3 de mar. de 2012

Manifestando uma débil esperança

     
Gen Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira

Estivemos fora do ar por dois meses. Vários problemas e dificuldades operativas nos silenciaram. Mas acompanhamos a marcha rumo à dominação da trigueira gente brasileira.

Voltamos e testemunhamos o tsunami provocado pelo Manifesto Interclubes Militares, que deve ser aplaudido de pé por esboçar uma leve indignação pelas muitas arbitrariedades e perseguições que o desgoverno cometeu nas ultimas décadas contra o estamento militar em geral, e contra os que lutaram para impedir que as vestais do atual poder implantassem no País o regime comunista.

Contudo, apesar de oportuno e cabível, estranhamos o “bom–mocismo” dos Oficiais-Generais Presidentes dos Clubes, quando para aliviar a barra, alegaram que acreditaram nas palavras da Presidente em outubro de 2011, que, recém–eleita, asseverara não aceitar qualquer revanchismo e blá, blá, blá.

Como sabemos, era só blá, blá, blá, pois a criação da Comissão da Verdade, sob seus auspícios anula qualquer argumento favorável.

Quanto ao restante, às considerações sobre as Ministras, que são useiras em difamar e destratar as instituições militares, o contido no manifesto ressalta o óbvio.

Por óbvio, mas não do desagrado da Presidente, não transpirou qualquer recomendação da “velha guerrilheira”, para que as enraivecidas senhoras contivessem seus arroubos revanchistas, nem qualquer ação para acabar com a Comissão da Verdade, que prossegue firme e forte.

E o tsunami seguiu, com o recuo do Clube Militar, pela retirada do Manifesto, “sem pressão”, conforme nota aos Associados.

Era mais dignificante não recuar. O militar morre pela Pátria, logo se espera que morra por sua dignidade. Mas qual, cada cabeça uma sentença.

A seguir, veio, e já assinamos, o “ALERTA À NAÇÃO” (na relação que circula para nossa surpresa ainda não nos incluíram), em apoio ao Manifesto Interclubes Militares.

Realmente, concluímos que há um cheiro de fumaça no ar, pois parece que a “ovelha verde oliva” mesmo acuada, mostra – se incapaz de reagir, mas eis que seus carrapatos (?) resolveram bradar como feras, e a simples ameaça de serem punidos pelo seu arroubo heróico ao invés de atemorizá-los, encorajou–os e, na sua demonstração de galhardia, estão atraindo outros para afrontar o seu escabroso algoz.

Um bando de carrapatos pode não derrubar uma tirania, mas certamente pode infernizar seus cretinos governantes.

Acreditamos que, para dormirem tranqüilos, os arautos do desgoverno deverão decretar o total desarmamento das Forças Armadas, confiscar a internet dos vermes da Reserva e Reformados, modificar a Lei 7.524, de 17 de julho de 1986, que permite a livre expressão de militares reformados, fechar os clubes militares (ou designar um acólito para fiscalizá-los), proibir o ajuntamento de mais de três militares, cassar entidades como o Ternuma, O Guararapes, o jornal “ Inconfidência”.

Brasília, DF, 02 de março de 2012
Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira


A esperança vê o invisível, sente o intangível
e alcança o impossível.
 


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