2 de set. de 2012

A transferência do crente

Idalina trabalhava na casa de um médico em São Paulo. Durante anos foi o anjo de guarda da família. Cuidava da limpeza, da cozinha e da roupa. E ajudou a criar os filhos, que, como todos, a adoravam. Um dia, muito sem jeito e com os olhos cheios de lágrimas, Idalina anunciou que ia embora. 

O médico, a mulher, os filhos ficaram todos em pânico:

- O que é que aconteceu, Idalina? Algum problema? Precisando de dinheiro? Vamos conversar. Quem sabe a gente dá um jeito, aumenta seu salário?

- Não é nada disso não, doutor. É a igreja. Nós somos evangélicos e a nossa igreja transferiu meu marido para o Paraná e eu tenho que ir com ele.

- Seu marido é pastor?

- Não, doutor. O pastor é que vai nos levar com ele.

- Se seu marido não é pastor, pode muito bem ser substituído por outra pessoa.

- Não pode não, doutor. O pastor só confia em meu marido, disse que ele é insubstituível, que ele é muito importante!

- Mas afinal, que diabos que seu marido faz na igreja?

- Ele é o aleijado que levanta e sai andando...


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