer cautela na avaliação de uma possível deterioração do cenário de endividamento". Ainda segundo a pesquisa, o número de famílias gaúchas que afirmam ter algum tipo de dívida foi de 64,7% da população. 


O resultado é menor do que o registro feito em junho de 2011, quando alcançou 75,4%. "Mesmo com as taxas de juros em nível inferior ao de 2011 e com outras medidas de estímulo por parte do governo, como a redução do IPI de eletrodomésticos e veículos, o ritmo mais lento da atividade econômica contribui para que o endividamento esteja abaixo do nível do ano passado", afirma, em comunicado, o presidente do Sistema Fecomércio-RS, Zildo De Marchi. 


Os principais tipos de dívida atualmente são: cartão de crédito (66,8%), carnês (26,5%) e crédito pessoal (22,6%). A participação do cheque especial caiu de 34,6% em maio para 14,9% em junho.
    


Senado convoca Maria da Graça Foster para explicar fracasso da Petrobras

GRAÇA FOSTER é a da direita
A presidente da Petrobras, Maria da Graça Foster, terá de ir ao Senado  na próxima terça para explicar o plano de negócios da empresa para 2012-2016. As argumentações de Graça Foster serão dadas na Comissão de Assuntos Econômicos da Casa. 


O autor do requerimento é o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) que promete questionar o porquê de a estatal não cumprir as metas de produção. “Maria da Graça Foster indicou ainda que a empresa convivia com falta de planejamento, controles insuficientes e ineficiência operacional”, disse ele. 


SERGIO GABRIELLI (Direita), o Presidente
da PETROBRÁS que antecedeu GRAÇA FOSTER
Ferraço acusa ainda a presidente da Petrobras de “contar com a sorte” para atingir as metas, por conta de suas declarações na semana passada, quando ela apresentou o Plano de Negócios da Petrobras, que pretende implementar até 2016 investimentos de US$ 236,5 bilhões.



É a incompetência do governo do PT destruindo a Economia Brasileira. Acordem empresários; acorda classe média; acordem magistrados; acordem todos os brasileiros, porque estamos sendo levados ladeira abaixo !


Imagens inseridas pelo Blog

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3 de jul. de 2012


A GUARÂNIA DO ENGANO
Chiqui Avalos
   
Libelo de um homem honrado, Chiqui Avalos é escritor e jornalista, combateu a ditadura de Stroessner e fez a campanha de Lugo, edita a newsletter "Prensa Confidencial", de grande influência no Paraguai. Uma síntese histórica do Paraguai, para quem quer entender as “crises democráticas nas américas”. É essencial a leitura até o final !
LUGO

Como num verso célebre de meu inesquecível amigo Vinicius de Moraes, “de repente, não mais que de repente”, alguns governos latino-americanos redescobrem o velho e sofrido Paraguay e resolvem salvar uma democracia que teria sido ferida de morte com a queda de seu presidente. Começa aí um engano, uma sucessão de enganos, mentiras e desilusões, em proporção e intensidade que bem serve a que se companha uma melodiosa guarânia, mas de gosto extremamente duvidoso.


[....] 

Derrotados, nunca mais fomos os mesmos. Passamos a ser conhecidos por uma República já bicentenária, mas atrasada em comparação aos seus vizinhos. Enfrentamos uma guerra cruel com a Bolívia na primeira metade do século passado. Roubaram-nos importante faixa territorial do Chaco, região paradoxalmente inóspita e riquíssima. Ganhamos a guerra. Nossos soldados mostraram a valentia e patriotismo que brasileiros, uruguaios e argentinos bem conheceram meio século antes. Nossa incipiente aviação militar e seus jovens pilotos assombraram os experts norte-americanos, pela refinada técnica e o sucesso de suas ações contra o agressor. Mas numa história prenhe de ironias, vencemos a guerra e... ...jamais recuperamos as terras! Os bolivianos, que jamais olham nos olhos nem das pessoas nem da história, certamente se rejubilam em sua “andina soledad”, e como os argentinos depois da inexplicável Guerra das Malvinas, sabem-se “vice-campeões”... 

Mal saímos da Guerra do Chaco e experimentamos a mesma e usual crônica tão comum a rigorosamente todos os outros países latino-americanos. Golpes e contra-golpes, instantes de democracia e hibernações em ditaduras ferrenhas. Presidentes se sucederam despachando no belíssimo Palácio de Lopez e vivendo na vetusta mansão de Mburuvicha Roga (“A casa do grande chefe”, em guarani). Uns razoáveis, outros deploráveis. Nenhum deles, entretanto, recuperou a glória perdida dos anos de riqueza, opulência e fartura. Um herói da Guerra do Chaco tornou-se ditador e nos oprimiu por mais de três décadas. Homem duro, mas de hábitos espartanos e por demais interessante, o multifacético Alfredo Stroessner não recusou o papel menor de tirano, mas construiu com o Brasil a estupenda hidrelétrica de Itaipu, a maior obra de engenharia de seu tempo, salvando o Brasil de uma hecatombe energética. Foi parceiro e amigo de todos os presidentes do Brasil de JK a Sarney. Com os militares pós-64 deu-se às mil maravilhas, mas foi de suas mãos que o exilado João Goulart recebeu o passaporte com que viajaria para tratar sua saúde com cardiologistas franceses. Deposto, o velho ditador morreu no exílio, no Brasil. Nós que o combatíamos (nasci em Buenos Aires, onde meu pai, empresário de sucesso, mas adversário da ditadura, curtia seu exílio) jamais soubemos de ação qualquer, uma que fosse, do Brasil em seus governos democráticos contra a ditadura do general que lhes deu Itaipu. 

Depois de duas décadas da derrubada de Stroessner, nos aparece Fernando Lugo. Sua história é peculiar. Era bispo de San Pedro, simpaticão e esquerdista, pregava aos sem-terra e parecia não incomodar ninguém, nem os fazendeiros da área. Pelos idos de 2007 o então presidente Nicanor Duarte Frutos, um jovem jornalista eleito pelos colorados, resolve seguir o péssimo exemplo de Menem, Fujimori e Fernando Henrique, e deixa clara sua vontade de mudar a Constituição e permanecer no presidência, através do instituto inexistente da reeleição. Seu governo era mais que sofrível e – descupem-nos a imodéstia latreada em nossa história – nós, os paraguaios, não somos dados ao desfrute de mudar nossa Carta Magna ao sabor da vontade de presidente algum. O país se levantou contra a aventura e ele, que o bispo bonachão, justamente por não ser político e garantir que não alimentava qualquer ambição de poder, é escolhido para ser o orador de um grande ato público, com dezenas de milhares de pessoas no centro de Assunção. Pastoral, envolvente, preciso, o Bispo de San Pedro cativou a multidão, deu conta do recado e catalisou imensa indignação da cidadania. A aventura continuísta de Nicanor não foi bem-sucedida, mas, com a sutileza de um príncipe da Igreja nos intricados concílios que antecedem a fumacinha branca, nos aparece um candidato forte à presidência da República: ‘habemus candidatum’! A batina vestia mais que um pastor, escondia um homem frio, ambicioso, ingrato e profundamente amoral. 

Seu primeiro problema foi com a Santa Madre Igreja. O Vaticano, certamente por saber algo que nós não sabíamos, vetou sua disposição política. Não, de jeito algum, ele poderia ser candidato. A igreja católica combateu a ditadura do general Stroessner com coragem e ação, mas não queria ocupar a presidência do país. “Roma coluta, causa finita” (“Roma falou, questão decidida”), mas não para Lugo, que deixou seu bispado, despiu a batina e virou às costas a quem lhe educou e lhe acolheu no seu seio. Poucos e corajosos colegas Bispos e padres o apoiaram abertamente. Na última sexta-feira, depois de três anos sem vê-lo ou serem por ele procurados, esses mesmos amigos e apoiadores foram até a residência presidencial pedir – em vão – que Lugo renunciasse à presidência do Paraguay para que se evitasse derramamento de sangue. 

Candidato sem partido, entretanto com as simpatias da clara maioria do eleitorado. Filiou-se, pois, a um partido e o escolhido foi o centenário e respeitável PLRA, dos liberais, há mais de 60 anos fora do poder e com a respeitável bagagem de uma corajosa oposição à ditadura stroessnista. Como um Jânio Quadros, Lugo filiou-se ao Partido Liberal Radical Autêntico e usou sua bandeira, sua história e sua estrutura capilarizada em toda a sociedade paraguaia. E depois deu-lhe um adeus de mão fechada, frio e indiferente. 

Eleito, desfez-se de todos os companheiros de jornada. Um a um. Stalin não apagou tantos nas fotos oficiais do Kremlin como o ex-bispo o fez. Mas demitiu os mais qualificados, por sinal. Restaram-lhe os cupinchas, os facilitadores de negócios e de festinhas íntimas, os “operadores” e alguns incautos esquerdistas para colorir com as tintas de um risível ‘socialismo guarani’ o governo de um homem que chegou como o Messias e terminaria como um Judas Escariotes. 

Lugo poderia emprestar seu nome e sua trajetória de vida política (e pessoal, também) ao mestre Borges e tornar-se uma das impressionantes personagens da “História Universal da Infâmia”. Um infame, não mais que isso! Mal eleito e empossado, sucedem-se escândalos e se revela seu procedimento. Filhos impensados para um supostamente casto Bispo. Vários. Todos jamais reconhecidos ou amparados, gerados com mulheres as mais pobres e sem instrução alguma, uma delas com apenas 16 anos quando da gravidez. Se traíra a sua Igreja, por qual razão não nos trairia? E traiu. 

Não passou um mês sequer durante seus três anos de governo sem que viajasse a um país qualquer. Com razão ou sem nenhuma, para conferências esvaziadas ou cerimônias de posse de mandatários sem importância ou relevo para o Paraguay. As pompas do poder o abduziram como a nenhum déspota de república bananeira do Caribe. Os comboios de limusines com batedores estridentes, as festas e beija-mãos, os eternos e maviosos cortesãos do poder, as belas mulheres, as mesas fartas, os hotéis cinco estrelas, a riqueza, a opulência, os “negócios”. O despojado ex-bispo tornou-se grande estancieiro. O presidente que tomou posse calçando prosaicas sandálias como símbolo de humildade, revelou-se um homem vaidoso e fetichista. Como que a vestir a mentira em que ele próprio se tornou, passou a enxergar elegantes e bem-cortadas túnicas encomendadas à alfaiates da celebérrima e caríssima Savile Row, templo londrino da moda masculina. No detalhe, o estelionato (mais um): colarinhos eclesiásticos. Afeiçoou-se a lindas e jovens, digamos, “modelos”, que floriram sua vida e a banheira Jacuzzi que mandou instalar na austera e velha residência presidencial. Muitas delas o precediam mundo a fora, esperando-o em hotéis fantásticos e palácios, nas vilegiaturas internacionais. Viajavam com documentos oficiais. Kaddafi auspiciava passaportes diplomáticos a terroristas, Lugo a prostitutas. 

Sua afeição pelos jatinhos e jatões chegou às raias do fetiche: passou boa parte de seu peculiar mandato a bordo deles. Fretados à empresas de táxi aéreo de outros países, mandados pelos amigões Hugo Chávez e Lulla, outras emprestados sabe-se lá por um tais e misteriosos amigos. Chocou-se com o brasileiro Jorge Samek, fundador do PT e competente gestor, que na presidência brasileira da Itaipu resolveu vetar capricho juvenil do ex-bispo e delirante presidente paraguaio: a poderosa binacional compraria um jato para seu uso. Um Gulfstream, quem sabe um Falcon, ou até um brasileiríssimo Legacy, mas ele precisava ardentemente de um jato para chamar de seu. Depois mandou que o comandante da Força Aérea negociasse um Fokker 100, adaptado com suíte e ducha. Nada feito, o raio de ação seria pequeno e ele precisava ganhar o mundo! Por fim, nos estertores de seu governo, entabulava a compra de um Challenger, usado mas chique, de um cartola do futebol paraguaio. O preço, como sempre, mais um escândalo da Era Lugo: pelo menos o dobro de um modelo novo, saído de fábrica... 

Obras viárias? Imagine. De infraestrutura? Nenhuma. Modernização do país? Nem pensou nisso. Crescimento econômico? Sim, mas por obra de uma agricultura forte, de empresários jovens e ambiciosos, de uma indústria florescente e de um ministro da economia que destoou da regra geral do governo Lugo: competente e austero, imune às vontades do presidente e distante da escória que o cercava. A cada novo dia, no parlamento, nas redações, nos sindicatos, nos foros empresarias, nos encontros de amigos, um novo comentário, uma nova história de mais uma negociata dos amigos e companheiros de Lugo. Proporcionalmente, nem na ditadura de Stroessner (mais de três décadas), se roubou tanto quanto no governo pseudo-esquerdista de Fernando Lugo (menos de três anos). Já com Lugo deposto, o secretário mais forte de Lugo, Miguel Lopez Perito, telefonou à diretoria da Itaipu solicitando a bagatela de US$ 300 mil para organizar uma manifestação em defesa do governo. Queria ao vivo e a cores, "na mala", por fora, não contabilizado, no "caixa 2". Que tal? Fato revelado por um diretor da binacional e revelador do modus-operandi da verdadeira quadrilha que comandava o país. 

Seu processo de “Juízo Político” – algo como um processo de impeachment – está previsto na Constituição do Paraguay, e não foi uma travessura histórica de meia dúzia de líderes políticos ou parlamentares revidando as descortesias de Lugo para com os partidos, os empresários, os paraguayos todos. Que tipo de presidente era esse que teve 73 deputados votando por sua queda contra apenas 1 solitário voto? Que espécie de chefe da Nação era esse que teve 39 votos contrários contra apenas 4 senadores fiéis ao seu desgoverno? Não teve tempo, apenas duas horas para defender-se. Ora, a Constituição não determina tempo, apenas assegura-lhe o direito de defesa, exercido através de competentíssimos advogados, que fizeram exposições brilhantes na defesa do indefensável. Um deles, Dr. Adolfo Ferreiro, admitiu claramente que o processo era legal. De outro, Dr. Emilio Camacho, em imponente ironia da história, os magistrados da Suprema Corte extraíram em um de seus celebrados livros aqueles ensinamentos necessários e a devida jurisprudência para rechaçar chicana jurídica do já ex-presidente contra o processo legal, constitucional e moral que o defenestrou. C’est la vie, Monsieur Lugo! 

Lugo foi um hiato em nossa história. Necessário, mas sofrido. Seus defeitos superaram suas virtudes. Aqueles eram muitos, essas muito poucas. Nós que nele votamos, sequiosos de um Estadista, nos deparamos com um sibarita. Seu legado é de decepção e fracasso. Não choraram por ele dentro de nossas fronteiras, e os que o defendem foram deles o fazem muito mais pensando no que lhes pode ocorrer do que por solidariedade ao desfrutável governante e desprezível homúnculo que cai. 

O fim de seu governo dói mais a um dolorido Chávez do que a nós. A Senhora Kirchner, radical na condenação que nos impõe, se esquece de nossa parceria na importante e gigantesca usina hidrelétrica de Yaciretá, e amplia sua lucrativa viuvez acolhendo em seu seio choroso o decaído amigo. Solidária? Nem tanto, apenas sabendo que se abriu o precedente para que os parlamentos expulsem os incapazes. Na Bolívia o sentimento popular em relação ao sectário e também bolivariano Evo Morales não é diferente do sentimento dos paraguayos por Lugo no outono de sua aventura presidencial. É pior. O relógio da história irá tocar as badaladas do fim de uma aventura mais que improdutiva: raivosa e liberticida. 

Não compreendemos a posição do Brasil. Ou não queremos compreender, tanto é o bem que lhe queremos. Nos arrasou como sicário da Rainha Vitória e nós lhe perdoamos e juntos construímos o colosso de Itaipu. O tratamos bem e ele defende a continuidade de uma das piores fases de nossa história, em nome do quê? Nega-nos o direito à autodeterminação, mas se esquece do papelão ridículo que fez em defesa de um cretino como Zelaya, um corrupto ligado a grupos somozistas de extermínio e que era tão esquerdista como Stroessner e democrático como Pinochet. 

Foi deplorável o papel do chanceler Patriota (que não se perca pelo nome), saracoteando pelas ruas de Assunção em desabalada carreira, indo aos partidos Liberal e Colorado pressionar em favor de um presidente que caia. Adentrando o Parlamento ao lado do chanceler de Hugo Chávez, o Sr. Maduro, para ameaçar em benefício de um presidente que o país rejeitava. Indo ao vice-presidente Federico Franco ameaçar-lhe, com imensa desfaçatez, desconhecendo seu papel constitucional e o fato de que ninguém renunciaria a nada apenas por uma ameaça calhorda da Unasul (que não é nada) e outra ameaça não menos calhorda do Mercosul (que não é nada mais que uma ficção). O Barão do Rio Branco arrancou seus bigodes cofiados no túmulo profanado pelo Itamaraty de hoje. O que quer o governo Dilma? Passar pelo mesmo vexame de Lula na paupérrima Honduras? Se afirmativo, já fica sabendo que passará. Nós temos imensa disposição de continuar uma parceria que se relevou positiva e decente para ambos os países. Mas não temos da austera presidente o mesmo terror-medo-pânico que lhe devotam seus auxiliares e ministros. Cara feia não faz história, apenas corrói biografias. Dilma chamou seu embaixador em Assunção e Cristina fez o mesmo. As radicais matronas só não sabiam que: o embaixador brasileiro é um ausente total, vivendo mais tempo em Pindorama do que por aqui. Recorda o ex-embaixador Orlando Carbonar, que foi pego de surpresa em fevereiro de 1989 pelo movimento que derrubou o general Stroessner. Até meus filhos, crianças na época, sabiam que o golpe se avizinhava e que estouraria a qualquer momento, menos o embaixador brasileiro, que descansa no carnaval de Curitiba, sua cidade natal. Voltou às pressas, num jatinho da FAB, para embarcar Stroessner rumo ao Brasil. E a Argentina... Bem, a Argentina não tem embaixador no Paraguay faz alguns meses... Ocupadíssima, Dona Cristina não nomeou seu substituto. País de necrófilos, chamou um fantasma até a Casa Rosada para consultas. 

O Paraguay fez o que tinha que fazer. Seguirá adiante, como seguem adiante as Nações, testadas e curtidas pelas crises que retemperam e reforçam os povos. O religioso que não honrou seus votos de castidade e pobreza e traiu sua igreja, foi por ela rejeitado. O presidente que não honrou nossos votos e nos traiu, foi por nós deposto. Deposto por incapaz, por mentiroso, por ineficiente. Mas, principalmente, por que traiu as esperanças de um país e um povo que precisaram dele e nele confiaram e ele os traiu a todos. E, por isso, Lugo não voltará.


Texto extraído da Coluna de Augusto Nunes
26/06/2012
 às 19:33 \ Feira Livre


COLABORANDO COM  OS MICREIROS
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Fotonovela ainda está na moda




   



UM DIA, UM GATO
Percival Puggina


Disse alguém, com razão, que os confrontos históricos se travam no tempo dos fatos e retornam no tempo das versões. Durante os governos militares, a esquerda que pegou em armas foi derrotada. Mas se deu muito bem nas versões. Indague às pessoas com menos de 40 anos, que não viveram no tempo dos fatos, sobre a imagem que têm do Brasil naquele período. Poucas terão ouvido algo que não fosse para representar um quadro de horrores patrocinados pelos governos militares. Peça-lhes opinião, também, sobre os que partiram para a luta armada e perceberá que são vistos como jovens idealistas, mártires de uma resistência democrática.

Repita as perguntas aos que viveram o tempo dos fatos. Perceberá que apesar das muitas e graves restrições que se faz e se deve fazer ao regime de então, aquela versão quase unânime entre os mais jovens estará longe de ser majoritária neste grupo. Relatarão que o Brasil não foi, naqueles anos, o que hoje se ensina. Com maior surpresa ainda, perceberá que os terroristas e suas organizações praticamente não têm simpatizantes entre os que testemunharam os acontecimentos por eles protagonizados. Aliás, fracassaram por absoluta falta de apoio popular. Escassos serão os que lhes atribuem qualquer mérito na necessária redemocratização. Com razão dirão que a retardaram. Não os reconhecem como democratas.

Valerá a pena ir além. Pergunte aos que viveram apenas no tempo das versões o que sabem sobre Ulysses, Covas, Teotônio, Montoro, Brossard, para citar alguns dos muitos que, no embate político foram forçando a porta da abertura. E a abertura da porta. Nada saberão porque não lhes foram mencionados! O que importa, à versão, é desprezar o processo político útil para exaltar o revolucionário inútil. Capisce? Menor ainda será o conhecimento sobre o papel das lideranças empresariais, sindicais e religiosas que se empenharam pela normalidade institucional. A contribuição dos militantes da luta armada para a democracia foi a mesma que as cheias do Nilo prestam à venda de ingressos para os shows da Broadway. Não li um único livro escrito por intelectuais de esquerda participantes daquelas organizações que se atrevesse a estabelecê-la. Antes, negam-na com firmeza.

Convém aos que, após a abertura e a anistia, ingressaram no jogo político, posar de estátua da liberdade diante do porto de Nova Iorque. Volta e meia algum ministro, olho na versão, reverencia os que lutaram pela democracia apontando para as pessoas erradas. "E o título? E o título?" perguntará o leitor, vendo que o artigo termina. Ora, o filme "Um dia, um gato" ganhou o Prêmio do Júri no Festival de Cannes de 1963. Conta sobre um gato com óculos mágicos. Quando olhava para as pessoas, elas adquiriam uma cor relacionada com seus defeitos e virtudes. Era um pânico na cidade. Os mentirosos, por exemplo, ficavam roxos.

Zero Hora, 1º de julho de 2012
    
Imagem inserida pelo Blog

O DISCURSO TERRORISTA

Quando sequestraram o embaixador Elbrick, em 1969, os autores do atentado exigiram a divulgação, em toda a grande mídia, de um longo manifesto. Imaginem o constrangimento imposto ao governo: locutor oficial proclamando à nação um libelo contra o regime. O texto foi exibido. O país parou para ouvir, ver e ler. Redigira-o o jornalista Franklin Martins, um dos sequestradores. Oportunidade dourada para os insurretos afirmarem seus compromissos com a democracia e cobrá-los do governo, não é mesmo? 
Treze presos terroristas trocados pelo embaixador Elbrick - dois outros seriam acrescentados no meio da viagem - na base aérea do Galeão, Rio de Janeiro, antes de partirem para o exílio no México


Qual o quê ! 

O texto (íntegra em "Charles Burke Elbrick" na Wikipedia) foi uma catilinária comunista que falava do que os terroristas entendiam: ideologia, violência, "justiçamentos", vingança, sequestros, assaltos, terrorismo.

A carta

A carta-manifesto, que pedia a libertação de quinze terroristas em troca de Elbrick, foi escrita por Franklin Martins sob supervisão de Joaquim Câmara. Nela, a ALN e a DI-GB (assinando como MR-8) assumiam a autoria do sequestro. Foi lida em cadeia nacional de rádio e televisão. Seu texto integral:

“Grupos revolucionários detiveram hoje o sr. Charles Burke Elbrick, embaixador dos Estados Unidos, levando-o para algum lugar do país, onde o mantêm preso. Este ato não é um episódio isolado. Ele se soma aos inúmeros atos revolucionários já levados a cabo: assaltos a bancos, nos quais se arrecadam fundos para a revolução, tomando de volta o que os banqueiros tomam do povo e de seus empregados; ocupação de quartéis e delegacias, onde se conseguem armas e munições para a luta pela derrubada da ditadura; invasões de presídios, quando se libertam revolucionários, para devolvê-los à luta do povo; explosões de prédios que simbolizam a opressão; e o justiçamento de carrascos e torturadores.

Na verdade, o rapto do embaixador é apenas mais um ato da guerra revolucionária, que avança a cada dia e que ainda este ano iniciará sua etapa de guerrilha rural. 

Com o rapto do embaixador, queremos mostrar que é possível vencer a ditadura e a exploração, se nos armarmos e nos organizarmos. Apareceremos onde o inimigo menos nos espera e desapareceremos em seguida, desgastando a ditadura, levando o terror e o medo para os exploradores, a esperança e a certeza da vitória para o meio dos explorados. 

O sr. Burke Elbrick representa em nosso país os interesses do imperialismo, que, aliados aos grandes patrões, aos grandes fazendeiros e aos grandes banqueiros nacionais, mantêm o regime de opressão e exploração. 

Os interesses desses consórcios de se enriquecerem cada vez mais criaram e mantêm o arrocho salarial, a estrutura agrária injusta e a repressão institucionalizada. Portanto, o rapto do embaixador é uma advertência clara de que o povo brasileiro não lhes dará descanso e a todo momento fará desabar sobre eles o peso de sua luta. Saibam todos que esta é uma luta sem tréguas, uma luta longa e dura, que não termina com a troca de um ou outro general no poder, mas que só acaba com o fim do regime dos grandes exploradores e com a constituição de um governo que liberte os trabalhadores de todo o país da situação em que se encontram. 

Estamos na Semana da Independência. O povo e a ditadura comemoram de maneiras diferentes. A ditadura promove festas, paradas e desfiles, solta fogos de artifício e prega cartazes. Com isso, ela não quer comemorar coisa nenhuma; quer jogar areia nos olhos dos explorados, instalando uma falsa alegria com o objetivo de esconder a vida de miséria, exploração e repressão em que vivemos. Pode-se tapar o sol com a peneira? Pode-se esconder do povo a sua miséria, quando ele a sente na carne? 

Na Semana da Independência, há duas comemorações: a da elite e a do povo, a dos que promovem paradas e a dos que raptam o embaixador, símbolo da exploração. 

A vida e a morte do sr. embaixador estão nas mãos da ditadura. Se ela atender a duas exigências, o sr. Burke Elbrick será libertado. Caso contrário, seremos obrigados a cumprir a justiça revolucionária. Nossas duas exigências são: 

a) A libertação de quinze prisioneiros políticos. São quinze revolucionários entre os milhares que sofrem as torturas nas prisões-quartéis de todo o país, que são espancados, seviciados, e que amargam as humilhações impostas pelos militares. Não estamos exigindo o impossível. Não estamos exigindo a restituição da vida de inúmeros combatentes assassinados nas prisões. Esses não serão libertados, é lógico. Serão vingados, um dia. Exigimos apenas a libertação desses quinze homens, líderes da luta contra a ditadura. Cada um deles vale cem embaixadores, do ponto de vista do povo. Mas um embaixador dos Estados Unidos também vale muito, do ponto de vista da ditadura e da exploração. 

b) A publicação e leitura desta mensagem, na íntegra, nos principais jornais, rádios e televisões de todo o país. 

Os quinze prisioneiros políticos devem ser conduzidos em avião especial até um país determinado _ Argélia, Chile ou México _, onde lhes seja concedido asilo político. Contra eles não devem ser tentadas quaisquer represálias, sob pena de retaliação. 

A ditadura tem 48 horas para responder publicamente se aceita ou rejeita nossa proposta. Se a resposta for positiva, divulgaremos a lista dos quinze líderes revolucionários e esperaremos 24 horas por seu transporte para um país seguro. Se a resposta for negativa, ou se não houver resposta nesse prazo, o sr. Burke Elbrick será justiçado. Os quinze companheiros devem ser libertados, estejam ou não condenados: esta é uma “situação excepcional". Nas "situações excepcionais", os juristas da ditadura sempre arranjam uma fórmula para resolver as coisas, como se viu recentemente, na subida da junta militar. 

As conversações só serão iniciadas a partir de declarações públicas e oficiais da ditadura de que atenderá às exigências. 

O método será sempre público por parte das autoridades e sempre imprevisto por nossa parte. 

Queremos lembrar que os prazos são improrrogáveis e que não vacilaremos em cumprir nossas promessas. 

Finalmente, queremos advertir aqueles que torturam, espancam e matam nossos companheiros: não vamos aceitar a continuação dessa prática odiosa. Estamos dando o último aviso. Quem prosseguir torturando, espancando e matando ponha as barbas de molho. Agora é olho por olho, dente por dente.” 

—  Ação Libertadora Nacional (ALN)/Movimento Revolucionário 8 de outubro (MR8)— 

Relação dos terroristas trocados pelo embaixador 

Luís Travassos
José Dirceu
Vladimir Palmeira
José Ibrahin
Flávio Tavares
Gregório Bezerra
Ricardo Vilas Boas
Ricardo Zaratini
Rolando Fratti
Mário Zanconato
Leonardo Rocha
Maria Augusta Carneiro