16 de abr. de 2013

REFLEXÃO IMPORTANTÍSSIMA

Fala-se da Net como o grande instrumento que veio possibilitar o máximo de liberdade de expressão ao homem contemporâneo, permitindo que suas idéias cheguem praticamente ao mundo inteiro.

De uma certa forma isto não deixa de ser verdade. Tenho constatado, contudo, que, decorrente da enorme facilidade de divulgação proporcionada pela rede e seus instrumentos (mail, blog, facebook etc), as pessoas, talvez sem o perceberem, estão se restringindo a simplesmente divulgar, relegando ao secundário o executar, que, na verdade, é o objetivo final.

Um exemplo.

Vai haver uma manifestação de protesto contra a corrupção no governo; você toma conhecimento, reúne as informações sobre local, hora etc, faz um e-mail para seus amigos, coloca um "post" no seu Blog, "tuíta" a respeito e... não comparece à manifestação. Os que recebem seu e-mail (ou, de qualquer forma, tomam conhecimento da manifestação através da Net) repassam a informação da mesma forma e... a grande maioria também não comparece. Resultado: a manifestação teve uma grande divulgação e... foi um fracasso, com a presença de meia-duzia de gatos pingados.

Muitos outros exemplos estão aí, não havendo necessidade de apresentá-los.  O importante é que se perceba que, dado o poder de divulgação e a facilidade de uso dos instrumentos disponibilizados pela Net, isso não faz de nós repórteres, ou profissionais da mídia, cuja função é exclusivamente divulgar/comentar.

Não podemos esquecer: - continuamos cidadãos que, pelo seu próprio bem, têm que participar.  Se a Net facilita, como nunca antes, transmitir nossas idéias, não devemos nos acomodar a isso, sob pena de virmos a ter uma sociedade onde todos se comunicam, aponta-se as falhas, denuncia-se os escândalos, cada homem torna-se um articulista mas... não se move uma palha, concretamente, para corrigir os erros apontados, combater os inescrupulosos, fazer a sociedade seguir pelo bom caminho.

O profissional da mídia, seja de que tipo for, pode limitar-se a divulgar ou comentar - este é seu papel na sociedade.  Todavia, o cidadão, ainda que transmutado em cidadão-repórter, pelas facilidades que passou a dispor, tem que, também, participar. 


Não basta repassar - é preciso agir !

José Magalhães








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