14 de abr. de 2012

Jamais vi análise tão realista da conjuntura econômica brasileira.
E o perigo está aí, explicitamente apontado.
A situação é de extrema preocupação.

O TRIO MORTAL

Yoshiaki Nakano 

Valor 10/04/2012

Em qualquer análise comparativa da macroeconomia brasileira com os demais países do mundo, três fatos colocam o Brasil como um "outlier" (*). O Brasil tem mantido, nas últimas duas décadas, a maior taxa real de juros entre todos os países do mundo e a maior carga tributária entre países de renda per capita similar. Nos últimos dez anos foi o país que mais apreciou a sua moeda. Esse trio está destruindo a industria brasileira, colocando a nossa estrutura produtiva numa rota de especialização regressiva e, aos poucos, vamos estrangular a nossa "galinha de ovos de ouro": o dinâmico mercado doméstico. 

Os dois preços fundamentais da macroeconomia, taxa de câmbio e taxa de juros, estão completamente fora do lugar e o governo apropria quase 40% do Produto Interno Bruto (PIB) entre impostos e outras receitas. Com o governo gastando mal e investindo uma parcela ínfima, crescemos 2,7% no ano passado e o nosso desempenho no futuro não poderá ser melhor. Ou seria muito pior, não fora o grande prêmio de loteria que recebemos do exterior, com grande ganho em termos de troca a partir de 2003. 

O mais contrastante é que o Brasil havia se tornado "a bola da vez". É óbvio que para o especulador financeiro nosso país se tornou o paraíso: a conjugação da maior taxa de juros com a maior apreciação do real, resulta em retornos recordes. O problema é que esse fantástico afluxo de capitais do exterior não moveu nenhum milímetro a nossa taxa de investimento produtivo, que se mantém oscilando abaixo dos 20% do PIB.

Corremos o risco de regredir para a economia primário-exportadora, como fomos durante o século XIX.

Mas não foi só isso que tornou o Brasil a "bola da vez". Muitos investidores mais de longo prazo passaram a acreditar no "grande potencial de crescimento da economia brasileira". Uma economia de dimensão continental em pleno "bônus demográfico", com mercado doméstico em forte expansão com a incorporação de mais de 40 milhões de pessoas para a classe média nos últimos dez anos, com complexa e moderna estrutura produtiva manufatureira e agropecuária, dotado de riqueza natural de fazer inveja frente a um mundo voraz, tornando os termos de troca extremamente favoráveis e ainda com potencial imenso de produção de energia verde e grande reserva de petróleo no pré-sal. 

Diante desse potencial, qualquer analista que acreditasse que o Brasil teria um mínimo de competência para fazer políticas racionais voltadas para o crescimento econômico, apostaria mais em nós do que na China, India ou Rússia. Infelizmente, quando olhamos para a nossa triste realidade, nos deparamos com o trio mortal, (taxa real de câmbio apreciada, taxa de juros estratosférica e carga tributária crescendo ano após ano), arrastando o país para o limite inferior do seu potencial de crescimento. 

Se o Brasil praticasse taxa de câmbio, taxa de juros e carga tributária próximas às da China e India, com certeza, poderíamos crescer, no mínimo, tanto quanto esses países, pois temos um potencial maior e um mercado doméstico mais dinâmico. 

O trio mortal é persistente há muitos anos e um alimenta o outro. No passado, podíamos culpar o grande déficit público e o excessivo endividamento publico como os responsáveis pela elevada taxa de juros praticada no Brasil. Mas isso não é mais verdade, a situação fiscal melhorou muito. A taxa real de juros sofreu queda ao longo dos anos, mas encontra um piso que a mantém num nível recorde mundial. A explicação para isso é óbvia e muito simples: o Banco Central utiliza, inacreditavelmente, a taxa de juros paga pelos títulos públicos de longo prazo no "overnight", deslocando toda a curva de juros para cima. Se as nossas taxas de juros fossem equivalentes às internacionais, poderíamos reduzir a despesa pública e a carga tributária, em pelo menos, 4 a 5 pontos percentuais do PIB. Os investimentos, por sua vez, poderiam aumentar os mesmos pontos percentuais do PIB, o que aceleraria o crescimento da economia brasileira para 5%. Como o governo, ao longo dos anos, aumenta a carga tributária e realoca recursos de setores mais produtivos (indústria de transformação) para setores com menor produtividade e, menor dinamismo (serviços públicos etc), compromete o aumento de produtividade total da economia brasileira, isto é, o crescimento econômico. 

A elevada carga tributária (não recuperável) e a elevada taxa de juros comprometem a competitividade da indústria brasileira, fazendo com ela perca participação, tanto no mercado doméstico (com invasão das importações), como no externo (nossas exportações perdendo espaço para países com política cambial mais agressiva). O diferencial de taxa de juros torna atrativo investir em reais, atrai um influxo de capitais especulativos de curto prazo tão grande do exterior que torna uma missão quase impossível administrá-los para controlar a taxa de câmbio. 

Some-se a isso, o grande salto nos termos de troca e daí a tendência persistente à apreciação da taxa de câmbio no Brasil. O que agrava definitivamente a competividade da indústria de transformação brasileira. Com isso, ela está praticamente estagnada desde 2006, enquanto a demanda doméstica vem crescendo em torno de 6%. Como o setor com maior potencial de crescimento da produtividade - a indústria de transformação - não cresce, a produtividade média também não cresce e perdemos a maior arma para contrabalançar a tendência de apreciação da taxa de câmbio, em função do aumento de preços das commodities. Hoje a indústria de transformação representa apenas 15% do PIB. 

Se mantivermos o trio mortal, o nosso futuro será regredirmos para uma economia primário-exportadora, como fomos no século XIX, conjugado com um imenso e inchado setor de serviços à la Grécia, Portugal ou Espanha.. Até que uma crise maior nos acorde. 

Imagens inseridas pelo Blog.

(*) Outliers - observações que apresentam um grande afastamento das restantes ou são inconsistentes com elas; estas observações são também designadas por observações “anormais”, contaminantes, estranhas, extremas ou aberrantes.




Yoshiaki Nakano, ex-secretário da Fazenda do governo Mário Covas (SP), professor e diretor da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas - FGV/EESP, escreve mensalmente às terças-feiras.

13 de abr. de 2012

Ode à alegria
Beethoven

Eis o que os japoneses fizeram: dez mil cantores louvando a alegria.
Espantoso !
Clique na imagem



Janeiro de 2012
Estatística da utilização de raios-x nos aeroportos 
Department Of Homeland Security (USA)
Terroristas descobertos
0
Travestis
133
Hérnias
1.485
Casos de hemorróidas
3.172
Hiperplasias de próstata
8.249
Implantes de silicone nos seios
59.350
Louras naturais
3

A IMPORTÂNCIA DE SE CONHECER O MERCADO !
    
Um desanimado vendedor de Coca-Cola volta de uma frustrada temporada nos países árabes e um amigo pergunta-lhe:
- Por que você não conseguiu ter sucesso com os árabes?
- Bem, quando fui designado para o Oriente Médio, eu estava confiante de que conseguiria vender muito bem. Mas havia um problema: eu não sabia falar a língua árabe. Então, criei uma sequência de três cartazes, para transmitir minha mensagem de vendas, e mandei afixá-los em supermercados, bares, muros de ruas etc.

  • primeiro cartaz: um homem caído na areia do deserto, totalmente exausto, a ponto de desmaiar; 
  • segundo cartaz: o homem está bebendo Coca-Cola; e 
  • terceiro cartaz: nosso homem, agora,  completamente recuperado.


- Bem, me parece que isso deveria ter funcionado muito bem - disse o amigo.
Mas o vendedor acrescenta:
- É... eu só não sabia é que os árabes lêem da direita para a esquerda...
Marketing de impacto
Propaganda na fachada de edifício em Berlim


Clique na imagem e delicie-se
O PT NÃO INVENTOU A CORRUPÇÃO
ou
Eu não acredito no povo
  
Marco Elizio de Paiva (*)

O PT não inventou a corrupção, ele apenas a banalizou em níveis justificáveis aos olhos da plateia cativa. Esta plateia, hipnotizada pelo sonho da igualdade prometida por Lula, se apega na esperança de ganhar sem trabalhar. Ganhar sem trabalhar sempre foi a bandeira usada pela esquerda para manter cativa a massa alienada.

O petismo é a Igreja Universal da política, assim como a Universal é o petismo da religião. Lula e Edir Macedo são iguais até na falta absoluta de limites. A Terra Prometida por ambos são apenas discursos diante de uma massa de cativos. Os discursos da esperança petista e da esperança universal do Reino de Deus é uma invenção poderosa que consegue desculpar os crimes do presente dominado por eles e nos roubar o futuro que teríamos. Tudo o que eles prometem não existe e só faz bem a eles.

As armas com que lutam Lula e Edir Macedo foram conquistadas a partir dos projetos de tomada do poder, nunca de projetos de políticas públicas. O objetivo do PT é o mesmo da Igreja Universal do Reino de Deus; Criar seguidores fieis que se sentem felizes com o poder de seus líderes.

Os militares, para defenderem a manutenção do passado, deram um golpe com tanques. Lula, para defender a escravização do presente, deu um golpe com urnas. Edir Macedo, para defender o futuro, deu um golpe com a Bíblia.

Jamais serei grato a Lula ou a Edir Macedo por eles cobrarem tão caro por aquilo a que temos direito de graça.

Lula é um gênio do domínio das massas. Conseguiu até que a oposição seja sua base de apoio, embora o preço cobrado para isso seja altíssimo. Lula é um prestidigitador eficiente. Conseguiu transformar a política em um jogo sem regras definidas. Em sua política, qualquer conveniência passa a ser uma nova regra do jogo. Até a Igreja Católica passou a ser base de apoio do PT. A Igreja Católica agora dorme com o inimigo. Deixou de ser esposa de Cristo para ser concubina da esquerda.

Lula conseguiu imitar a Igreja Católica em poder ideológico. A Igreja Católica é um enorme armário de celibatários sacerdotais, Brasília foi transformada em um enorme refúgio de malfeitores impunes. Tanto em uma, quanto em outra, a impunidade conta com a indulgência que só pensa na permanência do sistema e sua rede de benesses. Criminalizar um padre pedófilo é tão difícil quanto condenar um político corrupto.

Até os jornalistas mais oposicionistas já minimizam a corrupção com seus adjetivos simplistas. Propina corrupta ou roubo de dinheiro público virou mensalão. O mensalão é crime sofrível. É até bonitinho.

Petistas são como evangelizadores das novas seitas cristãs. Estão em todos os lugares e aparelham até apostila de ensino médio. Todas as instituições estão infestadas por seu trabalho fanático. Eles estão transformando o povo em laranjas. O povo é laranja do PT. Quanto mais pobre mais suco rende.

O delírio do PT é controlar o povo. O delírio de Lula é controlar pessoas.

Eu não acredito no povo. O "povo" é uma ideologia totalitária petista. Eu acredito em pessoas que não se deixam dominar impunemente.

Devemos ter muito medo do futuro. Foi com as elites intelectuais rendidas a um partido interessado apenas em projetos de poder como este que o nazi-fascismo triunfou na Europa. Hitler, Mussolini, Stalin...

Qualquer semelhança não é mera coincidência!

(*) Marco Elizio de Paiva é Mestre em História da Arte pela "University of Texas", ex-diretor da Escola de Belas Artes da UFMG e atual coordenador do curso de pós-graduação em História da Arte da PUC-Minas.
Constatação

Pastor Adélio: esse é o cara !
   
Clique na imagem para entender porque o MSN é coisa de Satanás.

12 de abr. de 2012

Japanese Swing Orchestra


Clique na imagem para assistir.

Você irá adorar, mesmo que a música não seja do seu tempo. Isso é musica ! 

Não importa a sua idade, goste ou não de grandes orquestras, ligue o som e viaje no tempo. 

Essas japonesas fariam Benny Goodman ficar orgulhoso.
: ^))





ANISTIA, SEGUNDO RUY BARBOSA

"A anistia, que é o olvido, a extinção, o cancelamento do passado criminal, não se retrata. Concedida, é irretirável, como é irrenunciável. Quem a recebeu, não a pode enjeitar, como quem a liberalizou, não a pode subtrair. É definitiva, perpétua, irreformável. Passou da esfera dos fatos alteráveis pelo arbítrio humano para a dos resultados soberanos e imutáveis, que ultimam uma série de relações liquidadas, e abrem uma cadeia de relações novas. De todos os direitos adquiridos este seria, por assim dizer, o tipo supremo, a expressão perfeita, a fórmula ideal: seria, por excelência, o direito adquirido. Ninguém concebe que se desanistie amanhã o indivíduo anistiado ontem. Não há poder, que possa reconsiderar a anistia, desde que o poder competente uma vez a fez lei." 
      
RUY BARBOSA
Justiça Federal. Rio de Janeiro, DF
Obras Completas de Ruy Barbosa.
V. 24, t. 3, 1897. p. 38
Isto é truque de cartas !


11 de abr. de 2012

Quem calculou ?
by FV1008







Uma visão americana da visita da Dilma aos USA, publicada no Washington Times.

Bem diferente da apresentada pela Globo aqui.

EDITORIAL: Obama’s Brazilian model

Rousseff shows White House an authoritarian way forward

Monday, April 9, 2012


ROUSSEF

President Obama hosted Brazilian President Dilma Rousseff at the White House on Monday. One syndicated news story published before the presidential parley asked, “What could Obama learn from Brazil President Dilma Rousseff?” The optimistic answer is: hopefully not much. This relationship is not in America’s interest.



Ms. Rousseff is an exemplar of the anti-American hard left that is uniting in the developing world to check U.S. power. One of the main goals of her mission to Washington is to get Mr. Obama’s seal of approval for Brasilia’s ambition to acquire a permanent seat on the United Nations Security Council. U.S. support for this scheme would be self-destructive as Brazil would provide a reliable vote against American interests in the world body. Ms. Rousseff, a former communist guerrilla herself, is a strong supporter of anti-U.S. dictatorships such as the Castros in Cuba and Hugo Chavez inVenezuela. She has backed the Iranian mullahs’ efforts to acquire nuclear capability while leading a club of nations pressing for U.S. nuclear disarmament. If the planet is divvied up between those who are for us and those who are against us, Ms. Rousseff is on the wrong side.

Mr. Obama has nothing to learn from Brazil’s leader on the economic front, either. Before she came to power last year, the South American giant finally seemed to be crawling into the society of serious nations. Although an old-school liberal himself, Ms. Rousseff’s predecessor, former President Lula da Silva, took some big strides to improve Brazil’s business climate and standing among investors by updating infrastructure, working collaboratively with international nongovernmental organizations and pushing a moderately pro-growth economic agenda. The perception of progress helped Brazil win the 2016 Olympic games and the 2014 World Cup, a crowning achievement for a soccer-mad people.

Ms. Rousseff has taken an abrupt fiscal U-turn, however, by clamping down on markets, instituting miles of new red tape and ramping up government spending. Like in Obama’s America, the result has been dramatic economic decline. During the height of the Lula administration, confidence in Brazil’s direction led to predictions of long-term economic growth rates of 5 percent and higher. But under the new statist direction of the governing coalition led by Ms. Rousseff’s Workers’ Party, the economy has tanked, with 2011’s gross domestic product only growing by 2.7 percent, the lowest in South America.

Amazonian mischief is of interest to Americans because Brasilia’s stranglehold on its people and economy offers a cautionary tale about the threat unrestrained government power poses to democracy. The increasing persecution of the conservative group Tradition, Family and Property (TFP) exposes the dangers of dissent in the rapidly secularizing world. Founded in the 1960s to fight communism and promote traditional values, the TFP - which is well-known in Washington circles for its active U.S. affiliate - is Brazil’s leading opponent against leftist priorities such as abortion, censorship and regulations that inhibit private-property rights. Because it stands in the way of Big Brother, the government has gone after the TFP. Most recently, the Superior Tribunal of Justice, one ofBrazil’s upper-level courts, ruled in favor of a splinter group, the Heralds of the Gospel. The move, which occurred under strong pressure from church authorities including the Vatican’s apostolic nuncio, is effectively gagging the TFP by handing its assets over to liberal dissidents.

This tale matters because Brazil is now the world’s sixth-largest economy and a leader of the coalition of second-tier states looking to extract revenge for years of perceived Western “first world” imperialism. The narrative mirrors Mr. Obama’s kneejerk “Blame America First” worldview. Brasilia also shows how left-wing bureaucracies mobilize to stifle dissent through censorship and confiscation of property when faced with public opposition. This week’s confab between Mr. Obama and Ms. Rousseff was more than a photo-op for two leftists whispering about what the world could be if they had more power. It’s about what the world is already becoming.




O PIBINHO DA SEXTA ECONOMIA MUNDIAL
Maria Lucia Victor Barbosa
09/04/2012



O ser humano tem necessidade de acreditar em alguma coisa que dê sentido a sua vida e, assim, se torna alvo fácil fácil de espertalhões de todos os tipos, sendo mais visíveis aqueles que transitam na esfera pública. Entretanto, a “ética da malandragem” não é monopólio de nenhuma classe social. É praticada tanto pelo indivíduo que vende ilegalmente terrenos que não lhe pertencem aos seus iguais favelados, quanto por empresários que praticam a “ética de mercado”, nome politicamente correto para a corrupção que se espraia como nunca em perfeita simbiose com a esfera pública. 

Aliás, sempre houve o intercâmbio governo e elites econômicas, sendo que atualmente chefões mafiosos também mandam em altos escalões governamentais. A sucessão de quedas de ministros acusados de atos ilícitos no primeiro ano do mandato de Dilma Rousseff, que estariam ainda em seus cargos não fossem as denúncias feitas pela imprensa é prova do que aqui se afirma. 

Outros ministros estão, como se diz, blindados. Estes podem navegar tranquilos em suas lanchas, singrando sem problemas o mar de lama da corrupção público-privada. Neste caso e no dos que caíram dos ministérios, mas seguem impávidos em outros cargos importantes, a impressão que se tem é a de que companheiros pairam acima da lei ou mantêm a lei a seu favor. Ingênuo, desinformado ou indiferente o povo acredita em faxina presidencial, está otimista quanto a economia e atribui 77% de aprovação a presidente cujo mandato até agora foi de um vazio absoluto. Algo, sem dúvida, politicamente surrealista. 

Deve-se o atual estado de putrefação moral ao PT, que aos poucos vai solapando valores capazes de funcionar como bússola de condutas e impondo falsos valores atrelados ao seu projeto de poder. Ao mesmo tempo, a classe dominante petista vai centralizando cada vez mais poder no Executivo e levando a reboque o Legislativo e o Judiciário. Tudo está a serviço do Partido, o resto é coadjuvante. Sem oposição fica fácil ir aos poucos completando o domínio. E, se recentemente houve rebelião nas bases aliadas, um sucedâneo de mensalão pode refazer a completa dominação petista sobre o Congresso. Basta Lula da Silva chamar às falas sua pupila e cobrar dela o mesmo que fazia seu “companheiro de guerrilha”, José Dirceu. 

“Corrupção sempre existiu desde que Cabral pisou a Terra de Santa Cruz”, gritarão os militantes. “Nunca existiu mensalão”, dirão outros repetindo o ex-presidente que nunca deixou de presidir, “o que há é coalizão”. É verdade, corrupção que leva pelo ralo o dinheiro que devia ser destinado ao povo sempre foi praticada, só que agora está sacramentada, oficializada e é exercida com desfaçatez inédita. Em estado de beatitude o povo aplaude e se regozija com a roubalheira que o prejudica, com os altos impostos, com a péssima situação da Saúde, como o baixíssimo nível da Educação. 

Para tanto êxito dos antigos militantes éticos funciona a deturpação dos dados econômicos, o falseamento dos fatos. E, se “a estatística é uma forma nobre de mentira”, o marketing pode ser uma forma ignóbil de enganação. 

Somos a sexta economia mundial, alardeou o governo, mas passou batido que em 2011 tivemos um pibinho de 2,7% e não os prometidos 5% do ministro Mantega. Foi de longe o pior PIB dos Brics, o mais baixo da América Latina, um fiasco completo diante da jactância oficial. 

Na realidade cresce a inadimplência e o comprometimento da renda das famílias com o pagamento de juros e amortizações, o que deve frear de novo o PIB deste ano. O que faz o governo? Manda o povo comprar mais e para isso grita como um Sílvio Santos através do Banco do Brasil e da Caixa Econômica: “Quem quer dinheiro? Aqui temos crédito abundante e juros baixos. Os bancos particulares que nos sigam”. Será que já vimos um filme um tanto parecido em outro país, o que gerou a crise mundial? 

Quanto a indústria Brasileira, que vem se desindustrializando por conta de questões como, entre outras, carga tributária, pesados encargos trabalhistas, custo do dinheiro, problemas de infraestrutura, escassez de mão de obra qualificada, foi agraciada com um pacote de boas intenções e exacerbação de medidas protecionistas que só fazem atrasar nosso possível desenvolvimento. 

Quando Lula da Silva chegou à presidência na quarta tentativa herdou a herança bendita do Plano Real e navegou nas águas calmas da economia mundial, que só começaram a se tornar turbulentas em 2008. Rousseff herdou do seu mestre e de si mesma um herança maldita e trafega em meio à crise mundial. O governo vai precisar de algo mais que encenações e enganações para que o PIB desse ano não seja um pibinho.

Imagem inserida pelo Blog
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.



Mapa do Brasil atualizado



10 de abr. de 2012

Iran's Strategy

April 10, 2012 | 0904 GM

By George Friedman
For centuries, the dilemma facing Iran (and before it, Persia) has been guaranteeing national survival and autonomy in the face of stronger regional powers like Ottoman Turkey and the Russian Empire. Though always weaker than these larger empires, Iran survived for three reasons: geography, resources and diplomacy. Iran's size and mountainous terrain made military forays into the country difficult and dangerous. Iran also was able to field sufficient force to deter attacks while permitting occasional assertions of power. At the same time, Tehran engaged in clever diplomatic efforts, playing threatening powers off each other.

The intrusion of European imperial powers into the region compounded Iran's difficulties in the 19th century, along with the lodging of British power to Iran's west in Iraq and the Arabian Peninsula following the end of World War I. This coincided with a transformation of the global economy to an oil-based system. Then as now, the region was a major source of global oil. Where the British once had interests in the region, the emergence of oil as the foundation of industrial and military power made these interests urgent. Following World War II, the Americans and the Soviets became the outside powers with the ability and desire to influence the region, but Tehran's basic strategic reality persisted. Iran faced both regional and global threats that it had to deflect or align with. And because of oil, the global power could not lose interest while the regional powers did not have the option of losing interest.

Whether ruled by shah or ayatollah, Iran's strategy remained the same: deter by geography, protect with defensive forces, and engage in complex diplomatic maneuvers. But underneath this reality, another vision of Iran's role always lurked.

Iran as Regional Power

A vision of Iran -- a country with an essentially defensive posture -- as a regional power remained. The shah competed with Saudi Arabia over Oman and dreamed of nuclear weapons. Ahmadinejad duels with Saudi Arabia over Bahrain, and also dreams of nuclear weapons. When we look beyond the rhetoric -- something we always should do when studying foreign policy, since the rhetoric is intended to intimidate, seduce and confuse foreign powers and the public -- we see substantial continuity in Iran's strategy since World War II. Iran dreams of achieving regional dominance by breaking free from its constraints and the threats posed by nearby powers.

Since World War II, Iran has had to deal with regional dangers like Iraq, with which it fought a brutal war lasting nearly a decade and costing Iran about 1 million casualties. It also has had to deal with the United States, whose power ultimately defined patterns in the region. So long as the United States had an overriding interest in the region, Iran had no choice but to define its policies in terms of the United States. For the shah, that meant submitting to the United States while subtly trying to control American actions. For the Islamic republic, it meant opposing the United States while trying to manipulate it into taking actions in the interests of Iran. Both acted within the traditions of Iranian strategic subtlety.

The Islamic republic proved more successful than the shah. It conducted a sophisticated disinformation campaign prior to the 2003 Iraq war to convince the United States that invading Iraq would be militarily easy and that Iraqis would welcome the Americans with open arms. This fed the existing U.S. desire to invade Iraq, becoming one factor among many that made the invasion seem doable. In a second phase, the Iranians helped many factions in Iraq resist the Americans, turning the occupation -- and plans for reconstructing Iraq according to American blueprints -- into a nightmare. In a third and final phase, Iran used its influence in Iraq to divide and paralyze the country after the Americans withdrew.

As a result of this maneuvering, Iran achieved two goals. First, the Americans disposed of Iran's archenemy, Saddam Hussein, turning Iraq into a strategic cripple. Second, Iran helped force the United States out of Iraq, creating a vacuum in Iraq and undermining U.S. credibility in the region -- and sapping any U.S. appetite for further military adventures in the Middle East. I want to emphasize that all of this was not an Iranian plot: Many other factors contributed to this sequence of events. At the same time, Iranian maneuvering was no minor factor in the process; Iran skillfully exploited events that it helped shape.

There was a defensive point to this. Iran had seen the United States invade the countries surrounding it, Iraq to its west and Afghanistan to its east. It viewed the United States as extremely powerful and unpredictable to the point of irrationality, though also able to be manipulated. Tehran therefore could not dismiss the possibility that the United States would choose war with Iran. Expelling the United States from Iraq, however, limited American military options in the region.

This strategy also had an offensive dimension. The U.S. withdrawal from Iraq positioned Iran to fill the vacuum. Critically, the geopolitics of the region had created an opening for Iran probably for the first time in centuries. First, the collapse of the Soviet Union released pressure from the north. Coming on top of the Ottoman collapse after World War I, Iran now no longer faced a regional power that could challenge it. Second, with the drawdown of U.S. forces in the Persian Gulf and Afghanistan, the global power had limited military options and even more limited political options for acting against Iran.

Iran's Opportunity

Iran now had the opportunity to consider emerging as a regional power rather than solely pursuing complex maneuvers to protect Iranian autonomy and the regime. The Iranians understood that the moods of global powers shifted unpredictably, the United States more than most. Therefore it knew that the more aggressive it became, the more the United States may militarily commit itself to containing Iran. At the same time, the United States might do so even without Iranian action. Accordingly, Iran searched for a strategy that might solidify its regional influence while not triggering U.S. retaliation.

Anyone studying the United States understands its concern with nuclear weapons. Throughout the Cold War it lived in the shadow of a Soviet first strike. The Bush administration used the possibility of an Iraqi nuclear program to rally domestic support for the invasion. When the Soviets and the Chinese attained nuclear weapons, the American response bordered on panic. The United States simultaneously became more cautious in its approach to those countries.

In looking at North Korea, the Iranians recognized a pattern they could use to their advantage. Regime survival in North Korea, a country of little consequence, was uncertain in the 1990s. When it undertook a nuclear program, however, the United States focused heavily on North Korea, simultaneously becoming more cautious in its approach to the North. Tremendous diplomatic activity and periodic aid was brought to bear to limit North Korea's program. From the North Korean point of view, actually acquiring deliverable nuclear weapons was not the point; North Korea was not a major power like China and Russia, and a miscalculation on Pyongyang's part could lead to more U.S. aggression. Rather, the process of developing nuclear weapons itself inflated North Korea's importance while inducing the United States to offer incentives or impose relatively ineffective economic sanctions (and thereby avoiding more dangerous military action). North Korea became a centerpiece of U.S. concern while the United States avoided actions that might destabilize North Korea and shake loose the weapons the North might have.

The North Koreans knew that having a deliverable weapon would prove dangerous, but that having a weapons program gave them leverage -- a lesson the Iranians learned well. From the Iranians' point of view, a nuclear program causes the United States simultaneously to take them more seriously and to increase its caution while dealing with them. At present, the United States leads a group of countries with varying degrees of enthusiasm for imposing sanctions that might cause some economic pain to Iran, but give the United States a pretext not to undertake the military action Iran really fears and that the United States does not want to take.

Israel, however, must take a different view of Iran's weapons program. While not a threat to the United States, the program may threaten Israel. The Israelis' problem is that they must trust their intelligence on the level of development of Iran's weapons. The United States can afford a miscalculation; Israel might not be able to afford it. This lack of certainty makes Israel unpredictable. From the Iranian point of view, however, an Israeli attack might be welcome.

Iran does not have nuclear weapons and may be following the North Korean strategy of never developing deliverable weapons. If they did, however, and the Israelis attacked and destroyed them, the Iranians would be as they were before acquiring nuclear weapons. But if the Israelis attacked and failed to destroy them, the Iranians would emerge stronger. The Iranians could retaliate by taking action in the Strait of Hormuz. The United States, which ultimately is the guarantor of the global maritime flow of oil, might engage Iran militarily. Or it might enter into negotiations with Iran to guarantee the flow. An Israeli attack, whether successful or unsuccessful, would set the stage for Iranian actions that would threaten the global economy, paint Israel as the villain, and result in the United States being forced by European and Asian powers to guarantee the flow of oil with diplomatic concessions rather than military action. An attack by Israel, successful or unsuccessful, would cost Iran little and create substantial opportunities. In my view, the Iranians want a program, not a weapon, but having the Israelis attack the program would suit Iran's interests quite nicely.

The nuclear option falls into the category of Iranian manipulation of regional and global powers, long a historical necessity for the Iranians. But another, and more significant event is under way in Syria.

Syria's Importance to Iran

As we have written, if the Syrian regime survives, this in part would be due to Iranian support. Isolated from the rest of the world, Syria would become dependent on Iran. If that were to happen, an Iranian sphere of influence would stretch from western Afghanistan to Beirut. This in turn would fundamentally shift the balance of power in the Middle East, fulfilling Iran's dream of becoming a dominant regional power in the Persian Gulf and beyond. This was the shah's and the ayatollah's dream. And this is why the United States is currently obsessing over Syria.

What would such a sphere of influence give the Iranians? Three things. First, it would force the global power, the United States, to abandon ideas of destroying Iran, as the breadth of its influence would produce dangerously unpredictable results. Second, it would legitimize the regime inside Iran and in the region beyond any legitimacy it currently has. Third, with proxies along Saudi Arabia's northern border in Iraq and Shia along the western coast of the Persian Gulf, Iran could force shifts in the financial distribution of revenues from oil. Faced with regime preservation, Saudi Arabia and other Gulf states would have to be flexible on Iranian demands, to say the least. Diverting that money to Iran would strengthen it greatly.

Iran has applied its strategy under regimes of various ideologies. The shah, whom many considered psychologically unstable and megalomaniacal, pursued this strategy with restraint and care. The current regime, also considered ideologically and psychologically unstable, has been equally restrained in its actions. Rhetoric and ideology can mislead, and usually are intended to do just that.

This long-term strategy, pursued since the 16th century after Persia became Islamic, now sees a window of opportunity opening, engineered in some measure by Iran itself. Tehran's goal is to extend the American paralysis while it exploits the opportunities that the U.S. withdrawal from Iraq has created. Simultaneously, it wants to create a coherent sphere of influence that the United States will have to accommodate itself to in order to satisfy the demand of its coalition for a stable supply of oil and limited conflict in the region.

Iran is pursuing a two-pronged strategy toward this end. The first is to avoid any sudden moves, to allow processes to run their course. The second is to create a diversion through its nuclear program, causing the United States to replicate its North Korea policy in Iran. If its program causes an Israeli airstrike, Iran can turn that to its advantage as well. The Iranians understand that having nuclear weapons is dangerous but that having a weapons program is advantageous. But the key is not the nuclear program. That is merely a tool to divert attention from what is actually happening -- a shift in the balance of power in the Middle East.

João Gualberto e seus amigos sapos


Bola, carrinho ...?
Isso é coisa de criança !
João Gualberto é muito, muito destemido.
Olhaí, gente:
Ultrapassamos os 1000 posts !
Este é o 1006º.


9 de abr. de 2012


CLUBE MILITAR
Esclarecimento aos sócios



No dia 29 de março foi realizado no Salão Nobre da Sede Central o painel “1964 - A Verdade”.

Esse evento, planejado e difundido com antecedência, ensejou que grupos antagonistas se mobilizassem em uma manifestação que inviabilizasse a realização do mesmo.

Tais grupos, cerca de hora e meia antes do evento, se postaram à frente de nossa sede, portando bandeiras e proferindo palavras de ordem acusando a todos os que adentravam o prédio de serem “torturadores”, “assassinos” e outras agressões verbais, além de empurrarem as pessoas, arremessarem tinta vermelha e até, em certos casos, com agressões físicas, na tentativa de intimidá-los e inviabilizar suas entradas.

Isso não impediu que o painel fosse realizado, com significativa participação de sócios e convidados, abordando os pontos de vista dos painelistas e do mediador e respondendo a todas as perguntas formuladas.

Quando da retirada, aqueles que aqui se fizeram presentes, novamente, foram hostilizados pelos manifestantes, tendo que ser protegidos pela Polícia Militar do Rio de Janeiro e agentes da Guarda Municipal, para lograrem retornar em segurança às suas residências.

Em face do ocorrido a Presidência do Clube Militar, não se furtando a suas responsabilidades para com seus associados e convidados, solicitou oficialmente ao Ilmo.  Sr.  Dr.  Delegado de Polícia Civil da 1ª Delegacia do Rio de Janeiro, a instauração de Inquérito Policial para apurar os fatos, qualificar os agressores e responsabilizá-los na forma da lei.

Anexados à petição, foram enviados inúmeros documentos comprobatórios da mobilização contrária ao evento, bem como dos agressores, inclusive com a identificação de alguns líderes.

Assim, agradecemos àqueles que prestigiaram o evento e informamos, ainda, que seguiremos acompanhando a evolução do inquérito policial e manteremos nossos sócios informados da evolução dos acontecimentos.

Atenciosamente 

Renato Cesar Tibau da Costa 
Presidente do Clube Militar



Entrevista de emprego


- Seu nome?
- Cauvin.
- Escolaridade?
- Terceiro grau completo!
- Vamos começar com perguntas simples, conhecimentos gerais, história, geografia, ciências, personalidades.
- Quem foi Stalin?
- Um cara que cantava estalando os dedos.
- E Lênin?
- Tocava nos Beatles.
- O senhor não quer dizer Lennon?
- Esse fazia dupla com a Lilian.
- Ah...  Leno!
- Não...  Cantano.  (rsrss)
- Vamos mudar de assunto.  O que é equação?
- É a arte de montar uma égua.
- E equitação?
- É quando a gente paga todas a nossas dívidas.
- O que é um quelônio?
- É um tipo de mineral radioativo.
- Não seria plutônio?
- Não...  esse é o nome completo do cachorro do Mickey.
- O que é fotossíntese?
- Denominação técnica para um retratinho 3 x 4.
- O que é um símio?
- Um cara que nasceu na Símia.
- Na Símia?  E qual é a capital da Símia?
- Nessa tu me pegou: não me lembro agora.
- Quem era Pancho Vila?
- Companheiro de Dom Caixote.
- O que é um caudilho?
- Um osso que tem na ponta da coluna e, segundo os cientistas, comprova que o homem tinha rabo e descende do macaco.
- Onde fica a vesícula?
- Debaixo da clavícula.
- Onde ficam os glúteos e para que servem?
- Ficam na garganta e servem para engolir.
- Onde fica o baço?
- Não é baço.  É braço.  São dois e ficam antes das mãos.
- Para que servem as fibras óticas?
- Para movimentar os olhos.
- Onde fica o Triângulo das Bermudas?
- Qualquer costureira sabe: entre o cós e o gavião.
- Quem descobriu a Lei da Gravidade?
- Um médico ginecologista francês, o Dr. Jequil.
- Putz!  E quem foi Sócrates?
- Sócrates...  jogou na seleção !  Tá vendo?  Também conheço futebol !  Não é por ser rubronegro que tenho que ser inguinorante !